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Ativo Imobilizado: O Que é e Qual a Importância em Empresas?

ativo imobilizado

Introdução

O ativo imobilizado é um dos pilares da contabilidade empresarial e da gestão financeira de qualquer companhia. Ele engloba bens tangíveis e duráveis, como máquinas, equipamentos, veículos e imóveis, que não são adquiridos para venda, mas sim para uso contínuo na operação da empresa, contribuindo para gerar receita ao longo de vários anos.

Entender o que constitui um ativo imobilizado e como ele deve ser tratado de acordo com as normas contábeis brasileiras é essencial para manter a precisão dos registros financeiros, planejar investimentos estratégicos e evitar perdas patrimoniais.

Por exemplo, uma indústria que registra corretamente suas máquinas e acompanha sua depreciação consegue planejar melhor a substituição de equipamentos, reduzir custos com manutenção emergencial e otimizar o uso de recursos.

Para saber mais sobre ativo imobilizado, continue a leitura.

O que é ativo imobilizado e por que ele é tão importante?

De acordo com as normas contábeis, o ativo imobilizado engloba bens e direitos de propriedade da empresa que são utilizados de forma contínua na produção de seus produtos ou na prestação de serviços. Isso inclui máquinas, equipamentos, veículos, móveis e imóveis, ou seja, recursos que não são destinados à venda, mas são essenciais para a operação do negócio.

A importância do ativo imobilizado vai além do simples registro contábil: ele representa os bens que geram receita diretamente e impacta diretamente no balanço patrimonial. Um controle adequado desses ativos permite que a empresa planeje investimentos, estime corretamente a depreciação e otimize o uso de seus recursos.

Em uma fábrica, por exemplo, máquinas bem registradas e acompanhadas quanto à vida útil permitem programar manutenções preventivas, evitando paradas inesperadas na produção e gastos emergenciais. Da mesma forma, imóveis e veículos devidamente contabilizados ajudam na avaliação do patrimônio da empresa e na tomada de decisões estratégicas sobre expansão ou substituição de ativos.

Como o CPC 27 trata o ativo imobilizado?

O CPC 27 (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) é a norma brasileira que define como o ativo imobilizado deve ser reconhecido, mensurado e apresentado nos demonstrativos contábeis. Seu objetivo principal é garantir que os ativos sejam registrados de forma correta, refletindo sua real contribuição para a empresa, além de assegurar conformidade com obrigações fiscais e contábeis.

De acordo com o CPC 27, o reconhecimento de um ativo imobilizado ocorre quando:

A norma também determina que os ativos sejam avaliados pelo custo de aquisição, incluindo despesas diretamente atribuíveis à preparação do bem para uso, como transporte e instalação. Além disso, a depreciação deve ser calculada ao longo da vida útil estimada do ativo, refletindo seu desgaste ou obsolescência.

Uma empresa que adquire uma máquina industrial deve registrar seu custo de compra, somar despesas de transporte e instalação, e calcular a depreciação anual com base na vida útil prevista. Se a máquina tiver seu valor recuperável reduzido por algum motivo, como avanços tecnológicos que a tornam obsoleta, a empresa deve realizar testes de impairment para ajustar o valor contábil, conforme orienta o CPC 27.

O cumprimento correto do CPC 27 garante que o ativo imobilizado seja refletido de maneira precisa no balanço patrimonial, permitindo uma gestão financeira mais confiável e decisões estratégicas mais assertivas.

Como é avaliada a depreciação e amortização do ativo imobilizado segundo o CPC 27?

O CPC 27 determina que todos os ativos imobilizados tangíveis, com exceção dos terrenos, devem ser depreciados. A depreciação é o processo contábil que distribui o custo de aquisição de um bem ao longo de sua vida útil estimada, refletindo seu desgaste natural, obsolescência ou uso contínuo na operação da empresa.

A vida útil de um ativo deve ser revisada periodicamente, especialmente quando houver mudanças significativas nas condições de uso, manutenção ou tecnologia disponível. Essa prática garante que a depreciação registrada seja sempre coerente com a realidade operacional do bem.

Já a amortização aplica-se aos ativos intangíveis, como patentes, softwares, licenças e direitos autorais. Apesar de não serem físicos, esses ativos também possuem uma vida útil limitada, e o seu valor deve ser distribuído ao longo do período em que se espera que gerem benefícios econômicos à empresa.

Para entender melhor a aplicação da depreciação e da amortização de um ativo imobilizado de acordo com o CPC 27, visualize os seguintes exemplos abaixo:

Como o ativo imobilizado impacta os resultados financeiros das empresas?

O ativo imobilizado exerce influência direta sobre os resultados financeiros de uma empresa. Por ser constituído de bens utilizados ao longo de vários períodos, o custo associado a esses ativos, por meio da depreciação, é registrado como despesa operacional na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Isso reduz o lucro tributável, contribuindo para uma gestão fiscal mais eficiente.

Além disso, a contabilização correta do ativo imobilizado impacta o patrimônio da empresa, refletindo seu valor real e sua capacidade de gerar receita. Um registro preciso facilita a obtenção de crédito, fortalece a confiança de investidores e parceiros e auxilia na tomada de decisões sobre novos investimentos.

Uma fábrica que registra corretamente suas máquinas e equipamentos consegue calcular de forma precisa a depreciação anual, ajustando custos e evitando surpresas fiscais, por exemplo.

Em suma, o ativo imobilizado não apenas representa bens físicos da empresa, mas também atua como um componente estratégico que afeta a rentabilidade, a liquidez e a capacidade de crescimento do negócio.

Quais são as obrigações fiscais e contábeis relacionadas ao ativo imobilizado?

Para garantir conformidade contábil e fiscal, as empresas devem seguir rigorosamente as disposições do CPC 27 no tratamento do ativo imobilizado. O cumprimento dessas obrigações não apenas evita problemas com a fiscalização, mas também assegura que os registros contábeis reflitam a realidade patrimonial da empresa. 

Entre as principais obrigações, destacam-se:

Entenda melhor cada uma delas a seguir.

1. Depreciação

A depreciação deve ser calculada considerando a vida útil estimada de cada ativo e sua categoria. Esse registro impacta diretamente a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), reduzindo o lucro tributável e permitindo uma gestão fiscal mais eficiente.

Por exemplo: uma empresa que adquire um equipamento de R$ 120.000, com vida útil de 8 anos, deve registrar uma depreciação anual de R$ 15.000, garantindo que o custo do ativo seja apropriado ao longo do tempo.

2. Reavaliação

O ativo imobilizado pode ser reavaliado periodicamente, caso a empresa opte por registrá-lo pelo valor justo. Essa prática permite que os registros contábeis reflitam a valorização ou desvalorização real dos bens, oferecendo informações mais precisas para decisões estratégicas.

Um imóvel comprado há cinco anos, por exemplo, pode ter seu valor de mercado atualizado por meio de reavaliação, impactando o patrimônio líquido da empresa de forma mais realista.

3. Laudo de Avaliação

Quando a reavaliação ou alteração significativa do valor de um ativo é necessária, é recomendável ou exigido que seja elaborado um laudo de avaliação por um perito qualificado. Esse documento fornece suporte técnico e comprova a adequação do valor registrado, sendo útil em auditorias e processos de compliance.

Uma fábrica que deseja reavaliar suas máquinas para registrar o valor justo precisará de um laudo elaborado por especialista para validar o novo valor contábil, por exemplo.

Como a gestão do ativo imobilizado pode impactar a estratégia financeira da empresa?

A gestão eficiente do ativo imobilizado vai além do cumprimento de normas contábeis: ela é essencial para otimizar custos operacionais e maximizar o retorno sobre os investimentos realizados pela empresa. Quando os ativos não são controlados corretamente, surgem riscos significativos, como problemas de liquidez, redução da rentabilidade e aumento dos custos operacionais.

Uma gestão adequada permite que a empresa:

Uma empresa de transporte que não acompanha corretamente a depreciação de sua frota, por exemplo, pode superestimar o valor contábil dos veículos, levando a decisões equivocadas sobre venda, substituição ou financiamentos. Já uma gestão eficaz garante que cada ativo seja utilizado de maneira estratégica, reduzindo custos de manutenção, evitando compras desnecessárias e apoiando decisões financeiras mais sólidas.

Qual a importância da revisão contábil do ativo imobilizado para empresas de grande porte?

Para empresas de grande porte e companhias abertas, a gestão do ativo imobilizado exige atenção redobrada. O CPC 27 estabelece responsabilidades adicionais relacionadas à transparência e à precisão contábil, visando garantir que os registros reflitam a realidade econômica da empresa.

Essas companhias devem realizar auditorias contábeis detalhadas, assegurando que todos os ativos imobilizados estejam corretamente registrados, depreciados e, quando necessário, reavaliados.

Esse processo é essencial para:

Uma empresa de grande porte que realiza revisões periódicas de seu parque industrial consegue detectar equipamentos obsoletos ou subutilizados, ajustando o valor contábil e planejando substituições de forma estratégica. Isso não apenas mantém a precisão do balanço, mas também otimiza recursos e fortalece a confiança de investidores e órgãos reguladores.


Conclusão

A correta contabilização do ativo imobilizado é fundamental não apenas para atender às normas fiscais e contábeis do CPC 27, mas também para garantir a saúde financeira e estratégica da empresa. Uma gestão eficiente permite maximizar a eficiência dos custos de depreciação, otimizar investimentos, melhorar o planejamento financeiro e evitar perdas patrimoniais.

Empresas que mantêm seus ativos imobilizados corretamente avaliados e registrados no balanço contábil estão mais preparadas para:

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Onde fazer a gestão de ativos da sua empresa?

Contar com uma consultoria especializada em avaliações e cálculos é essencial para uma gestão eficiente dos ativos de sua empresa. Nesse cenário, o Grupo Investor se destaca como a melhor opção para empresas que buscam análises precisas e confiáveis.

Com uma equipe de profissionais altamente qualificados, oferecemos serviços especializados em:

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O que é um ativo imobilizado?

De acordo com o CPC 27, é um bem tangível utilizado para produção ou fornecimento de mercadorias/serviços, aluguel a terceiros ou uso administrativo, normalmente por mais de um período.

Quais são os critérios para reconhecer um bem como ativo imobilizado?

Segundo o Regulamento do Imposto de Renda (art. 313), o bem deve: Ter valor unitário superior a R$ 1.200,00; Ter vida útil superior a 1 ano.

Exemplos de ativos imobilizados

Terrenos Edificações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Ferramentas Computadores e periféricos Máquinas em construção Consórcios em andamento Florestamento e reflorestamento

O que não é considerado ativo imobilizado?

Imóveis e terrenos para obtenção de renda (CPC 28 – Propriedade para Investimento); Ativos biológicos (CPC 29); Direitos sobre jazidas e reservas minerais, petróleo, gás, carvão e outros recursos não renováveis (CPC 34).

Por que o controle do ativo imobilizado é importante?

Cumprimento das exigências fiscais e contábeis; Facilita auditorias internas/externas; Apoia fusões, aquisições e cisões; Permite decisões estratégicas baseadas no valor real do patrimônio; Reduz custos e otimiza operações.

O que é gestão do ativo imobilizado?

Processo de controle e monitoramento dos bens da empresa, garantindo conformidade com normas IFRS e CPC, racionalização de custos, competitividade e padronização de dados entre filiais e matriz.

Onde o ativo imobilizado é classificado no balanço patrimonial?

No ativo não circulante, pois são bens destinados ao funcionamento da empresa, e não à revenda ou geração de lucro direto.

Quais são as principais contas do ativo imobilizado?

Imóveis: terrenos e edificações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Ferramentas Equipamentos de informática Imobilizado em andamento (bens em construção ou importação)

Como ocorre a depreciação do ativo imobilizado?

Começa quando o bem está disponível para uso; Para quando o ativo é baixado ou classificado como mantido para venda; Terrenos não depreciam; Base depreciável = custo – valor residual.

Como é calculada a depreciação na prática?

Exemplo (máquina nova – custo R$ 525.000, valor residual R$ 26.250, vida útil 10 anos): Base depreciável: R$ 498.750 Depreciação mensal (linear): R$ 4.156,25

Como registrar aquisição, construção e venda de ativos?

Aquisição: incluir preço, frete, instalação, testes, excluindo impostos recuperáveis; Construção: registrar no “Imobilizado em Andamento” até entrar em operação; Venda: baixar custo histórico e depreciação acumulada, reconhecendo ganho ou perda.

Onde consultar as taxas e ajustar à realidade da empresa?

Na Instrução Normativa nº 1.700/2017, Anexo III. Se a empresa quiser adotar taxas diferentes, deve comprovar por laudo técnico pericial assinado por profissional habilitado.

Qual é a relação entre ativo imobilizado e competitividade?

Uma gestão eficiente do imobilizado: Reduz desperdícios e custos; Facilita acesso a crédito e licitações; Melhora transparência e governança; Fortalece valor de mercado da empresa.

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