Newsletter
Infraestrutura e Concessões


Imagens: Gorverno de SP
O Túnel Santos‑Guarujá, projeto de infraestrutura que ligará as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, deverá iniciar suas obras ainda em 2025 ou, conforme pacotes de informação, seja no início de 2026.
O empreendimento será uma parceria público-privada (PPP), com investimento estimado entre R$ 6 bilhões e R$ 6,8 bilhões e contemplará seis faixas de rolamento (três em cada sentido), faixa para VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), ciclovia e passarela para pedestres.
A travessia hoje se dá por balsas ou pela rodovia SP-055 (aproximadamente 40 km), e o túnel reduzirá o percurso para cerca de 2 minutos quando estiver operacional.
Extensão total: cerca de 1,5 km, dos quais ~870 m serão submersos.
Investimento estimado: entre R$ 6 bilhões e R$ 6,8 bilhões.
Aporte público estimado: cerca de R$ 5,14 bilhões, divididos entre União e Estado de São Paulo.
Pré-leilão: o edital foi lançado em fevereiro de 2025. Leilão realizou-se em setembro de 2025.
Entrega prevista em torno de 2028, com início de obra possivelmente no primeiro trimestre de 2026.
Importância logística e econômica
Essa ligação reduzirá dramaticamente o tempo de travessia entre Santos e Guarujá (de até 60 min para ~2 min) e trará efeitos positivos para o fluxo de cargas do Porto de Santos e para o turismo da região.
Risco e escala da obra
Ser o primeiro túnel imerso do Brasil, com solos complexos e estrutura sob o estuário, exige grande técnica, custo elevado e competência de engenharia internacional — o que acarreta risco, mas também oportunidade de inovação.
Etapa de início e prazo crítico
O fato de o início estar previsto para 2025/2026 significa que os investidores e o setor privado precisam preparar estrutura, financiar-se e ajustar cronograma. Qualquer atraso ou imprecisão pode representar custos adicionais e desafiar execução.

O Ceará lançou uma Parceria Público-Privada (PPP) para expandir os serviços de esgotamento sanitário em 23 municípios da Região Metropolitana de Fortaleza e do Cariri, com investimentos estimados em aproximadamente R$ 7 bilhões ao longo do prazo do contrato. O edital, com apoio do BNDES, pretende levar cobertura de coleta e tratamento de esgoto de cerca de 58,9% para até 95% da população da área.
Investimento estimado: ~ R$ 7 bilhões durante a concessão.
Alcance: 23 municípios da Região Metropolitana de Fortaleza e do Cariri.
Meta de cobertura: da atual ~58,9% para ~95% da população atendida.
O fornecimento de água permanece com a estatal CAGECE; a PPP é voltada para esgoto.
Grande escala de investimento
Um projeto de R$ 7 bilhões mostra que o saneamento deixa de ser “obra local” e vira projeto de infraestrutura de peso, com impacto para milhões de pessoas.
Meta de universalização clara
A cobertura de esgoto passará de menos da metade para quase toda a população da área-alvo — isso melhora saúde, meio ambiente e qualidade de vida.
Separação de responsabilidades
A água continua com a estatal tradicional, enquanto o esgoto entra no modelo de PPP com parceiro privado — isso permite foco maior e pode atrair capital, eficiência e inovação.

A autoridade responsável pelo Canal do Panamá informou que está no estágio final de preparação para concessões portuárias estratégicas. Em conferência, o diretor Ricaurte Vásquez confirmou que reuniões com empresas de navegação e terminais estão agendadas para dezembro e que a pré-qualificação das candidatas será concluída no início de 2026.
O objetivo é expandir a infraestrutura logística da hidrovia, oferecendo oportunidades para construção e operação de dois novos terminais portuários localizados na zona do canal — fortalecendo sua importância global como rota de tráfego marítimo entre Atlântico e Pacífico.
O processo de pré-qualificação para candidatas às concessões deve finalizar no início de 2026.
Estão envolvidos dois novos terminais portuários na área do canal, que serão disponibilizados para operação privada.
Reuniões com potenciais operadores estão agendadas para dezembro de 2025.
Expansão estratégica da rota interoceânica
O Canal do Panamá não está apenas focado em manutenção — está investindo em novos terminais para ampliar capacidade e atrair mais tráfego entre os oceanos, o que melhora sua posição logística global.
Etapa de pré-qualificação importante
A fase de pré-qualificação filtra os potenciais operadores ainda antes de lançar edital completo, garantindo que os participantes tenham condições técnicas, financeiras e regulatórias adequadas. Isso reduz riscos de atrasos ou falhas.
Sinal de oportunidades para investidores e operadores internacionais
Com essas concessões em andamento, empresas de terminais, logística, portuárias ou fundos de infraestrutura podem encontrar uma janela de entrada em um ativo global chave. Vale observar cronograma, exigências e modelos de contrato que serão definidos.

Quatro grupos apresentaram propostas para disputar a concessão da BR‑153/262 (trecho GO/MG), conhecida como “Rota Sertaneja”.
O contrato prevê duração de 30 anos e envolve investimentos de R$ 5,66 bilhões em capex + R$ 4,16 bilhões em opex.
O trecho engloba 530,6 km que conectam Hidrolândia (GO) a Comendador Gomes (MG), passando por 21 municípios estratégicos.
Competidores: quatro grupos — Vinci Highways, Way Concessões, consórcio Rota do Cerrado (XP + construtoras) e consórcio Construcap + Copasa.
Duração: 30 anos.
Investimentos estimados: R$ 5,66 bi (capex) + R$ 4,16 bi (opex).
Comprimento da rodovia: 530,6 km.
Objetivo: modernização, duplicação e ampliação da capacidade da malha.
Alta competição = bom sinal para o certame
Com quatro participantes fortes, a disputa tende a elevar a qualidade das propostas e beneficiar o setor público com melhores condições.
Investimento em infraestrutura pesada
Os valores envolvidos são elevados, o que mostra que o trecho é estratégico, com potencial de retorno — mas também exige boa execução.
Trecho relevante logística e regionalmente
Interliga regiões importantes em GO e MG, melhora conexão, transporte de cargas, economia local e conforto para usuários — o que aumenta a atratividade para o investidor.

Em 3 de novembro de 2025, o Ministério dos Transportes reuniu especialistas, representantes do governo e do setor privado para avaliar os impactos da Emenda Constitucional 132/2023 (a reforma tributária) sobre concessões de rodovias e ferrovias e sobre novos investimentos em infraestrutura.
A reforma prevê substituir cinco tributos — ISS, ICMS, PIS, Cofins e IPI — por um modelo de IVA composto por Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Foram destacados os seguintes pontos:
A carteira de investimentos em concessões do setor de transportes está em torno de R$ 300 bilhões já contratados, com mais R$ 300 bilhões planejados até o fim de 2026 — totalizando cerca de R$ 600 bilhões de capex em um período de transição tributária.
A expectativa é que a nova tributação gere redução de custos para concessionárias, o que pode resultar em tarifas menores e contratos mais competitivos.
Contudo, foi ressaltada a necessidade de mecanismos de governança como câmaras setoriais e manuais de boas-práticas para garantir segurança jurídica, evitar contenciosos e preservar o equilíbrio dos contratos vigentes.
Emenda Constitucional 132/2023 – substituição de ISS, ICMS, PIS, Cofins e IPI por IVA (IBS + CBS)
Carteira de investimentos em infraestrutura de transportes: ~ R$ 600 bilhões até 2026
Potencial de redução de custos operacionais e tarifários para concessões / contratos
Menos impostos, mais eficiência
A reforma deve simplificar a carga tributária sobre bens e serviços, o que para as empresas de concessão pode significar menos custos com tributos e mais margem para investir ou reduzir tarifas.
Transição em momento crítico
O fato de grandes investimentos estarem em curso — ~ R$ 600 bilhões até 2026 — coincide com a mudança do modelo tributário. Isso exige preparação das empresas e dos órgãos reguladores para que contratos novos ou existentes não sofram impactos negativos.
Garantia de estabilidade contratual
Mesmo com a promessa de ganhos, a mudança gera incerteza. Por isso, mecanismos como câmaras setoriais e manuais de boas-práticas são importantes para fazer a transição sem que surjam disputas, pedidos de revisão ou interrupções nos projetos.
|
|
|

É graduanda em Letras pela UFMG, com atuação focada em comunicação digital, produção de conteúdo e estratégia de marketing. Tem experiência com criação e design de newsletters, marketing no Instagram, endomarketing, SEO, Google Analytics, copywriting, blogs, e produção de conteúdo para web. Domina ferramentas como Canva, WordPress, Google Ads, além de ter certificações em Marketing Digital, SEO, Analytics e Redação Web por instituições como Udemy, Sebrae, Rock Content e Rock University.
Avaliações econômico-financeiras com uma abordagem altamente customizada.
Notícias selecionadas sobre Finanças Corporativas, Concessões e PPPs
Veja as Newsletter mais recentes