Newsletter

Finanças corporativas

Prada compra Versace por US$ 1,38 bilhão – 15/04/2025

Índice

Prada compra Versace por US$ 1,38 bilhão e encerra ciclo frustrado da Capri

Prada compra Versace por US$ 1,38 bilhão e encerra ciclo frustrado da Capri 

Após meses de negociação e incertezas, a Prada concluiu a compra da grife italiana Versace por US$ 1,38 bilhão. A venda foi feita pela Capri Holdings, que havia adquirido a marca em 2018 por US$ 2,1 bilhões. Ou seja, a transação foi fechada com um prejuízo de US$ 700 milhões para o grupo americano, que reconheceu que a Versace não alcançou os resultados esperados sob sua gestão. 

A negociação passou por um reajuste de valor de última hora — um desconto de US$ 200 milhões — devido à instabilidade recente no setor de luxo, o que chegou a gerar dúvidas sobre a continuidade do negócio. Ainda assim, a família Prada deu sinal verde, consolidando uma das mudanças mais simbólicas da indústria da moda dos últimos anos. 

A Versace, fundada há mais de quatro décadas, sempre foi associada ao estilo ousado, estampas marcantes e uma pegada sensual. Em contraste, a Prada é referência de elegância clássica e minimalismo refinado. A união das duas pode abrir novas possibilidades criativas e comerciais para o grupo comprador. 

Internamente, a Versace também passa por uma virada importante. Donatella Versace, que manteve a liderança criativa após a venda para a Capri, deixou o cargo neste ano. Ela foi substituída por Dario Vitale, responsável por reposicionar a marca para uma nova fase, possivelmente mais alinhada ao momento atual do mercado de luxo. 

A Capri Holdings, além da Versace, controla marcas como Michael Kors e Jimmy Choo. Em 2023, o grupo tentou vender seu controle para a Tapestry — holding americana dona da Coach — em uma operação avaliada em US$ 8,5 bilhões. No entanto, o negócio foi barrado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos. 

Com a compra, a Prada se consolida como uma das principais forças do luxo italiano, reforçando seu portfólio e ampliando sua atuação global em um momento de transformação no setor. 

Resumo da operação: 

A Capri vendeu com prejuízo:  A empresa não conseguiu fazer a Versace crescer como esperava. Isso levou a um grande deságio na venda — um sinal claro de que a gestão da marca não foi bem-sucedida. 

Prada aposta na combinação de estilos:  A união da sobriedade da Prada com o visual extravagante da Versace pode criar um equilíbrio interessante e atrair diferentes públicos. É uma jogada estratégica para crescer no mercado de luxo. 

Nova direção criativa, novo rumo:  Com a saída de Donatella, a Versace tem a chance de se reinventar. Dario Vitale chega com a missão de atualizar a marca e reposicioná-la num mercado que busca inovação sem perder identidade. 

Grupo Investor

Já consolidada no mercado, atendemos mais de 300 empresas em 22 estados do Brasil. São mais de R$ 215 bilhões avaliados em ativos e mais de 1,45 milhões de itens inventariados.

Somos uma empresa de consultoria especializada em laudos e avaliações, com mais de 10 anos de experiência.

Contamos com um corpo técnico e executivo altamente qualificado para atender as necessidades da sua companhia. Clique aqui e entre em contato com o Grupo Investor!

Fresenius vende operações em Goiás para EMS como parte de reestruturação global

Fresenius vende operações em Goiás para EMS como parte de reestruturação global 

A farmacêutica alemã Fresenius Kabi anunciou um acordo para vender suas operações de medicamentos injetáveis no Brasil para a EMS, maior laboratório farmacêutico do país. A transação inclui a unidade produtiva localizada em Anápolis (GO) e o centro logístico situado em Goiânia, que fazem parte da estrutura brasileira da Fresenius voltada ao segmento hospitalar. 

Segundo comunicado oficial, essa movimentação faz parte da estratégia global da empresa de reavaliar e otimizar sua rede de produção, buscando maior eficiência operacional. A venda sinaliza uma mudança de foco da companhia, que pretende concentrar esforços em áreas com mais sinergia com seus objetivos estratégicos globais, sem deixar de atuar no Brasil. 

Enquanto a operação não é finalizada — o que depende de aprovação de autoridades regulatórias, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) —, a empresa garante que as atividades continuarão normalmente. Isso inclui tanto a produção de medicamentos quanto a logística, sem impactos na cadeia de abastecimento ou nos profissionais envolvidos. 

Embora o valor do negócio não tenha sido divulgado, a venda é considerada um passo importante para a reestruturação da presença da Fresenius na América Latina. A companhia afirmou que continuará presente no mercado brasileiro com um portfólio robusto de produtos, mantendo seu compromisso com os clientes e pacientes locais. 

Para a EMS, a aquisição representa uma oportunidade de fortalecer sua atuação no segmento hospitalar e ampliar sua capacidade produtiva e logística na região Centro-Oeste, consolidando sua liderança no setor farmacêutico nacional. 

Resumo da operação: 

Reorganização global da Fresenius:  A venda das unidades faz parte de um plano maior da empresa alemã para tornar sua produção mais eficiente e focada. É uma forma de “enxugar” e concentrar recursos onde há mais retorno estratégico. 

EMS ganha força no mercado hospitalar:  A aquisição ajuda a EMS a expandir sua infraestrutura no Brasil, especialmente no setor de medicamentos injetáveis, onde a demanda é crescente em hospitais e clínicas. 

Nenhuma mudança imediata para funcionários e clientes:  A operação segue funcionando como está até que o Cade aprove a venda. Isso significa que trabalhadores mantêm seus postos e a entrega de medicamentos continua sem impacto. 

HBR Realty vende hotel Hilton Garden Inn por R$ 110 milhões

 HBR Realty vende hotel Hilton Garden Inn por R$ 110 milhões 

A HBR Realty, uma das principais empresas do setor imobiliário no Brasil, aprovou a proposta de venda do hotel Hilton Garden Inn, localizado em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O comprador é a CVPar Investimentos Ltda., que apresentou uma proposta vinculante no valor aproximado de R$ 110 milhões. A transação segue agora para a etapa de due diligence — processo de auditoria jurídica, financeira e operacional — com previsão de conclusão em até 60 dias. 

O hotel, que conta com 170 quartos e taxa média de ocupação de 80%, é considerado um ativo maduro dentro da plataforma HBR Opportunities. Desde sua inauguração, a diária média mais que dobrou, chegando à faixa de R$ 650, o que demonstra sua consolidação no mercado hoteleiro da capital paulista. 

A venda faz parte da estratégia de reciclagem de capital da HBR Realty, que busca realocar recursos para projetos com maior potencial de valorização e retorno. A companhia segue focada em ativos mais estratégicos, como centros de conveniência, varejo de proximidade e empreendimentos corporativos — segmentos onde acredita haver maior escala e crescimento sustentável. 

Segundo o CEO da HBR, Alexandre Nakano, o Hilton Garden Inn é um exemplo de projeto bem-sucedido desenvolvido pela empresa, que segue o modelo de negócios de criar, amadurecer e, quando conveniente, realizar o investimento por meio da venda do ativo. A companhia atua de forma ativa no desenvolvimento de projetos greenfield — desde a identificação e aquisição de terrenos, concepção e construção até a gestão e eventual desinvestimento. 

A HBR ressalta que a venda não representa uma saída do setor hoteleiro. A empresa mantém em seu portfólio o recém-inaugurado Hotel W São Paulo, na Vila Olímpia, reforçando seu compromisso com ativos bem localizados, de alta qualidade e com gestão eficiente. 

Resumo da operação: 

Venda estratégica, não emergencial:  A HBR vendeu o Hilton não por dificuldades, mas como parte de uma estratégia planejada: investir em ativos prontos, amadurecê-los e vendê-los no momento certo para maximizar retorno. 

Redirecionamento de capital para ativos com maior escala:  Em vez de manter ativos que já atingiram seu pico de valorização, a empresa está redirecionando recursos para setores como o varejo de conveniência e imóveis corporativos, que oferecem mais espaço para crescimento. 

Modelo de negócios baseado em ciclo completo:  A HBR não é uma empresa patrimonialista tradicional. Ela atua em todo o ciclo de desenvolvimento imobiliário — da concepção à venda —, buscando sempre gerar valor para acionistas por meio de gestão ativa. 

One Innovation anuncia torres de luxo na Rebouças com VGV de R$ 2 bilhões

One Innovation anuncia torres de luxo na Rebouças com VGV de R$ 2 bilhões

Após se consolidar no mercado de apartamentos compactos, a incorporadora One Innovation dá um passo ousado rumo ao setor de alto padrão. A empresa anunciou um novo projeto na região da Rebouças, em São Paulo, que prevê duas torres de 60 andares com unidades de luxo. O lançamento está programado para o primeiro semestre de 2026, e o empreendimento terá Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 2 bilhões, o maior da história da incorporadora. 

O terreno escolhido, com 8 mil m², exigiu um processo de aquisição que durou três anos, envolvendo 30 casas no total — 26 já compradas e as últimas ainda em negociação. Segundo a empresa, os proprietários receberam propostas cerca de 25% acima do valor de mercado, em um trabalho feito porta a porta por corretores parceiros. 

O novo projeto será vizinho de importantes avenidas como a Faria Lima e a Brasil, com vista para os Jardins, e oferecerá apartamentos com áreas entre 300 e 450 m². O valor do metro quadrado deverá girar em torno de R$ 35 mil, posicionando o empreendimento na elite do mercado paulistano. 

O movimento marca uma virada estratégica da incorporadora, que até agora focava em imóveis compactos com alta liquidez e bom retorno. Desde sua fundação, em 2013, por Milton Goldfarb e Paulo Petrin, a One Innovation lançou quase 10 empreendimentos por ano nesse segmento, com valores por metro quadrado variando entre R$ 14 mil e R$ 20 mil. 

A mudança de foco ganhou força com a revisão do Plano Diretor de São Paulo, que permitiu construções mais altas em determinadas regiões. Além disso, durante a pandemia, a empresa notou uma nova demanda por apartamentos maiores, mais confortáveis e bem localizados — o que motivou a entrada no mercado de luxo. 

Segundo Petrin, vice-presidente da incorporadora, o novo projeto reflete o amadurecimento da empresa e a confiança de investidores, como o GIC, fundo soberano de Cingapura, que é sócio da One Innovation desde 2014. 

Resumo da operação: 

Expansão para o mercado de luxo:  A One Innovation, antes especializada em imóveis compactos, decidiu entrar no segmento de alto padrão, aproveitando a valorização de regiões como Pinheiros e as mudanças no Plano Diretor de São Paulo. 

Aquisição gradual de terreno estratégico:  O terreno para o projeto foi montado aos poucos, com a compra de casas ao longo de três anos. A empresa ofereceu valores acima da média para garantir a área desejada. 

Alta valorização da Rebouças:  A região onde o novo empreendimento será construído teve uma das maiores valorizações de São Paulo nos últimos anos, tanto para compra quanto para aluguel, o que reforça o potencial do investimento. 

Iguatemi reforça estratégia de capitalização com venda de R$ 500 milhões

Iguatemi reforça estratégia de capitalização com venda de R$ 500 milhões

O grupo Iguatemi anunciou a assinatura de um memorando de entendimento para a venda de cerca de R$ 500 milhões em participações em seus ativos, como parte de sua estratégia de monetização sem abrir mão do controle operacional. O comunicado foi feito nesta segunda-feira (data da divulgação), por meio de fato relevante ao mercado. 

A operação envolve a venda de 49% das participações em três empreendimentos consolidados: o Shopping Market Place, o Edifício Market Place Towers e o Galleria Shopping. Mesmo após a conclusão da transação, o Iguatemi permanecerá com 51% de participação e seguirá sendo o gestor responsável pela administração e operação dos ativos. 

Além disso, o acordo também prevê a promessa de cessão futura de cotas em dois novos empreendimentos que ainda serão construídos: 

  • 24% em um projeto residencial previsto para o Complexo Market Place, e 
  • 16,7% em um empreendimento comercial no Complexo Galleria, ambos com previsão de conclusão em 2029. 

Essa venda parcial permite à companhia liberar capital para novos investimentos, sem abrir mão de seu modelo de negócios baseado em gestão ativa e controle estratégico dos ativos. O nome do comprador ainda não foi divulgado, e os termos finais do negócio dependem de etapas adicionais de negociação e aprovação. 

O Iguatemi vem adotando uma estratégia recorrente de reestruturação e reciclagem de capital, comum entre empresas do setor, buscando aumentar liquidez e eficiência no portfólio, principalmente em um cenário econômico que exige foco em rentabilidade, escalabilidade e solidez financeira. 

Com a operação, o grupo reforça seu posicionamento como gestor de ativos premium no Brasil, mantendo sua presença estratégica nos shoppings de alto padrão enquanto equilibra sua estrutura de capital e prepara terreno para novos desenvolvimentos residenciais e comerciais nos próximos anos. 

Resumo da operação: 

Venda com controle preservado:  Ao vender apenas 49% das participações, o Iguatemi garante entrada de recursos, mas segue no comando das operações dos shoppings e empreendimentos. 

Antecipação de receita com ativos futuros:  Parte do acordo inclui projetos que só ficarão prontos em 2029, o que significa que a empresa já está captando recursos com base em ativos que ainda vão gerar receita. 

Estratégia financeira inteligente:  Essa movimentação ajuda a empresa a equilibrar caixa, reduzir riscos e manter foco em crescimento sustentável — sem comprometer sua atuação em empreendimentos premium. 

Startup Eu Me Banco compra faculdade em SP e investe R$ 20 milhões para transformar ensino voltado ao mercado financeiro

Startup Eu Me Banco compra faculdade em SP e investe R$ 20 milhões para transformar ensino voltado ao mercado financeiro

A Eu Me Banco Educação, startup brasileira voltada à formação de profissionais para o mercado financeiro, anunciou a compra de uma faculdade em São Paulo, marcando sua entrada no setor de ensino superior. Com a aquisição, a instituição será rebatizada como FBNF – Faculdade Brasileira de Negócios e Finanças, e terá foco exclusivo em cursos de graduação EAD voltados às áreas de finanças, investimentos e negócios. 

O movimento faz parte do plano estratégico da empresa, que prevê investimentos superiores a R$ 20 milhões nos próximos anos para transformar a FBNF em uma referência nacional na formação de profissionais qualificados para o mercado financeiro. 

A FBNF oferecerá cursos superiores de quatro anos na modalidade EAD, voltados para áreas como educação financeira, certificações, gestão de investimentos e planejamento financeiro. O corpo docente será formado por profissionais que atuam no mercado financeiro, muitos dos quais já fazem parte da rede de mentores da Eu Me Banco. 

A instituição também seguirá o modelo pedagógico da startup, que permite que os alunos paguem apenas pelo tempo necessário até serem aprovados em certificações, no formato semelhante a uma assinatura mensal. Caso o estudante atinja seu objetivo antes do fim do curso, ele poderá interromper os estudos sem penalidades financeiras. 

Além disso, a empresa já distribuiu mais de 200 mil bolsas de estudo gratuitas para cursos de certificação desde sua fundação, em 2019. 

Com mais de 250 mil alunos formados em apenas cinco anos e responsável por mais de 14 mil contratações e promoções no setor financeiro, a Eu Me Banco rapidamente se tornou uma das principais plataformas de educação voltadas à área de finanças no Brasil. 

A empresa possui sede própria de três andares na Avenida Paulista, um valuation superior a R$ 100 milhões e também mantém operações internacionais, como a unidade em Miami (EUA), além de outras quatro bases no Brasil. 

A aquisição da faculdade se insere em um plano de expansão que inclui, além do crescimento em número de alunos e unidades, a abertura de capital na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) e, posteriormente, a listagem na Nasdaq, nos Estados Unidos. 

Resumo da operação:

Ensino com foco no mercado de trabalho:  A FBNF quer romper com o modelo tradicional e oferecer cursos práticos, com professores que atuam no mercado e conteúdos atualizados — tudo pensado para gerar emprego e crescimento na carreira dos alunos. 

Modelo de pagamento inovador:  A graduação funciona como uma assinatura: o aluno paga apenas enquanto estiver estudando, podendo sair sem prejuízos quando conquistar seus objetivos (como passar em uma certificação financeira). 

Expansão com visão global:  A compra da faculdade marca o início de um plano maior, que inclui crescimento nacional, internacionalização e listagem em bolsa. A empresa quer escalar impacto e se tornar referência global em educação financeira. 

 Curtinhas do Grupo Investor

 

compartilhe

Receba nossa Newsletter

Escolha qual newsletter deseja receber: Finanças Corporativas ou Concessões e PPPs


    Finanças Corporativas

    Concessões e PPPs