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Finanças corporativas
Infraestrutura e Concessões

A Motiva saiu vencedora do leilão para operar a rodovia Fernão Dias (BR-381), que liga São Paulo a Belo Horizonte, assumindo a concessão até 2040. A empresa ofereceu o maior desconto na tarifa de pedágio (17,05%) e vai investir cerca de R$ 14,8 bilhões em modernização e obras ao longo dos próximos anos. O contrato inclui a construção de mais faixas, vias marginais e melhorias em segurança e infraestrutura. Esta foi a primeira vez que a concessionária anterior perdeu o ativo em um leilão competitivo.
Resultado do leilão:
A Motiva apresentou a melhor oferta ao propor o maior desconto sobre a tarifa de pedágio, superando as propostas da EPR e da concessionária anterior, garantindo a operação da rodovia até 2040.
Valor e investimentos:
O novo contrato prevê aproximadamente R$ 14,8 bilhões em melhorias ao longo dos 569 km da estrada, incluindo faixas adicionais, vias marginais e outras obras.
Transformação do controle:
Foi a primeira vez que a gestão da concessionária anterior mudou por meio de um leilão competitivo desse tipo, marcando um movimento importante no setor de concessões rodoviárias no país.

A reforma do setor elétrico trazida pela Lei 15.269/2025 (antiga MP 1.304) criou um novo “dia do perdão” para resolver o impasse de usinas renováveis que ficaram sem contratos de uso de transmissão ou distribuição. Com isso, 667 usinas — principalmente eólicas e solares — que somam mais de 28 GW de capacidade poderão pedir a revogação das outorgas sem multas ou ajustar seus contratos dentro de 30 dias após a publicação da lei (até 24 de dezembro) para regularizar suas operações. A iniciativa busca principalmente destravar projetos parados da chamada “corrida do ouro” do setor elétrico e oferecer segurança jurídica para os empreendedores.
Especialistas destacam dois mecanismos da lei:
a anistia de penalidades para quem desistir de contratos problemáticos, e
a regularização de prazos e obrigações contratuais para aqueles que seguem adiante.
Há dúvidas sobre como a agência reguladora irá aplicar certas garantias, mas o entendimento é que a lei facilita a revisão de cronogramas e obrigações sem ferir a lógica do setor.
Lei 15.269/2025 ativa novo “dia do perdão”
Permite que usinas que ficaram sem contratos de uso de transmissão/distribuição revoguem suas outorgas sem penalidades ou regularizem seus prazos — um alívio para projetos travados na burocracia.
Impacto em empreendimentos renováveis
667 usinas, com cerca de 28 GW de capacidade, principalmente eólicas e solares, poderão se beneficiar da regra ao destravar seus processos e seguir com obras ou ajustes contratuais.
Prazo curto para aproveitar a medida
Os responsáveis pelos projetos têm 30 dias a partir da publicação da lei, ou seja, até 24 de dezembro de 2025, para pedir a revogação das outorgas ou regularizar contratos sem incorrer em sanções.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, na COP30 em Belém, que já mobilizou R$ 7 bilhões para ações de conservação, recuperação e manejo de florestas brasileiras desde 2023 — o maior investimento da sua história no setor. Os recursos combinam crédito, garantias e apoio produtivo, alcançando projetos em todos os biomas do país. Com isso, já foram plantadas cerca de 280 milhões de árvores, recuperados 168 mil hectares, gerados 70 mil empregos e capturados 54 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. A iniciativa está organizada pela plataforma BNDES Florestas, que agrupa programas de restauração ecológica, bioeconomia e inovação.
R$ 7 bilhões mobilizados
Recursos destinados à restauração e conservação florestal — o maior volume já mobilizado pelo banco no setor — combinando crédito, garantias e apoio produtivo.
Impactos ambientais e sociais
Aproximadamente 280 milhões de árvores plantadas, mais de 168 mil hectares recuperados, 70 mil empregos gerados e 54 milhões de toneladas de CO₂ equivalente capturadas.
Plataforma BNDES Florestas
A iniciativa reúne programas voltados à restauração ecológica, bioeconomia e inovação, atuando em todos os biomas brasileiros e conectando crédito com contratos de carbono e parcerias privadas.

O leilão das concessões parciais da Compesa — empresa estadual de saneamento de Pernambuco — terá 15 empresas interessadas e está marcado para o dia 18 de dezembro, na Bolsa de Valores B3 em São Paulo. A abertura das propostas ocorrerá no dia 11. As concessões envolvem serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto em duas regiões do estado, com um pacote de investimentos previsto em cerca de R$ 19 bilhões. A estatal segue responsável por captar e tratar a água, enquanto a iniciativa privada deve assumir os serviços de distribuição e esgoto em partes do estado.
Empresas têm visitado locais e buscado informações para avaliar os projetos antes do leilão, e só poderão participar efetivamente se apresentarem as garantias exigidas pelo edital na data de abertura das propostas.
Número de interessadas e datas-chave:
15 empresas demonstraram interesse no leilão, que terá propostas abertas em 11 de dezembro e será realizado em 18 de dezembro na B3.
Escopo das concessões:
São duas concessões parciais para operar serviços de distribuição de água e esgoto em áreas que incluem a Região Metropolitana do Recife até o Pajeú e o Sertão, com a companhia estadual mantendo a produção e tratamento primário.
Volume de investimentos estimado:
O pacote total de investimentos previstos nas duas concessões gira em torno de R$ 19 bilhões, incluindo obras de distribuição e coleta/tratamento de esgoto.

A Alper Seguros iniciou 2025 com sua primeira transação de fusões e aquisições (M&A) no ano, marcando a 71ª aquisição da sua história ao comprar a Ducais, uma corretora de benefícios sediada em Belo Horizonte (MG). A operação faz parte de um plano de R$ 400 milhões reservado para M&As em 2025, com a meta de superar 10 aquisições no ano e fortalecer a atuação em diferentes segmentos do setor de seguros. Atualmente, a empresa administra cerca de 1,4 milhão de vidas e pretende alcançar R$ 5 bilhões em prêmios até o fim do ano. A aquisição já foi paga parcialmente (cerca de R$ 15 milhões) com o restante estruturado via receitas da própria Ducais.
Aquisição estratégica em benefícios:
A compra da Ducais fortalece a presença da companhia no segmento de benefícios (saúde, vida, odontológico e previdência), um dos principais pilares da receita atual da empresa.
Plano agressivo de M&A em 2025:
Com R$ 400 milhões separados para fusões e aquisições, a meta é realizar mais de 10 operações ao longo do ano, ampliando atuação geográfica e em segmentos variados.
Objetivos financeiros:
A corretora almeja terminar 2025 com R$ 5 bilhões em prêmios, consolidando crescimento e liderança no mercado de seguros brasileiro.

A BRK Ambiental protocolou um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) junto à CVM, dando início ao processo para abrir capital na B3 e possivelmente quebrar um jejum de quase quatro anos sem novas listagens no mercado brasileiro. A empresa de saneamento básico, controlada pela gestora canadense Brookfield Asset Management e com participação do FI-FGTS, busca registrar uma oferta que pode ser primária e secundária, com esforços de colocação também no exterior e no segmento de governança mais alto da bolsa, o Novo Mercado. A expectativa é que o IPO aconteça em fevereiro de 2026, com coordenadores já definidos pelos bancos.
Pedido de IPO e quebra de jejum:
A BRK Ambiental protocolou o pedido de registro do IPO na CVM, o que pode marcar o fim de quase quatro anos sem IPOs na B3 — uma das maiores “secas” de ofertas públicas iniciais da história recente da bolsa brasileira.
Estrutura da oferta:
A operação será estruturada como primária (captação para a companhia) e potencialmente secundária (venda de ações pelos atuais sócios), com esforços voltados também ao mercado internacional e listagem no Novo Mercado da B3, que exige padrões mais elevados de governança.
Participação acionária e alcance:
A gestora Brookfield controla cerca de 70% da empresa, com o FI-FGTS mantendo os 30% restantes. A BRK opera concessões de saneamento em mais de uma dezena de estados brasileiros, com cidades-chave como Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Recife (PE) entre suas áreas de atuação.

O Patria Investimentos fechou a compra de 12 fundos imobiliários listados geridos pela RBR Asset, totalizando cerca de R$ 8 bilhões em ativos sob gestão. A operação, realizada a um múltiplo aproximado de 6 % do patrimônio, deve ser concluída nos próximos 30 dias e não envolve transferência de pessoal da outra gestora. Com a aquisição, o gestor independente amplia sua presença no mercado e passa a administrar cerca de R$ 38 bilhões em ativos imobiliários, consolidando-se como um dos principais players em fundos imobiliários no Brasil. Entre os fundos envolvidos estão veículos focados em crédito imobiliário. A estratégia do grupo agora passa por organizar e integrar os veículos com foco em crescimento orgânico após um ciclo intenso de M&A.
Aquisição de fundos e valor envolvido:
O gestor comprou 12 FIIs com cerca de R$ 8 bi em ativos, em uma transação feita a um múltiplo de aproximadamente 6 % do AuM, reforçando sua plataforma imobiliária.
Crescimento na gestão de ativos:
Com essa operação, a gestora amplia seu portfólio para cerca de R$ 38 bi em ativos imobiliários sob administração, reforçando sua posição de destaque no setor de fundos imobiliários.
Estratégia pós-aquisição:
Após um período intenso de aquisições, a empresa pretende focar em crescimento orgânico, integrando e reorganizando os fundos comprados para gerar mais liquidez, eficiência e oportunidades para os investidores.

A JHSF anunciou a venda de estoques de incorporação por R$ 5,2 bilhões por meio de um IPO imobiliário, considerado o maior já feito no setor no Brasil. A operação envolve a oferta de imóveis que ainda estavam em desenvolvimento, permitindo à empresa transformar ativos em caixa para fortalecer o balanço e financiar novos projetos. Os recursos serão usados para melhorar a estrutura de capital e apoiar o crescimento futuro da companhia em empreendimentos residenciais e comerciais de alto padrão. A oferta chamou atenção por sua escala e por movimentar o mercado de capitais imobiliário, impulsionando liquidez e abrindo espaço para outros players aproveitarem a estratégia.
Valor da operação:
A oferta pública inicial movimentou R$ 5,2 bi por meio da venda de estoques de incorporação, convertendo projetos em andamento em caixa imediato para a empresa.
Impacto no mercado imobiliário:
Foi o maior IPO do setor no Brasil, destacando a importância da operação para aumentar liquidez e abrir precedentes para novas ofertas semelhantes.
Objetivos estratégicos:
O montante captado vai reforçar o capital da incorporadora e financiar o desenvolvimento de novos empreendimentos residenciais e comerciais de alto padrão.
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É graduanda em Letras pela UFMG, com atuação focada em comunicação digital, produção de conteúdo e estratégia de marketing. Tem experiência com criação e design de newsletters, marketing no Instagram, endomarketing, SEO, Google Analytics, copywriting, blogs, e produção de conteúdo para web. Domina ferramentas como Canva, WordPress, Google Ads, além de ter certificações em Marketing Digital, SEO, Analytics e Redação Web por instituições como Udemy, Sebrae, Rock Content e Rock University.
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