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Mega-aquisição de infraestrutura de IA – 20/10/2025

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Mega-aquisição de infraestrutura de IA: Aligned Data Centers é comprada por US$ 40 bilhões por consórcio liderado por BlackRock, Microsoft e NVIDIA

IA

Um consórcio formado pelas empresas BlackRock, Microsoft, NVIDIA — além de outros grandes investidores e fundos — vai adquirir 100% da Aligned Data Centers, avaliada em aproximadamente US$ 40 bilhões
A Aligned é uma das maiores operadoras de data centers especializados em cargas de computação para IA e nuvem, com 50 campi e mais de 5 gigawatts de capacidade operacional e planejada distribuídos entre EUA e América Latina. 
A transação está prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2026, condicionada a aprovações regulatórias. 
O consórcio compradora foi organizado pela parceria chamada Artificial Intelligence Infrastructure Partnership (AIP), que tem como meta inicial deployar cerca de US$ 30 bilhões em capital, com potencial para chegar a US$ 100 bilhões incluindo dívida.

Principais pontos-chave

  • Valor total da transação: ~ US$ 40 bilhões.

  • Empresa alvo: Aligned Data Centers, com 50 campi e >5 GW de capacidade.

  • Compradores principais: BlackRock, Microsoft, NVIDIA (junto a outros parceiros).

  • Objetivo estratégico: expandir infraestrutura de nuvem e IA de próxima geração.

  • Fechamento previsto: primeiro semestre de 2026.

  1. Escala de aposta em IA
    Esse tipo de investimento mostra que a infraestrutura por trás da inteligência artificial — como data centers, energia, conectividade — está se tornando tão estratégica quanto os próprios modelos de IA. Quem controla o “hardware” também controla o ritmo do avanço.

  2. Integração de tecnologia + capital
    O fato de estarem juntos um gestor de ativos gigantesco (BlackRock), um fornecedor de hardware/IA (NVIDIA) e uma plataforma de nuvem/serviços (Microsoft) mostra que o negócio não é apenas “infraestrutura” mas “infraestrutura que alimenta serviço de IA”. É uma cadeia completa de valor.

  3. Impactos para o mercado e para investidores
    Com esse movimento, espera-se que os custos de acesso à infraestrutura de IA subam, a concorrência se reduza e as gigantes tecnológicas ganhem ainda mais vantagem de escala. Para investidores, isso indica que o “play” de infraestrutura de IA — não apenas de software — pode ser um caminho importante.

OpenAI atinge valuation de US$ 500 bilhões e se torna a startup privada mais valiosa do mundo

CHATGPT

A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, chegou à marca de US$ 500 bilhões em valuation após uma venda secundária de ações em que funcionários e ex-funcionários cederam cerca de US$ 6,6 bilhões em papéis para investidores como SoftBank, Thrive Capital, Dragoneer Investment Group, a empresa dos Emirados MGX e a T Rowe Price. 
A empresa ainda não mostra lucro pleno, mas os investidores apostam no seu enorme potencial em IA, dados e infraestrutura — e o resultado dessa confiança foi refletido numa elevação expressiva do valor de mercado.

Principais pontos

  • Valuation estimado: US$ 500 bilhões.

  • Venda de ações secundárias: cerca de US$ 6,6 bilhões cedidos por funcionários e ex-funcionários.

  • Aumento significativo em relação à valuation anterior (cerca de US$ 300 bilhões).

  • Empresa se torna a startup privada mais valiosa do mundo, superando SpaceX.

  1. Confiança no futuro da IA
    Mesmo sem ter lucro expressivo ainda, a empresa foi avaliada em meio trilhão de dólares porque investidores acreditam que seu impacto será enorme — em tecnologia, negócios e sociedade.

  2. Venda de ações como gatilho de valor
    A operação de venda de shares por funcionários permitiu indicar ao mercado que há liquidez e interesse — o que ajudou a aumentar a valuation bruscamente.

  3. Risco elevado + oportunidade idem
    Valuar tão alto significa que as expectativas estão altas — se a empresa falhar em entregar ou enfrentar regulações fortes, pode haver correção. Por outro lado, se der certo, o retorno pode ser muito grande.

Brasil reforça liderança em M&A na América Latina: US$ 37 bi até setembro de 2025

aquisição

Por um lado, o Brasil consolida-se como o país com o maior volume de fusões e aquisições (M&A) na América Latina. Um levantamento da Aon plc em parceria com TTR Data e Datasite mostra que, de janeiro a setembro de 2025, o país registrou cerca de 1 300 operações e movimentou aproximadamente US$ 37 bilhões, com crescimento de 5% no número de negócios e de 8% em valor em relação ao mesmo período do ano anterior. 
No mesmo intervalo, a América Latina como um todo teve queda de 4% no número de operações e avanço de 24% no valor agregado (US$ 78 bilhões).

O que explica essa liderança brasileira

  • Tamanho e diversificação do mercado nacional: Mesmo em ambiente desafiador, o Brasil oferece escala, setores variados (energia, infraestrutura, tecnologia, agronegócio) que atraem tanto operações domésticas quanto transfronteiriças.

  • Maturidade crescente em M&A: Relatórios apontam que há transações cada vez mais bem estruturadas, com due diligence, seguro de reps-&-warranties, e foco em governança e mitigação de riscos — fatores que elevam a confiança dos compradores e vendedores.

  • Necessidade de crescimento via “inorgânico”: Com IPOs mais restritos no país, empresas têm buscado fusões ou aquisições como rota de crescimento ou consolidação, o que estimula o volume de M&A.

  • Atenção de capital estrangeiro: Embora o Brasil enfrente desafios macroeconômicos, múltiplos compradores estrangeiros continuam atraídos por ativos locais, contribuindo para que o país se mantenha no topo da região.

Os desafios por trás dos números

  • Ambiente macroeconômico adverso: Juros elevados, inflação persistente, incerteza política ou regulatória podem frear o ritmo das operações ou aumentar o custo de capital.

  • Seleção e complexidade das operações: O crescimento em valor pode estar sendo puxado por poucos “mega deals” — isso gera um perfil de mercado menos líquido para operações menores ou médias.

  • Concorrência regional e internacional: Outros países da América Latina, como México, Chile e Colômbia, mesmo menores em volume, começam a atrair operações maiores ou mais especializadas — o Brasil precisa manter vantagem competitiva para continuar líder.

Implicações estratégicas

  • Para investidores, o Brasil mostra-se como um mercado-chave para M&A na região, tanto em termos de oportunidades domésticas quanto como plataforma de entrada ou expansão regional.

  • Para empresas brasileiras, a forte atividade de M&A pode sinalizar janelas de oportunidade para aumento de escala, internacionalização de ativos ou acesso a capital via fusões.

  • Para reguladores e mercado, a manutenção da atratividade brasileira dependerá de avanços em governança, regulação previsível, e melhoria do ambiente de negócios para sustentar esse ritmo.

  1. Liderança de fato, não apenas de estatística
    O Brasil não está apenas “em primeiro” no ranking por acaso — ele registrou crescimento tanto em volume quanto em valor de M&A, enquanto muitos mercados regionais regrediram em número de operações.

  2. Valor agregado cresce mais rápido que volume
    O salto no valor movimentado indica que as operações têm se tornado maiores ou mais estratégicas (infraestrutura, energia, tecnologia), o que pode gerar mais impacto econômico, porém exige mais capital e mais risco.

  3. M&A como alternativa ao IPO e crescimento orgânico limitado
    Dado que o mercado de abertura de capital está menos ativo, muitas empresas optam por fusões ou aquisições para crescer ou ganhar presença rápida — o que ajuda a explicar o porquê de tantos negócios serem fechados mesmo em ambiente mais difícil.

St Marche busca reviravolta após reestruturação e pede “segunda chance”

reestruturação

A rede paulista St Marche, voltada para o varejo premium, atravessou um período delicado de forte expansão e endividamento — com dívida de cerca de R$ 528 milhões — e entrou em processo de reestruturação extrajudicial. 
Agora, homologado o plano de recuperação, a empresa pretende consolidar suas operações, recompor estoques e reconquistar clientes, pedindo aos consumidores uma nova chance após falhas no abastecimento e na experiência de compra.

Principais pontos

  • Montante da dívida renegociada: aprox. R$ 528 milhões.

  • Aporte obtido para alívio financeiro: cerca de R$ 90 milhões, vindos de L Catterton e BTG Pactual.

  • Plano aprovado pelos credores: 75% da dívida parcelada para até 30 anos; os outros 25% começam a ser pagos a partir de 2030.

  • Operação continuará com foco em maturar as lojas já abertas, em vez de nova expansão agressiva.

  1. Expansão acelerada virou obstáculo
    A rede abriu muitas lojas em curto período e gastou pesado — com juros altos e lojas ainda em maturação, isso pressionou a liquidez e contribuiu para a crise.

  2. Reestruturação equaciona dívida e dá fôlego
    Ao postergar pagamento da maior parte da dívida e receber aporte novo, a empresa ganha tempo para recompor estoques, retomar nível de serviço e ajustar operações antes de voltar a crescer.

  3. Momento de reconquista do cliente
    O CEO reconheceu falhas — falta de produtos, ruptura nas prateleiras — e agora a rede busca restaurar confiança. Isso significa que a prioridade não é apenas financeira, mas também de qualidade e imagem.

Casas Bahia coloca sete lojas à venda em estratégia de redução de dívida

aquisição

A Casas Bahia iniciou um plano de venda de sete imóveis próprios, incluindo uma “megaloja” de cerca de 9 000 m² na Marginal Tietê (SP), como parte de sua reestruturação financeira.
A operação será do tipo sale & leaseback — ou seja: vende os imóveis, mas permanece locando e operando as lojas nos mesmos endereços.
A venda deve gerar aproximadamente R$ 250 milhões, segundo fontes do setor imobiliário.
O objetivo central é reduzir dívida, melhorar eficiência operacional e alcançar uma margem EBITDA de dois dígitos até o fim de 2026. No 2º trimestre de 2025, o EBITDA ajustado foi de R$ 572 milhões (+26,5% a/a) e o prejuízo líquido caiu para R$ 423 milhões (-10,1%).

Principais pontos

  • Imóveis à venda: sete lojas próprias da rede, com destaque para a megaloja de 9 000 m² na Marginal Tietê (SP).

  • Valor estimado da operação: cerca de R$ 250 milhões.

  • Tipo de operação: sale & leaseback — a rede seguirá locando os imóveis após a venda.

  • Razão da ação: parte do plano de reestruturação após a mudança de controle (Mapa Capital tornou-se acionista controlador ao converter R$ 1,6 bilhão em debêntures).

  • Meta financeira: alcançar margem EBITDA de dois dígitos até o fim de 2026.

  1. Venda de ativos para gerar caixa e reduzir dívida
    Ao vender lojas próprias, a empresa transforma ativos não essenciais em liquidez imediata, o que ajuda a aliviar seu balanço e reduzir custos financeiros.

  2. Sale & leaseback mantém operação intacta
    Mesmo vendendo os imóveis, a rede continuará operando nas mesmas localidades através de contrato de locação. Isso evita interromper o fluxo de vendas e a presença física da marca.

  3. Foco em melhorar margem e eficiência
    A ação faz parte de um plano mais amplo de reestruturação: com maiores margens, menos alavancagem e foco operacional, a empresa mira voltar à rentabilidade consistente.

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