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Finanças corporativas
No terceiro trimestre de 2025, os cinco principais bancos de investimento de Wall Street (J.P. Morgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Citi e Bank of America) deverão registrar receitas de US$ 9,1 bilhões, o melhor desempenho dos últimos quatro anos. Esse resultado é impulsionado pelo aumento nas operações de IPOs, fusões & aquisições (M&A) e atividades de trading.
O número de IPOs nos EUA subiu 49% até então, totalizando 180 ofertas que levantaram cerca de US$ 33 bilhões.
O segmento de trading também contribui fortemente, com receitas projetadas de US$ 31 bilhões, um aumento de 8% no comparativo com o ano anterior.
No entanto, apesar deste momento de alta, ainda há ressalvas: as provisões para perdas de crédito devem permanecer elevadas, e o nível geral de receitas ainda não atingiu os picos registrados em 2021 (US$ 13,4 bilhões).
Receita esperada dos bancos de investimento: US$ 9,1 bilhões no 3º trimestre
Alta estimada: +13% em relação ao mesmo período do ano anterior
IPOs nos EUA até o momento: 180 operações, +49% no comparativo anual
Valor captado via IPOs: US$ 33 bilhões
Receita projetada de trading (ações + renda fixa): US$ 31 bilhões
Risco em foco: provisões para perdas de crédito permanecem relevantes
IPOs em alta alimentam os bancos
Quando empresas decidem abrir seu capital, elas contratam bancos de investimento para estruturar a oferta — isso gera grandes receitas para essas instituições.
Trading sustenta fluxo constante
Mesmo quando IPOs ou fusões são pontuais, o mercado de compra e venda de ativos (ações, títulos, etc.) garante receita contínua para os bancos.
Recuperação com cautela
O desempenho é expressivo, mas ainda está atrás dos picos históricos. E os riscos de crédito ainda precisam ser bem gerenciados, para que o ciclo positivo dure.
A MadeiraMadeira comprou a startup gaúcha Triider, que conecta prestadores de serviço (como encanadores, pintores, pedreiros etc.) a clientes. Diferente de aquisições anteriores, agora esses serviços poderão ser contratados independentemente da compra de móveis pela plataforma. Atualmente, montagem e instalação representam ~15% da receita da empresa; com a compra, esperam elevar esse número para 30% nos próximos anos. Há serviços de preço fixo já ativos em mais de 225 cidades, e os de orçamento personalizado, que começaram em quatro capitais, serão expandidos para pelo menos 10 até o fim do ano.
A empresa também voltou a crescer após uma reestruturação, anunciou que será 20% maior na receita este ano, já tem lucro nos últimos cinco trimestres, e vai abrir até cinco lojas físicas ainda este ano (mais de 10 no próximo). Tudo isso usando capital próprio, sem levantar novo investimento externo, embora o IPO seja uma possibilidade para o futuro.
Item | Detalhe |
---|---|
Aquisição | Triider, startup de serviços domésticos e reformas |
Meta de receita desse segmento | De ~15% para ~30% das vendas da empresa |
Escala de serviços | Preço fixo em +225 cidades; orçamentos personalizados em 4 capitais, com expansão para 10 até fim de ano |
Lojas físicas | 50 atualmente; +5 até fim de 2025; +10+ em 2026 |
Lucro | Obtido nos últimos cinco trimestres |
Financiamento | Usando capital próprio; IPO possível “no futuro” mas sem pressa |
Transformação do modelo de negócio
Em vez de ser apenas loja de móveis, a empresa mira oferecer vários serviços domésticos — para o cliente “resolver tudo em um só lugar”, aumentando a frequência de uso e fidelização.
Margem melhor + recorrência
Serviços como instalação, reparos ou reformas tendem a ter margens maiores, e quando o cliente contrata repetidamente, gera receita mais previsível — diferente de venda pontual de móveis.
Crescimento orgânico, sem depender de captações
Eles decidiram usar recursos que já têm, sem novo aporte externo. Isso dá controle maior sobre custos e diluição, mas também exige disciplina operacional.
Até agosto de 2025, o Brasil registrou 954 fusões e aquisições, o que representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo estudo da PwC.
Esse desempenho é parte de uma tendência mais ampla: no primeiro semestre, o país já mostrava elevação no volume de transações, apesar de desafios macroeconômicos como juros elevados e incertezas regulatórias.
A alta de M&A reflete que empresas estão buscando alternativas para crescer ou reestruturar-se em ambientes onde IPOs permanecem pouco viáveis. A consolidação setorial, sinergias operacionais e maior competitividade pesam fortemente nas decisões estratégicas.
Número de operações até agosto: 954 transações de M&A no Brasil
Crescimento comparativo: aumento de 13% frente ao mesmo período de 2024
Contexto anterior: já no primeiro semestre, o mercado registrava alta de 15% nas operações até junho.
Setores em destaque: tecnologia lidera volume e aparece como tendência nos processos de M&A recentes
Desafios macro: altas taxas de juros, incertezas fiscais e instabilidade global apontam como fatores limitantes para expansão ainda maior do movimento
Consolidação como saída estratégica
Com IPOs retraídos, muitas empresas recorrem a fusões ou aquisições para ganhar escala, integrar cadeias de valor ou reduzir custos — é uma via de crescimento “seguro”.
Tecnologia como protagonista
A jornada digital e a necessidade de inovação fazem com que empresas de tecnologia sejam alvo preferido — são mais maleáveis, com margens escaláveis e potencial de integração rápida.
Crescimento ainda depende de ambiente favorável
O desempenho é promissor, mas para continuar crescendo, o mercado precisa de incentivos: estímulos regulatórios, redução de incertezas fiscais e juros mais amenos ajudam a atrair mais investidores e operações maiores.
As aquisições de empresas de inteligência artificial cresceram 123% em 2025. Essa explosão se apoia em operações notáveis como a compra da Wiz pela Google por US$ 32 bilhões, que reforça prêmios recordes pagos por tecnologia, dados e times especializados em IA.
O movimento está sendo impulsionado por três grandes forças:
a necessidade de corporações tradicionais internalizarem competências de IA para não ficarem atrás das startups;
o valor estratégico de modelos e bases de dados proprietárias como diferencial competitivo;
a convergência entre nuvem, segurança e software corporativo, que exige soluções completas.
Para navegar esse cenário, empresas envolvidas em M&A precisam adotar três imperativos estratégicos: focar em IA em setores regulados (saúde, finanças), inovar nas estruturas de negócio (retenção de talentos, acordos de dados), e cultivar uma cultura colaborativa que sustente inovação contínua.
Item | Detalhe |
---|---|
Crescimento | 123% mais aquisições envolvendo IA em 2025 em comparação ao período anterior |
Operação emblemática | Google comprou a Wiz por US$ 32 bilhões, oferta superou proposta anterior de US$ 23 bi |
Três forças motrizes | Capacidade estrutural (captação de talentos), dados proprietários, e ecosistemas integrados (nuvem + segurança + AI) |
Três imperativos para o futuro dos deals | 1. IA aplicada a setores regulados 2. Inovação na estrutura de negociação (dados, talentos) 3. Cultura colaborativa e inovação contínua |
IA como base de vantagem competitiva
Quem domina dados próprios, time técnico de IA e modelo operacional eficiente consegue oferecer produtos ou serviços melhores, diferenciar-se do concorrente — por isso, empresas estão comprando startups de IA para “capturar” essa vantagem pronta.
Estrutura de negócio além da compra
Adquirir uma empresa de IA não basta: é preciso pensar em como manter o time, como usar os dados sem problemas legais ou de privacidade, como integrar as tecnologias, como proteger propriedade intelectual etc.
Importância crescente da regulação e cultura
Conforme IA se infiltra em saúde, finanças, setores regulados, ficar atento às leis de privacidade, compliance, segurança e transparência será fundamental. E internamente, cultivar cultura de inovação (experimentação, aprendizagem, colaboração) vai separar quem “sobrevive” nesse novo ciclo de quem apenas compra por moda.
A empresa Vinci Compass adquiriu 50,1% do controle da Verde Asset, gestora vinculada ao investidor Luiz Stuhlberger, por R$ 468 milhões mais participação em ações. O negócio combina recursos financeiros com equity — parte do pagamento será feito com novos papéis da própria Verde. A operação reforça a estratégia de expansão no mercado financeiro, agregando capacidade de gestão de ativos e consolidando presença no setor de asset management.
Participação adquirida: 50,1%
Valor da transação: R$ 468 milhões + emissão de ações
Comprador: Vinci Compass
Empresa-alvo: Verde Asset (gestora ligada a Luiz Stuhlberger)
Estratégia: fortalecer presença no mercado de gestão de ativos
Controle majoritário com alinhamento de interesses
Ao comprar 50,1%, a Vinci Compass obtém controle, mas ao pagar parte com ações, garante que os fundadores e equipe-fundadora continuem motivados e engajados no crescimento do negócio.
Sinergia e escala no mercado de ativos
A união permite otimizar fundos sob gestão, infraestrutura de backoffice e ampliar carteira de clientes, aproveitando sinergias entre empresas financeiras.
Estrutura mista de pagamento reduz risco
Usar parte em ações permite diluir a necessidade de caixa imediato, compartilhar o risco de execução e alinhar o valor futuro da empresa ao sucesso da operação.
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É graduanda em Letras pela UFMG, com atuação focada em comunicação digital, produção de conteúdo e estratégia de marketing. Tem experiência com criação e design de newsletters, marketing no Instagram, endomarketing, SEO, Google Analytics, copywriting, blogs, e produção de conteúdo para web. Domina ferramentas como Canva, WordPress, Google Ads, além de ter certificações em Marketing Digital, SEO, Analytics e Redação Web por instituições como Udemy, Sebrae, Rock Content e Rock University.
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