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M&A no Brasil avança 13% até agosto: 954 operações evidenciam novo momento estratégico – 14/10/2025

Índice

IPOs, M&A e trading impulsionam regreso dos bancos de Wall Street ao auge

No terceiro trimestre de 2025, os cinco principais bancos de investimento de Wall Street (J.P. Morgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Citi e Bank of America) deverão registrar receitas de US$ 9,1 bilhões, o melhor desempenho dos últimos quatro anos. Esse resultado é impulsionado pelo aumento nas operações de IPOs, fusões & aquisições (M&A) e atividades de trading.

O número de IPOs nos EUA subiu 49% até então, totalizando 180 ofertas que levantaram cerca de US$ 33 bilhões
O segmento de trading também contribui fortemente, com receitas projetadas de US$ 31 bilhões, um aumento de 8% no comparativo com o ano anterior.

No entanto, apesar deste momento de alta, ainda há ressalvas: as provisões para perdas de crédito devem permanecer elevadas, e o nível geral de receitas ainda não atingiu os picos registrados em 2021 (US$ 13,4 bilhões).

Principais destaques

  • Receita esperada dos bancos de investimento: US$ 9,1 bilhões no 3º trimestre

  • Alta estimada: +13% em relação ao mesmo período do ano anterior

  • IPOs nos EUA até o momento: 180 operações, +49% no comparativo anual

  • Valor captado via IPOs: US$ 33 bilhões

  • Receita projetada de trading (ações + renda fixa): US$ 31 bilhões

  • Risco em foco: provisões para perdas de crédito permanecem relevantes

  1. IPOs em alta alimentam os bancos
    Quando empresas decidem abrir seu capital, elas contratam bancos de investimento para estruturar a oferta — isso gera grandes receitas para essas instituições.

  2. Trading sustenta fluxo constante
    Mesmo quando IPOs ou fusões são pontuais, o mercado de compra e venda de ativos (ações, títulos, etc.) garante receita contínua para os bancos.

  3. Recuperação com cautela
    O desempenho é expressivo, mas ainda está atrás dos picos históricos. E os riscos de crédito ainda precisam ser bem gerenciados, para que o ciclo positivo dure.

MadeiraMadeira investe em serviços domésticos e reformas para virar “super app do lar”

A MadeiraMadeira comprou a startup gaúcha Triider, que conecta prestadores de serviço (como encanadores, pintores, pedreiros etc.) a clientes. Diferente de aquisições anteriores, agora esses serviços poderão ser contratados independentemente da compra de móveis pela plataforma. Atualmente, montagem e instalação representam ~15% da receita da empresa; com a compra, esperam elevar esse número para 30% nos próximos anos. Há serviços de preço fixo já ativos em mais de 225 cidades, e os de orçamento personalizado, que começaram em quatro capitais, serão expandidos para pelo menos 10 até o fim do ano.

A empresa também voltou a crescer após uma reestruturação, anunciou que será 20% maior na receita este ano, já tem lucro nos últimos cinco trimestres, e vai abrir até cinco lojas físicas ainda este ano (mais de 10 no próximo). Tudo isso usando capital próprio, sem levantar novo investimento externo, embora o IPO seja uma possibilidade para o futuro.

Principais pontos

Item Detalhe
Aquisição Triider, startup de serviços domésticos e reformas
Meta de receita desse segmento De ~15% para ~30% das vendas da empresa
Escala de serviços Preço fixo em +225 cidades; orçamentos personalizados em 4 capitais, com expansão para 10 até fim de ano
Lo­jas físicas 50 atualmente; +5 até fim de 2025; +10+ em 2026
Lucro Obtido nos últimos cinco trimestres
Financiamento Usando capital próprio; IPO possível “no futuro” mas sem pressa
  1. Transformação do modelo de negócio
    Em vez de ser apenas loja de móveis, a empresa mira oferecer vários serviços domésticos — para o cliente “resolver tudo em um só lugar”, aumentando a frequência de uso e fidelização.

  2. Margem melhor + recorrência
    Serviços como instalação, reparos ou reformas tendem a ter margens maiores, e quando o cliente contrata repetidamente, gera receita mais previsível — diferente de venda pontual de móveis.

  3. Crescimento orgânico, sem depender de captações
    Eles decidiram usar recursos que já têm, sem novo aporte externo. Isso dá controle maior sobre custos e diluição, mas também exige disciplina operacional.

M&A no Brasil avança 13% até agosto: 954 operações evidenciam novo momento estratégico

Até agosto de 2025, o Brasil registrou 954 fusões e aquisições, o que representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo estudo da PwC.

Esse desempenho é parte de uma tendência mais ampla: no primeiro semestre, o país já mostrava elevação no volume de transações, apesar de desafios macroeconômicos como juros elevados e incertezas regulatórias.

A alta de M&A reflete que empresas estão buscando alternativas para crescer ou reestruturar-se em ambientes onde IPOs permanecem pouco viáveis. A consolidação setorial, sinergias operacionais e maior competitividade pesam fortemente nas decisões estratégicas.

Principais pontos

  • Número de operações até agosto: 954 transações de M&A no Brasil

  • Crescimento comparativo: aumento de 13% frente ao mesmo período de 2024

  • Contexto anterior: já no primeiro semestre, o mercado registrava alta de 15% nas operações até junho.

  • Setores em destaque: tecnologia lidera volume e aparece como tendência nos processos de M&A recentes

  • Desafios macro: altas taxas de juros, incertezas fiscais e instabilidade global apontam como fatores limitantes para expansão ainda maior do movimento

  1. Consolidação como saída estratégica
    Com IPOs retraídos, muitas empresas recorrem a fusões ou aquisições para ganhar escala, integrar cadeias de valor ou reduzir custos — é uma via de crescimento “seguro”.

  2. Tecnologia como protagonista
    A jornada digital e a necessidade de inovação fazem com que empresas de tecnologia sejam alvo preferido — são mais maleáveis, com margens escaláveis e potencial de integração rápida.

  3. Crescimento ainda depende de ambiente favorável
    O desempenho é promissor, mas para continuar crescendo, o mercado precisa de incentivos: estímulos regulatórios, redução de incertezas fiscais e juros mais amenos ajudam a atrair mais investidores e operações maiores.

Compras de IA disparam 123%: M&A se transforma e exige novos modelos estratégicos

As aquisições de empresas de inteligência artificial cresceram 123% em 2025. Essa explosão se apoia em operações notáveis como a compra da Wiz pela Google por US$ 32 bilhões, que reforça prêmios recordes pagos por tecnologia, dados e times especializados em IA.

O movimento está sendo impulsionado por três grandes forças:

  1. a necessidade de corporações tradicionais internalizarem competências de IA para não ficarem atrás das startups;

  2. o valor estratégico de modelos e bases de dados proprietárias como diferencial competitivo;

  3. a convergência entre nuvem, segurança e software corporativo, que exige soluções completas.

Para navegar esse cenário, empresas envolvidas em M&A precisam adotar três imperativos estratégicos: focar em IA em setores regulados (saúde, finanças), inovar nas estruturas de negócio (retenção de talentos, acordos de dados), e cultivar uma cultura colaborativa que sustente inovação contínua.

Principais pontos

Item Detalhe
Crescimento 123% mais aquisições envolvendo IA em 2025 em comparação ao período anterior
Operação emblemática Google comprou a Wiz por US$ 32 bilhões, oferta superou proposta anterior de US$ 23 bi
Três forças motrizes Capacidade estrutural (captação de talentos), dados proprietários, e ecosistemas integrados (nuvem + segurança + AI)
Três imperativos para o futuro dos deals 1. IA aplicada a setores regulados
2. Inovação na estrutura de negociação (dados, talentos)
3. Cultura colaborativa e inovação contínua
  1. IA como base de vantagem competitiva
    Quem domina dados próprios, time técnico de IA e modelo operacional eficiente consegue oferecer produtos ou serviços melhores, diferenciar-se do concorrente — por isso, empresas estão comprando startups de IA para “capturar” essa vantagem pronta.

  2. Estrutura de negócio além da compra
    Adquirir uma empresa de IA não basta: é preciso pensar em como manter o time, como usar os dados sem problemas legais ou de privacidade, como integrar as tecnologias, como proteger propriedade intelectual etc.

  3. Importância crescente da regulação e cultura
    Conforme IA se infiltra em saúde, finanças, setores regulados, ficar atento às leis de privacidade, compliance, segurança e transparência será fundamental. E internamente, cultivar cultura de inovação (experimentação, aprendizagem, colaboração) vai separar quem “sobrevive” nesse novo ciclo de quem apenas compra por moda.

Vinci Compass compra 50,1% da Verde Asset por R$ 468 milhões + ações

A empresa Vinci Compass adquiriu 50,1% do controle da Verde Asset, gestora vinculada ao investidor Luiz Stuhlberger, por R$ 468 milhões mais participação em ações. O negócio combina recursos financeiros com equity — parte do pagamento será feito com novos papéis da própria Verde. A operação reforça a estratégia de expansão no mercado financeiro, agregando capacidade de gestão de ativos e consolidando presença no setor de asset management.

Principais pontos

  • Participação adquirida: 50,1%

  • Valor da transação: R$ 468 milhões + emissão de ações

  • Comprador: Vinci Compass

  • Empresa-alvo: Verde Asset (gestora ligada a Luiz Stuhlberger)

  • Estratégia: fortalecer presença no mercado de gestão de ativos

  1. Controle majoritário com alinhamento de interesses
    Ao comprar 50,1%, a Vinci Compass obtém controle, mas ao pagar parte com ações, garante que os fundadores e equipe-fundadora continuem motivados e engajados no crescimento do negócio.

  2. Sinergia e escala no mercado de ativos
    A união permite otimizar fundos sob gestão, infraestrutura de backoffice e ampliar carteira de clientes, aproveitando sinergias entre empresas financeiras.

  3. Estrutura mista de pagamento reduz risco
    Usar parte em ações permite diluir a necessidade de caixa imediato, compartilhar o risco de execução e alinhar o valor futuro da empresa ao sucesso da operação.

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