Newsletter
Finanças corporativas
O fundador da Bridgewater Associates, Ray Dalio, vendeu sua última participação na gestora que criou em 1975, concluindo um processo de transição iniciado anos antes. Ele também deixou o conselho da empresa, deixando o controle plenamente nas mãos de executivos e funcionários formais da instituição. A saída culmina a passagem de comando para uma nova geração de líderes, formalizada desde 2022.
Após a recompra dessas ações, a Bridgewater emitiu novas ações para o fundo soberano de Brunei, que agora detém cerca de 20% da empresa. O co-I C O Bob Prince tornou-se o principal sócio individual, e a maior parte da firma está sob controle coletivo de funcionários.
Apesar da transição completa, Bridgewater continua sólida: com US$ 92,1 bilhões sob gestão no fim de 2024 e ganhos de 17% no fundo Pure Alpha no primeiro semestre de 2025 — mais que o S&P 500, que teve alta de cerca de 6% no período.
Fim da participação de Dalio: venda das últimas ações e saída do conselho
Novo acionista relevante: Brunei Investment Agency com cerca de 20% da empresa
Ativos e desempenho: US$ 92,1 bilhões sob gestão; Pure Alpha com 17% de retorno em 6 meses
Transição concluída após décadas
A saída de Ray Dalio marca o final de um plano de sucessão gradual, com venda total da sua participação e saída formal da estrutura de comando.
Governança renovada e diluição da estrutura clássica
Funcionários e executivos assumem o controle, com destaque para Bob Prince como maior sócio individual, num modelo distribuído de poder.
Performance mantém solidez operacional
Mesmo após participação controladora mudar, a Bridgewater segue com boa gestão de ativos e performance clara, com resultados superiores ao mercado em 2025.
A empresa norueguesa Visma, líder global em softwares de gestão para PMEs, adquiriu 100% da startup brasileira ContaAzul, em operação estimada entre US$ 300 milhões (R$ 1,7–2,0 bilhões). Essa é a estreia da Visma no Brasil, conectando seu portfólio à base de aproximadamente 100 mil clientes da ContaAzul.
Todos os investidores da ContaAzul — entre eles Tiger Global, Ribbit Capital, Monashees e BTG Pactual (com 27%) — foram totalmente comprados. Apesar da saída, os fundadores Vinícius Roveda e José Sardagna permanecerão como executivos na Visma.
A Visma faturou cerca de € 2,8 bilhões em 2024 (quase US$ 3 bilhões), com EBITDA de € 1 bilhão, e está preparando um IPO para breve na Europa; esse M&A faz parte de uma aceleração global que já inclui mais de 140 aquisições desde sua fundação.
A paulista SalesHunter, especializada em recrutamento e treinamento de vendedores para o setor de tecnologia, adquiriu participação na startup Connect Sales, criada em Florianópolis em 2025 e focada em automação de processos comerciais via IA.
Entre as soluções da Connect Sales, destacam-se:
SDR IA: agente que interage automaticamente com leads e agenda reuniões sem intervenção humana;
Connect Ops: analisa conversas de vendas e atualiza automaticamente o CRM com insights importantes.
Franky Neto, da Connect, assume o cargo de CPO na SalesHunter e lidera a integração tecnológica entre as equipes. O objetivo agora é expandir o atendimento com automações que liberem os vendedores para negociações mais estratégicas.
Valor estimado da aquisição da ContaAzul pela Visma: US$ 300 mi (~R$ 1,7–2,0 bi)
Investidores que saíram da ContaAzul: Tiger Global, Ribbit, Monashees, BTG Pactual
Soluções da Connect Sales agora integradas à SalesHunter: SDR IA e Connect Ops para IA na pré-venda
Grande entrada da Visma no Brasil
A compra da ContaAzul por quase R$ 2 bilhões marca a primeira operação da Visma no País, acelerando sua presença em SaaS para PMEs brasileiras.
Estratégia multicanal com inteligência
A SalesHunter, agora com tecnologia da Connect Sales, move-se de recrutamento puro para uma plataforma híbrida que combina talento humano e IA.
O mercado financeiro tem revisado para baixo as projeções de redução da taxa Selic neste ano. Desde que o Copom decidiu manter os juros em 15% ao ano — nível mais alto desde julho de 2006 — a leitura predominante entre os agentes é de que os cortes não devem ocorrer em 2025.
De acordo com o Boletim Focus, economistas mantêm a projeção de que a taxa básica permanecerá nesse patamar sem mudança até dezembro, enquanto os cortes só devem começar em janeiro de 2026.
As taxas dos contratos de DI reagiram à decisão do Copom, subindo em vencimentos principais. Esse movimento sinaliza que o mercado passa a encarar com ceticismo a possibilidade de cortes ainda em 2025.
O desemprego está em queda, alcançando 5,8 % no 2º trimestre, e o déficit fiscal de junho superou as previsões. Além disso, a imposição de tarifas dos EUA aumenta a incerteza. Esses fatores sustentam a necessidade de juros elevados por mais tempo.
Destaque | Valor / Tendência |
---|---|
Taxa Selic atual | 15% ao ano, o mais alto desde 2006 |
Perspectiva de corte | Início previsto somente em janeiro de 2026 |
Reação do mercado | Juros DI subiram após sinalização do Copom |
Variáveis de pressão | Desemprego em 5,8% e déficit fiscal elevado |
Fim dos cortes em 2025
O Banco Central está sinalizando estabilidade nos juros até o fim do ano, deixando os mercados mais conservadores.
Riscos seguem altos
Indicadores como desemprego baixo e crise fiscal, somados ao tarifaço dos EUA, incentivam uma Selic ainda elevada.
O Cade aprovou sem restrições a fusão entre Cobasi e Petz, criando a maior rede de varejo pet do Brasil e liberando o negócio salvo eventual recurso em até 15 dias.
No entanto, reguladores alertam sobre possíveis riscos concorrenciais e recomendam investigação mais detalhada sobre o impacto no setor .
Decisão do Cade: aprovação sem condições, mas com ressalvas sobre concentração de mercado;
Próximos passos: possibilidade de recurso em até 15 dias e revisão interna, se necessário;
Estrutura da operação: troca por ações e dinheiro, ainda sujeita à aprovação final.
Em assembleia por voto à distância, os acionistas minoritários aprovaram a fusão entre BRF e Marfrig Global Foods com ampla adesão — votos pendentes ou contrários não atrapalham a conclusão da operação.
Quer são as empresas: BRF e Marfrig vão consolidar suas operações no agronegócio;
Adesão relevante: maioria favorável nos minoritários que votaram antecipadamente;
ETE: mesmo se votos adicionais forem contrários, o resultado final está assegurado.
Fusão sem impedimentos imediatos, mas com acompanhamento regulatório
O Cade autorizou Cobasi‑Petz, porém indicou que acompanhará de perto os efeitos sobre a concorrência do setor. Há uma janela para recurso caso surjam objeções.
Avanço seguro da fusão BRF‑Marfrig graças ao voto remoto
A aprovação massiva por meio de voto à distância garantiu o fechamento da operação, tornando a posição de minoritários irreversível, mesmo se outros votarem contra.
A quantidade de operações de fusões e aquisições no agronegócio brasileiro caiu 28,6% entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo levantamento.
Foram registradas 5 transações, contra 7 no 1º semestre do ano anterior, refletindo um ambiente menos favorável para investimentos do setor.
O segmento de fertilizantes teve 4 operações (queda de 20%), enquanto açúcar e etanol registraram apenas uma transação, contra duas no mesmo intervalo de 2024.
A maior parte dos negócios envolveu investidores estrangeiros comprando participação em empresas brasileiras (4 de 5 operações), com apenas uma sendo realizada por uma empresa local adquirindo firma no exterior.
Essa retração tem sido atribuída à cautela dos investidores, agravada por juros elevados e incertezas macroeconômicas, que reduziram o apetite por grandes operações no setor.
Queda no número de transações (agro): –28,6% no 1º semestre de 2025
Total de negócios: apenas 5 operações registradas
Setores mais impactados: fertilizantes (quatro operações) e açúcar/etanol (uma)
Menos M&A no agro
O setor viu uma queda significativa no número de fusões e aquisições na primeira metade de 2025, refletindo o menor interesse dos investidores.
Segmentos mais retraídos
Fertilizantes e açúcar/etanol registraram menos negócios, mostrando setores mais sensíveis a dificuldades de mercado e custo de capital.
Risco e juros elevados freiam investidores
A combinação de um cenário macroeconômico incerto e taxas de juros altas tornou as operações estratégicas mais arriscadas.
A SalesHunter, empresa de Florianópolis especializada em recrutamento e treinamento de equipes de vendas B2B, adquiriu uma participação estratégica na startup Connect Sales, com foco em automação de vendas por IA e soluções complementares à sua oferta principal neste segmento.
A Connect Sales, também fundada em Florianópolis em 2025, desenvolveu ferramentas como:
SDR IA — agente automatizado que interage com leads e agenda reuniões em tempo real;
Connect Ops — solução que analisa conversas de vendas e preenche o CRM com insights automaticamente .
Franky Neto, fundador da Connect Sales, passa a ocupar o cargo de Chief Product Officer (CPO) na SalesHunter, liderando a integração tecnológica entre as duas equipes. A projeção é que a área de IA represente uma parte significativa da receita já em 2026, com faturamento estimado em até R$ 1 milhão no primeiro ano de operação conjunta.
A SalesHunter pretende crescer 25% em 2025, atingindo cerca de R$ 3,5 milhões em faturamento, e passa a oferecer uma combinação de capital humano e capital tecnológico aos seus clientes.
Expansão estratégica da SalesHunter com aporte tecnológico da Connect Sales
Soluções de IA: SDR IA e Connect Ops para automação de pré-vendas
Crescimento esperado: R$ 3,5 milhões em 2025, com nova linha da Connect já gerando receita até 2026
Recrutamento + tecnologia integrada
A SalesHunter agora une sua expertise em formar times de vendas B2B com a automação da Connect Sales, entregando uma solução completa que facilita todo o ciclo comercial.
Automação inteligente que acelera vendas
Ferramentas como SDR IA e Connect Ops liberam os vendedores de tarefas repetitivas — criando reuniões com leads e mantendo o CRM atualizado com menos esforço humano.
Novas receitas e expansão de mercado
A parceria permite à SalesHunter crescer cerca de 25% em 2025 e construir uma base de receita recorrente focada em tecnologia — com previsão de faturar R$ 1 milhão apenas com as novas soluções até 2026.
|
|
|
É graduanda em Letras pela UFMG, com atuação focada em comunicação digital, produção de conteúdo e estratégia de marketing. Tem experiência com criação e design de newsletters, marketing no Instagram, endomarketing, SEO, Google Analytics, copywriting, blogs, e produção de conteúdo para web. Domina ferramentas como Canva, WordPress, Google Ads, além de ter certificações em Marketing Digital, SEO, Analytics e Redação Web por instituições como Udemy, Sebrae, Rock Content e Rock University.
Avaliações econômico-financeiras com uma abordagem altamente customizada.
Notícias selecionadas sobre Finanças Corporativas, Concessões e PPPs
Veja as Newsletter mais recentes