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Finanças corporativas

Entre ofertas e fusões: a semana que sacudiu o mercado – 23/09/2025

Índice

Pfizer negocia aquisição da Metsera por US$ 73 bilhões segundo FT

oferta

A farmacêutica Pfizer está em negociações avançadas para comprar a empresa Metsera por cerca de US$ 73 bilhões, conforme reportagem do Financial Times. A operação, se concretizada, seria uma das maiores do setor nos últimos anos. Ainda não há confirmação oficial das partes envolvidas.

Destaques principais

  • Comprador: Pfizer

  • Alvo: Metsera

  • Valor estimado: US$ 73 bilhões

  • Status: negociação em curso; ainda não confirmada publicamente

  1. Aquisição gigantesca
    Um negócio nesse tamanho pode alterar bastante o mercado farmacêutico — levando ativos, patentes e capacidade de produção significativos para as mãos da Pfizer.

  2. Escala e sinergia estratégica
    Se for confirmado, a compra provavelmente busca ampliar portfólio, capacidades de P&D ou presença em áreas terapêuticas onde a Metsera tenha ativos competitivos.

  3. Risco e incerteza até fechamento
    Negociações bilionárias envolvem due diligence, aprovação regulatória e aceitação de acionistas — o valor anunciado pode mudar até a assinatura definitiva.

Pague Menos inicia oferta de ações que pode levantar até R$ 325 milhões

A rede de farmácias Pague Menos deu o pontapé para uma oferta subsequente de ações, estimada em até R$ 325 milhões. A operação será usada para reforçar o caixa da empresa — seja para expansão, investimentos operacionais ou ajuste da estrutura financeira. Ainda não há informação oficial sobre o preço das ações ou sobre quando exatamente será concluído o processo.

Destaques principais

  • Valor estimado da oferta: R$ 325 milhões

  • Empresa: Pague Menos

  • Tipo de operação: oferta subsequente de ações

  • Objetivo principal: levantar recursos para fortalecer caixa

  1. Oferta subsequente
    É quando uma companhia já listada em bolsa emite novas ações, permitindo que ela capture recursos frescos do mercado sem recorrer a empréstimos.

  2. Diluição para antigos acionistas
    Quem já possui ações pode ver sua participação relativa diminuir se não participar da oferta — suas ações continuam valendo, mas a parcela do “bolo total” pode ficar menor.

  3. Uso estratégico do capital captado
    O dinheiro captado pode servir para financiar expansão de lojas, melhorias operacionais, reduzir dívidas ou investir em tecnologia — variando conforme a necessidade da empresa.

BRF cancela 90,2 milhões de ações próprias antes da fusão com Marfrig

fusões

A BRF aprovou o cancelamento de 90.280.787 ações em tesouraria — papéis que pertenciam à própria empresa — como parte dos ajustes finais para efetivar sua fusão com a Marfrig. Além disso, solicitou à CVM mudança de categoria de registro (de “A” para “B”) e vai retirar seus ADRs da bolsa de Nova York. Com isso, o capital social da BRF ficará repartido em cerca de 1,592 bilhão de ações ordinárias. A fusão será formalizada em 22 de setembro de 2025, com os acionistas dissidentes recebendo R$ 198,5 milhões por exercerem direito de retirada.

Destaques principais

Ponto Detalhe
Ações canceladas 90.280.787 ações próprias (ações em tesouraria + ações de acionistas dissidentes) canceladas
Capital social após cancelamento ~ 1.592.192.459 ações ordinárias
Mudança de registro Categoria “A” para categoria “B” junto à CVM
ADRs retirados da NYSE Solicitação para remoção da listagem internacional
Fusãocom a Marfrig Conclusão prevista para 22 de setembro de 2025
Direito de retirada 0,59% da base acionária exerceu este direito; dissidentes receberão ≈ R$ 198,5 milhões
  1. Cancelar ações em tesouraria significa menos papéis no mercado
    Ao eliminar ações que estavam com a própria empresa ou que foram reabsorvidas após dissidência de acionistas, há uma redução do número de ações em circulação, o que pode aumentar o lucro por ação remanescente.

  2. Mudança de registro e retirada de ADRs indicam fim de uma estrutura pública global
    Sair do registro nível internacional e da bolsa de Nova York aproxima a empresa de uma nova etapa de governança mais concentrada no Brasil, alinhada à fusão que criará a MBRF.

  3. Direito de retirada é proteção para quem não quer participar da fusão
    Acionistas que discordam da fusão puderam “sair” da empresa anterior, recebendo compensação em dinheiro, em um mecanismo previsto em lei para garantir justiça no processo de combinação de empresas.

Vale firma joint venture com GIP para reforçar matriz renovável por US$ 1 bilhão

mercado

A Vale concluiu uma joint venture com a Global Infrastructure Partners (GIP), ficando com 30% da Aliança Energia, que agora incorpora uma série de usinas hidrelétricas, parques eólicos e um parque solar — enquanto a GIP detém os 70% restantes.

A operação gerou US$ 1 bilhão em caixa para a mineradora.

Essa movimentação assegura à empresa acesso a energia renovável com custos competitivos e contratos em dólar sem reajuste pela inflação, além de reforçar sua matriz energética 100% renovável.

Principais pontos

Elemento Detalhes
Participações Vale: 30 %; GIP: 70 %
Caixa recebido US$ 1 bilhão
Ativos incorporados Parque solar Sol do Cerrado; Usina Hidrelétrica Risoleta Neves; outras 6 hidrelétricas em Minas Gerais; 3 parques eólicos no RN e CE.
Tipo de contrato energético Preços em dólares, sem ajuste inflacionário
Capacidade instalada total Aproximadamente 2.189 MW com garantia física média de 1.003 MW
  1. Proteção contra inflação e variação cambial
    Contratos com preços definidos em dólares e sem correção pela inflação ajudam a empresa a manter custos previsíveis, especialmente quando há flutuação monetária.

  2. Matriz limpa e previsível
    Controlar participação em fontes renováveis (solar, hídrica, eólica) ajuda a Vale garantir energia de baixo carbono, com estabilidade para operar em longo prazo.

  3. Reciclagem de capital + estratégia líquida
    Ao vender parte do controle (70%) e manter 30%, a Vale obtém liquidez (US$ 1 bi) sem abrir mão totalmente de influência nos ativos-chave, equilibrando investimento e retorno.

Boali investe pesado e compra Mana Poke para liderar comida saudável no Brasil

A marca de alimentação saudável Boali comprou o controle da Mana Poke, especialista em cuisine havaiana. A operação fortalece sua presença no segmento bem-estar, onde já havia adquirido outras redes (‘Horta 31’ e ‘Tasty’). Agora, o grupo soma 170 unidades previstas — 104 da marca própria, 66 da Mana Poke — e fatura cerca de R$ 400 milhões com as duas. Com contratos assinados, vão abrir mais 50 unidades até o final de 2026, almejando 280 restaurantes no total.

O plano é claro: explorar sinergias na cadeia de suprimentos, logística de perecíveis, aumentar a participação do delivery (hoje mais forte na Mana) e expandir internacionalmente — já há unidades planejadas para Miami e Barcelona. A Boali investe com capital próprio e com aporte via SAFE pela RP Capital, que dará participação de ~10%.

Principais pontos da notícia

  • Aquisição: Boali assume controle da Mana Poke (51%)

  • Faturamento conjunto: ~ R$ 400 milhões

  • Expansão prevista: de 170 para 280 unidades até fim de 2026

  • Modelo operativo: forte participação de delivery, centralização logística em Jarinu (SP)

  • Internacionalização: lojas previstas para Miami e Barcelona

  1. Sinergia de operações
    Ao unir Boali + Mana Poke, a empresa aproveita sua estrutura já existente para melhorar compras, distribuição, logística de perecíveis — tudo junto, gerando economia de escala.

  2. Delivery como diferencial competitivo
    A Mana já tem 70% das vendas via delivery, enquanto a Boali está em cerca de 35%. Essa diferença mostra que a aquisição ajuda a acelerar o crescimento nessa frente, que costuma ter margens e demanda crescentes.

  3. Expansão além do Brasil
    Não é só crescer dentro do país: planos para abrir unidades em Miami e Barcelona mostram ambição de construir uma marca global de comida saudável, aproveitando tendências mundiais no setor.

Setor de saúde lidera fusões e aquisições no Brasil: mais de R$ 90 bilhões negociados em duas décadas

O setor de saúde no Brasil desponta como o mais ativo em fusões e aquisições (M&A) no país, segundo levantamento da KPMG. Desde 2003, já foram registradas mais de 817 transações, com cerca de 500 negócios nos últimos anos responsáveis por quase R$ 90 bilhões em faturamento. Mesmo com juros altos e incertezas econômicas, hospitais, laboratórios e empresas ligadas à saúde mantêm ritmo forte: só no primeiro trimestre de 2025, transações no segmento foram 80% mais numerosas que no mesmo período do ano anterior.

Destaques principais

Destaque Detalhes
Operações acumuladas Mais de 817 fusões e aquisições desde 2003 no setor de saúde
Valor movimentado ~ R$ 90 bilhões em faturamento gerados por ~500 dos negócios recentes
Crescimento recente Alta de 80% nas transações entre hospitais e laboratórios no 1º tri de 2025 vs mesmo período de 2024
Representatividade no M&A Saúde responde por ~8% do volume global de fusões e ~10,7% do valor
Principais grupos atuantes Rede D’Or, Intermédica, Dasa, DaVita, Hapvida, Fleury, Oncoclínicas, Sabin, Viveo, Hermes Pardini
  1. Consolidação em alta
    Grandes redes hospitalares e de diagnóstico estão comprando concorrentes ou empresas menores para expandir participação, regionalizar serviços e criar sinergias de custo — tudo isso ajuda a crescer mesmo com cenário macroeconômico desafiador.

  2. Inovação e tecnologia como diferenciais
    Telessaúde, inteligência artificial, medicina personalizada e prevenção estão se tornando partes centrais dos negócios. Empresas que dominam essas áreas ganham valor maior nos processos de compra ou fusão.

  3. Resiliência econômica
    Mesmo com inflação alta, juros elevados e incerteza, o setor saúde se mantém forte. Isso porque oferece serviços essenciais, com demanda constante, o que dá mais segurança aos investidores e permite continuar investindo em M&A.

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