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Finanças corporativas

Na reta final da COP30, a principal disputa gira em torno de como alinhar metas climáticas ambiciosas com um comércio global cada vez mais marcado por medidas unilaterais. O foco está nas UTM (unidades tarifárias de medição de carbono): países do Sul encaram isso como uma questão de justiça econômica e regulação, enquanto a União Europeia teme que a conferência se torne um palco permanente para contestar seu mecanismo de ajuste de fronteira de carbono (CBAM).
O Brasil, como anfitrião da conferência, tenta construir um consenso para aprovar o chamado “pacote Belém” ainda nesta semana. Mas há tensão: se não houver uma solução aceitável para todos, a COP pode travar nos momentos decisivos.
Principais pontos da notícia
A COP30 debate o impacto das UTMs (tarifas de carbono) no comércio global.
Países do Sul veem a disputa como uma questão de industrialização e justiça econômica; já a UE teme a criação de precedentes contra seu mecanismo CBAM.
O Brasil, presidente da conferência, lidera os esforços para aprovar o “pacote Belém” e evitar o impasse regulatório.
UTMs (Unidades Tarifárias de Medição de Carbono): São tarifas que alguns países propõem para taxar produtos que emitem carbono, como forma de penalizar quem polui mais.
CBAM (Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono): É uma política da União Europeia que já cobra tarifas de importação sobre produtos de países que não têm um sistema rígido de precificação de carbono — parte central da disputa.
“Pacote Belém”: É o conjunto de acordos climáticos que o Brasil tenta aprovar durante a COP30, para conciliar metas verdes com regras de comércio justas para todos os países.

A gestora Perfin, liderada por Ralph Rosenberg, vendeu ao Bradesco papéis preferenciais da Corsan por R$ 2,1 bilhões. Esses papéis não dão poder de controle na empresa de saneamento; são instrumentos financeiros usados para antecipar receita futura da concessão que a Corsan ganhou na privatização.
Ao mesmo tempo, a Perfin está reforçando sua participação na Cosan, participando de uma injeção de R$ 2 bilhões na holding. Esse movimento faz parte de uma reestruturação maior da Cosan, que planeja captar até R$ 10 bilhões por meio da emissão de novas ações liderada pelo BTG Pactual e pela própria Perfin.
O Bradesco BBI coordenou uma emissão de R$ 750 milhões em notas comerciais para a Aguassanta (holding de Rubens Ometto), que também participa desse aumento de capital.
A participação indireta da Perfin na Corsan é de cerca de 11%, considerando os fundos por meio dos quais ela investe na holding Parsan — criada no consórcio da privatização.
Valor da operação Corsan-Bradesco: R$ 2,1 bilhões.
Tipo de papel vendido: ações preferenciais da Corsan, que não dão direito a voto.
Aporte da Perfin na Cosan: R$ 2 bilhões.
Possível captação total na Cosan: até R$ 10 bilhões.
Emissão de notas coordenada pelo Bradesco: R$ 750 milhões via Aguassanta.
Aliança de controle na Cosan: BTG Pactual e Perfin estão entre os novos sócios estratégicos.
Participação econômica da Perfin na Corsan: ~11% por meio da Parsan.
“Instrumento financeiro” da Corsan: A Perfin vendeu papéis que não dão controle da empresa, mas que pagam conforme o desempenho do contrato de concessão — é como antecipar dinheiro que vai vir no futuro.
Reforço de caixa na Cosan: A injeção de capital ajuda a reduzir a dívida da holding, dando mais segurança para seus negócios em setores como energia, logística e combustíveis.
Aliança estratégica com o BTG: Com o aporte, o BTG Pactual e a Perfin conquistam mais influência na Cosan, o que pode mudar a dinâmica de poder dentro do grupo no longo prazo.

A Copasa, companhia mineira de saneamento (CSMG3), firmou contrato com o BTG Pactual para realizar estudos visando uma possível privatização. Além disso, a empresa também contratou a consultoria Ernst & Young para definir o melhor modelo de desestatização – seja por leilão ou via oferta pública de ações (follow-on) – e o escritório Stocche Forbes para assessoramento jurídico.
No plano político, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou uma PEC que retira a exigência de referendo popular para a privatização. O Estado detém atualmente 50,03% das ações, e a proposta prevê mecanismos para manter controle em decisões estratégicas, metas de qualidade e renegociação de contratos municipais.
A Copasa tem valor de mercado estimado em R$ 14,96 bilhões, segundo fontes. A expectativa é que a oferta ocorra até o primeiro trimestre de 2026, caso a privatização avance.
Empresa: Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais)
Banco contratado: BTG Pactual para modelagem da privatização
Consultoria adicional: Ernst & Young
Assessoria jurídica: Stocche Forbes
Participação do Estado de Minas Gerais: 50,03%
Valor de mercado estimado: R$ 14,96 bilhões
Prazo esperado para privatização: até o 1º trimestre de 2026
Mudança política importante: PEC aprovada para dispensar o referendo popular
Modelagem da privatização: A Copasa quer definir se será vendida por leilão ou por uma oferta de ações, e está contratando especialistas para isso.
Segurança para o Estado: Mesmo privatizando, Minas Gerais pode manter poder de veto e exigir metas operacionais para garantir serviço de qualidade.
Risco de pressão política: A PEC aprovada facilita a venda ao eliminar a consulta popular, o que gera debates sobre transparência e participação cidadã.

A Enel lançou um “Plano Verão 2025” para fortalecer sua rede de distribuição tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, em resposta ao risco crescente de tempestades, ventos fortes e interrupções por causas climáticas. Segundo reportagens, a companhia vai investir R$ 6,1 bilhões no Rio e R$ 10,4 bilhões em São Paulo até 2027.
No Rio, a estratégia inclui a abertura de três novas bases (em Niterói, São Gonçalo e Maricá), equipe reforçada, mais podas preventivas de árvores (com meta de até 629 mil este ano), substituição de centenas de quilômetros de cabos e centenas de inspeções e manutenções.
Em São Paulo, a Enel investe fortemente na modernização da rede: automação com religadores e telecontroles, digitalização com smart meters, aumento de pessoal (já contratou 1.200 profissionais de campo e planeja mais), novos veículos e bases operacionais para agilizar atendimentos.
Parte dessa resposta também é preventiva: a empresa estreitou a cooperação com órgãos meteorológicos como o Cemaden para ter alertas mais precisos e antecipar operações quando houver risco climático.
Plano Verão 2025 da Enel para RJ e SP.
Investimentos previstos: R$ 6,1 bi no Rio e R$ 10,4 bi em São Paulo.
Novas bases operacionais no Rio: Niterói, São Gonçalo e Maricá.
Meta de podas no RJ: até 629 mil árvores podadas para prevenir quedas sobre a rede.
Modernização da rede em SP: instalação de religadores, telecontrole, smart meters e digitalização.
Reforço de equipe: mais de 1.200 profissionais contratados para operações em SP.
Parceria climática: cooperação com o Cemaden para antecipar eventos extremos.
Investimento para prevenir apagões: A Enel está injetando bilhões para tornar sua rede mais robusta, com automação e manutenção preventiva, reduzindo a chance de quedas de energia nos piores momentos do verão.
Resposta mais rápida em crise: Com novas bases operacionais e mais equipes, a empresa quer resolver problemas mais rápido quando há tempestades, minimizando impacto para clientes.
Alerta climático antecipado: A parceria com o Cemaden permite que a Enel receba previsões meteorológicas mais precisas, para agir antes que um evento climático extremo cause estragos.

A Motiva (antiga CCR) fechou a venda de sua plataforma aeroportuária para o grupo mexicano ASUR por R$ 11,5 bilhões, segundo anúncio oficial.
Do total, R$ 5 bilhões correspondem a equity (participação acionária) e R$ 6,5 bilhões a dívida líquida da Motiva na CPC Holding, que concentra a operação de 20 aeroportos.
Dos aeroportos vendidos, 17 ficam no Brasil e 3 em outros países da América Latina. A operação registra cerca de 45 milhões de passageiros por ano, com mais de 200 rotas regulares.
A transação ainda depende de aprovações regulatórias (como da ANAC) e deverá ser concluída até 2026. Com os recursos desse desinvestimento, a Motiva pretende reduzir sua alavancagem financeira de 3,5× para menos de 3×
Esse movimento faz parte do plano estratégico da empresa, chamado “Ambição 2035”, que visa simplificar o portfólio e concentrar o crescimento nas concessões de rodovias e transporte sobre trilhos.
Valor da venda: R$ 11,5 bilhões pela plataforma de aeroportos.
Composição do pagamento: R$ 5 bilhões em equity + R$ 6,5 bilhões em dívida líquida.
Ativos vendidos: 20 aeroportos (17 no Brasil, 3 na América Latina).
Risco regulatório: A operação depende de aprovações da ANAC e de entidades de concorrência.
Impacto financeiro: Redução da alavancagem da Motiva para menos de 3×.
Estratégia futura: Motiva vai focar em rodovias e trilhos (plano “Ambição 2035”).
Desinvestimento estratégico: A empresa vende parte grande dos aeroportos para simplificar seus negócios e liberar capital para áreas mais estratégicas (rodovias e trilhos).
Estrutura financeira da operação: Parte do pagamento é em dinheiro (equity) e parte é dívida, o que significa que a Motiva continua responsável por parte da estrutura financeira dos aeroportos.
Maior segurança financeira: Com essa venda, a alavancagem (relação dívida / lucro operacional) da Motiva vai cair bastante, o que melhora sua saúde financeira e reduz risco para investidores.
A Motiva (antiga CCR) fechou a venda de sua plataforma aeroportuária para o grupo mexicano ASUR por R$ 11,5 bilhões, segundo anúncio oficial.
Do total, R$ 5 bilhões correspondem a equity (participação acionária) e R$ 6,5 bilhões a dívida líquida da Motiva na CPC Holding, que concentra a operação de 20 aeroportos.
Dos aeroportos vendidos, 17 ficam no Brasil e 3 em outros países da América Latina. A operação registra cerca de 45 milhões de passageiros por ano, com mais de 200 rotas regulares.
A transação ainda depende de aprovações regulatórias (como da ANAC) e deverá ser concluída até 2026. Com os recursos desse desinvestimento, a Motiva pretende reduzir sua alavancagem financeira de 3,5× para menos de 3×.
Esse movimento faz parte do plano estratégico da empresa, chamado “Ambição 2035”, que visa simplificar o portfólio e concentrar o crescimento nas concessões de rodovias e transporte sobre trilhos.
Valor da venda: R$ 11,5 bilhões pela plataforma de aeroportos.
Composição do pagamento: R$ 5 bilhões em equity + R$ 6,5 bilhões em dívida líquida.
Ativos vendidos: 20 aeroportos (17 no Brasil, 3 na América Latina).
Risco regulatório: A operação depende de aprovações da ANAC e de entidades de concorrência.
Impacto financeiro: Redução da alavancagem da Motiva para menos de 3×.
Estratégia futura: Motiva vai focar em rodovias e trilhos (plano “Ambição 2035”).
Desinvestimento estratégico: A empresa vende parte grande dos aeroportos para simplificar seus negócios e liberar capital para áreas mais estratégicas (rodovias e trilhos).
Estrutura financeira da operação: Parte do pagamento é em dinheiro (equity) e parte é dívida, o que significa que a Motiva continua responsável por parte da estrutura financeira dos aeroportos.
Maior segurança financeira: Com essa venda, a alavancagem (relação dívida / lucro operacional) da Motiva vai cair bastante, o que melhora sua saúde financeira e reduz risco para investidores.
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É graduanda em Letras pela UFMG, com atuação focada em comunicação digital, produção de conteúdo e estratégia de marketing. Tem experiência com criação e design de newsletters, marketing no Instagram, endomarketing, SEO, Google Analytics, copywriting, blogs, e produção de conteúdo para web. Domina ferramentas como Canva, WordPress, Google Ads, além de ter certificações em Marketing Digital, SEO, Analytics e Redação Web por instituições como Udemy, Sebrae, Rock Content e Rock University.
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