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A Crise do Banco Master amplia o debate sobre a reforma do FGC – 25/11/2025

A crise do Banco Master amplia o debate sobre a reforma do FGC

Banco Master

A liquidação do Banco Master expôs fragilidades no modelo atual do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Especialistas, como o ex-presidente do fundo Jairo Saddi, defendem que o FGC voltou a ser usado como ferramenta de marketing para atração de clientes — quando sua função principal deveria ser proteger depositantes. Para corrigir isso, ele propõe aumentar o número de instituições que contribuem para o fundo (incluindo fintechs) e limitar a garantia para aplicações mais agressivas.

Saddi alerta que, se não houver mudanças, os custos de eventuais quebras tendem a ser repassados à população por meio de taxas bancárias (spreads) mais altas. Além disso, ele sugere mais transparência nas métricas de risco do FGC e uma revisão de sua estrutura institucional, avaliando até mesmo uma reformulação de sua natureza jurídica.

Principais pontos da notícia:

  • O Banco Master foi liquidado, reacendendo a discussão sobre reformas no FGC.

  • Jairo Saddi, ex-presidente do FGC, critica o uso do fundo como ferramenta de competição e defende a limitação das garantias.

  • O FGC pode desembolsar cerca de R$ 41 bilhões, mas esse valor pode subir para R$ 49 bilhões, segundo o presidente do fundo.

  • O conselho que regula o fundo (CMN) já aprovou mudanças nas regras para instituições muito alavancadas.

  • O FGC possui R$ 122 bilhões em caixa para honrar garantias, segundo dados divulgados.

  1. Risco de “marketing garantido”
    O FGC está sendo usado por alguns bancos para fazer propaganda e atrair investidores com garantias, em vez de focar em sua função real de proteção.

  2. Quem paga a conta se houver mais quebras?
    Se instituições continuarem quebrando e recorrendo ao fundo, o custo pode subir e, no fim, recair sobre os consumidores — por meio de taxas bancárias maiores.

  3. Reforma para tornar o sistema mais justo
    A proposta é ampliar quem contribui para o fundo (não apenas bancos grandes) e limitar a garantia para aplicações arriscadas, além de aumentar a transparência das regras e métricas.

A boutique de M&A que bateu 500 transações só no lado vendedor

boutique

A igc Partners, boutique de M&A sediada na Faria Lima, acaba de bater a marca de 500 deals de fusões e aquisições em sua trajetória de 28 anos. O grande diferencial da casa é que ela assessora apenas o lado vendedor, recusando operar no buy side para evitar conflitos de interesse. Essa postura tem permitido à igc superar grandes bancos de investimento — pela quantidade de operações de venda que conduz — segundo dados do Mergermarket.

Dos 500 negócios, 102 foram na América Latina entre 2021 e o terceiro trimestre de 2025. Para os fundadores, agir sempre do lado de quem vende é parte de uma estratégia de longo prazo: construir reputação, preservar relacionamento e atrair clientes por indicação, mesmo se isso significar “deixar dinheiro na mesa” agora. Além disso, quase todos os sócios da firma foram promovidos internamente — o que reforça a coesão da equipe.

Principais pontos da notícia:

  • igc Partners: boutique de M&A referência no Brasil, focada exclusivamente em assessoria para vendedores.

  • 500 deals: número total de fusões e aquisições que a empresa já assessorou.

  • 102 transações na América Latina: realizadas entre 2021 e o terceiro trimestre de 2025.

  • A igc superou grandes bancos (como Itaú BBA, BTG, Bradesco BBI, Santander) em número de deals no sell side.

  • Sócios da igc: modelo de “partnership”, atualmente com 35 sócios, sendo 85% promovidos internamente.

  1. Foco só no vendedor
    A igc só assessora quem está vendendo a empresa, o que evita conflitos — eles não querem operar para compradores, porque isso poderia comprometer a independência.

  2. Longo prazo + reputação
    Mesmo que recusando alguns negócios, a empresa aposta em construir reputação. Clientes satisfeitos indicam outros, e isso fortalece a marca.

  3. Time engajado e estável
    Quase todos os sócios saíram de dentro da própria igc — isso ajuda a manter cultura, foco e qualidade nos negócios.

TRXF11 investe quase R$ 1 bilhão em novas aquisições em apenas dois dias

aquisições

O fundo imobiliário TRXF11, da gestora TRX, anunciou três grandes compras nos últimos dois dias, somando quase R$ 1 bilhão. Entre os ativos adquiridos estão um complexo logístico em Varginha (MG) avaliado em R$ 285 milhões, imóveis do Grupo Mateus por cerca de R$ 379,9 milhões e sete lojas do Atacadão (Carrefour Brasil) por R$ 297,1 milhões. Com essas aquisições, o portfólio do fundo agora tem 87 imóveis espalhados por 16 estados e 52 cidades, totalizando 988,4 mil m² de ABL, com um patrimônio investido de R$ 5,29 bilhões.

Principais pontos da notícia:

  • O fundo TRXF11 adquiriu três pacotes de imóveis que somam quase R$ 1 bilhão.

  • Compras específicas:

    • Um complexo logístico em Varginha (MG) por R$ 285 milhões, marcando a entrada no setor farmacêutico.

    • Quatro imóveis do Grupo Mateus, via sale-and-leaseback / built to suit, por R$ 379,9 milhões, com contratos de 20 anos.

    • Sete lojas do Atacadão (Carrefour Brasil) por R$ 297,1 milhões, expandindo a presença do TRXF11 em novos estados e cidades.

  • Após essas aquisições, o fundo passa a ter 87 imóveis em 16 estados e 52 cidades.

  • Área Bruta Locável (ABL) desses ativos: 988,4 mil m².

  • Valor total investido no portfólio atingiu R$ 5,29 bilhões.

  1. Diversificação geográfica e setorial
    Com as novas aquisições, o fundo amplia sua presença para 16 estados e 52 cidades, o que ajuda a reduzir riscos ao espalhar os ativos por diferentes regiões e segmentos (logístico, varejo).

  2. Contrato de longo prazo = estabilidade
    Parte das compras (como as lojas do Grupo Mateus) vêm com contratos bem longos (20 anos), o que dá previsibilidade de receita para o TRXF11.

  3. Crescimento agressivo com capital
    Usando sua capacidade de levantar recursos, o fundo está investindo pesado para crescer — quase R$ 1 bilhão em dois dias é um movimento ambicioso, que reforça a estratégia de expansão rápida.

Semana decisiva para FIIs: aquisições milionárias e mudança de estratégia

FII

Os fundos imobiliários (FIIs) viveram uma semana importante marcada por Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs), aprovações de compras de ativos e reestruturações estratégicas. Um dos destaques é o BRCO11, que obteve aval para adquirir dois imóveis logísticos por R$ 462,7 milhões — mesmo sendo esse valor 13,5% abaixo das avaliações da Cushman & Wakefield. A gestora aposta numa taxa interna de retorno (TIR) alta, entre 26,8% e 35,9%, além de projetar crescimento de 4,5% ao ano nos resultados recorrentes.

Já o TRXF11 firmou contrato para comprar sete imóveis usados pelo Atacadão (Carrefour) em modelo sale-leaseback, por R$ 297,16 milhões, com pagamento principal previsto até 19 de dezembro e correção pelo IPCA. Os contratos de aluguel têm prazo de 15 anos, com cláusulas de multa integral e sem possibilidade de revisão de aluguel.

Outro movimento relevante veio do RBFF11, que está em votação para mudar seu regulamento: passaria de FOF (fundo de fundos) para um fundo multiestratégia, investindo diretamente em imóveis, com novo nome (provavelmente RBFM11) e governança reforçada.

Além disso, o SNFZ11 (Fiagro) captou R$ 58,9 milhões na sua 2ª oferta de cotas, quase dobrando o patrimônio do fundo, para expandir em fazendas rurais. E o HGBS11 anunciou a compra de 20% do ParkShopping São Caetano (SP), por R$ 237 milhões, com pagamento escalonado.

Principais pontos da notícia:

  • BRCO11: aquisição de dois imóveis logísticos por R$ 462,7 milhões.

  • TRXF11: compra de sete lojas do Atacadão por R$ 297,16 milhões, com contratos de 15 anos.

  • RBFF11: proposta de mudança para fundo multiestratégia e novo ticker (RBFM11).

  • SNFZ11: captação de R$ 58,9 milhões para expansão em propriedades rurais.

  • HGBS11: compra de 20% do shopping ParkShopping São Caetano por R$ 237 milhões.

  1. Expansão agressiva via aquisições
    Alguns FIIs estão comprando imóveis caros e estratégicos, o que pode aumentar seu potencial de renda no longo prazo.

  2. Longo prazo + segurança
    No caso do TRXF11, os contratos de locação dos imóveis comprados são de 15 anos, o que traz estabilidade para o fundo.

  3. Mudança de perfil de fundo
    O RBFF11 quer deixar de ser “só um fundo de fundos” para ter autonomia para investir diretamente em imóveis, o que pode trazer mais retorno — mas também mais responsabilidade.

Aliança amazônica cria nova rota para destravar hidrovias na região

Aliança

Durante a COP30, foi assinada a “Aliança pelo Transporte Sustentável, Resiliente e Integrado na Amazônia”, que reúne Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, com apoio do BID e do Banco Mundial. A iniciativa coloca o transporte fluvial como prioridade de curto prazo e abre caminho para destravar projetos hidroviários importantes, especialmente nos rios Madeira, Tocantins e Tapajós, que hoje esbarram em dificuldades financeiras, ambientais e regulatórias.

Há obstáculos sérios para esses projetos: muitos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) estão desatualizados; há divergência entre órgãos federais; os custos de dragagem e balizamento são elevados; e as pressões socioambientais, além de riscos de litígio, também dificultam o avanço. A expectativa é que os países da Aliança avancem com um plano de ação para 2026–2030.

Além disso, o setor defende instrumentos financeiros inovadores, como cat bonds (títulos para riscos climáticos), para aumentar a resiliência das obras diante de eventos naturais extremos. Também há ideia de criar um sandbox regulatório para facilitar projetos que ajudam a adaptar a infraestrutura ao clima.

Principais pontos da notícia:

  • A “Aliança pelo Transporte Sustentável, Resiliente e Integrado na Amazônia” foi lançada na COP30 por países amazônicos.

  • Apoio financeiro de instituições internacionais: BID e Banco Mundial participam da iniciativa.

  • Hidrovias estratégicas sob nova atenção: os projetos para os rios Madeira, Tocantins e Tapajós ganham força com a Aliança.

  • Principais entraves dessas hidrovias: estudos EVTEA desatualizados, divergências técnicas entre agências, altos custos de operação (dragagem, balizamento) e desafios socioambientais.

  • A Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação do Brasil já apontou as rotas prioritárias, incluindo Madeira, Solimões, Tapajós, Tocantins e Purus.

  • Será elaborado um Plano de Ação Regional para 2026–2030 para orientar os investimentos na região.

  • Proposta de usar cat bonds para reforçar a infraestrutura contra riscos climáticos.

  1. Mais cooperação entre países amazônicos
    A aliança junta diversas nações da Amazônia para trabalhar juntas no transporte fluvial, o que pode facilitar investimentos e ações coordenadas que antes eram fragmentadas.

  2. Hidrovias paradas podem sair do papel
    Projetos grandes, como as hidrovias do Madeira, Tapajós e Tocantins, enfrentam problemas para avançar — a aliança pode destravar dinheiro, definir concessões e alinhar os estudos necessários.

  3. Protegendo a infraestrutura com finanças verdes
    A ideia de usar “cat bonds” é uma forma de garantir que, se houver desastres naturais (enchentes, por exemplo), parte do custo de reconstrução venha de investidores, não só do governo.

BNDES aposta R$ 409 mi na Cosan para reforçar atuação em infraestrutura e energia

BNDES

O BNDES, por meio da sua subsidiária BNDESPar, investiu R$ 409 milhões na Cosan durante recentes ofertas públicas de ações. Com isso, o banco de desenvolvimento passará a deter aproximadamente 2% da companhia. A operação faz parte da estratégia do BNDES de fomentar o mercado de capitais e apoiar empresas que têm papel relevante em setores estratégicos como infraestrutura, transição energética e agroindústria. A captação total da Cosan nas ofertas chegou a R$ 10,5 bilhões, valor que a empresa pretende usar para reforçar sua liquidez e reduzir o endividamento consolidado.

Principais pontos da notícia:

  • A quantia investida pelo BNDES (via BNDESPar) é de R$ 409 milhões.

  • Esse aporte representa cerca de 2% de participação acionária na Cosan.

  • A oferta pública da Cosan captou R$ 10,5 bilhões no total.

  • A estratégia do BNDES busca apoiar empresas com foco em infraestrutura, energia renovável e agroindústria.

  • O aporte deve ajudar a Cosan a reforçar sua liquidez e reduzir dívidas.

  1. Investimento estratégico do BNDES
    O banco público não está apenas emprestando dinheiro: está se tornando sócio da Cosan para ter participação em uma empresa-chave para áreas como energia limpa e infraestrutura.

  2. Refinanciamento da Cosan
    A Cosan usará parte da captação com os novos sócios para pagar dívidas, o que pode aliviar a pressão financeira e melhorar seu perfil de crédito.

  3. Aposta de longo prazo
    A participação de 2% pode parecer pequena, mas para o BNDES é uma forma de se manter alinhado com projetos que têm impacto econômico e social no Brasil, sem depender só de financiamento tradicional.

São Paulo adia PPP de R$ 6 bilhões após pedido de mais prazo por empresas

PPP

O governo de São Paulo decidiu postergar o leilão da Parceria Público-Privada (PPP) para construir seu novo Centro Administrativo no bairro Campos Elíseos, cujo valor estimado é de R$ 6 bilhões, depois que empresas interessadas solicitaram tempo extra para organizar garantias e documentos. A decisão visa garantir maior participação e segurança no processo.

Principais pontos da notícia:

  • A PPP envolve a construção de um complexo administrativo no bairro Campos Elíseos, em São Paulo.

  • O valor estimado do projeto é de R$ 6 bilhões.

  • O adiamento ocorreu por solicitação das empresas interessadas, que pediram mais tempo para apresentar garantias e completar documentos.

  • A concessão, se concretizada, terá duração de 30 anos, segundo o governo.

  • O edital original previa uma contraprestação pública mensal máxima de R$ 76,6 milhões.

  1. As empresas pediram mais tempo
    Algumas companhias interessadas no projeto alegaram que precisavam de mais prazo para fechar garantias e lidar com a documentação, o que levou ao adiamento.

  2. Projeto bilionário para reestruturar o governo
    A PPP não é só para construir prédios: é para concentrar secretarias e órgãos estaduais em um novo centro administrativo, o que deve melhorar eficiência.

  3. Compromisso de longo prazo
    O contrato é para 30 anos, o que significa que a iniciativa privada vai gerenciar e manter esse centro administrativo durante décadas.

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