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Infraestrutura e Concessões
A privatização da Corsan, companhia de saneamento do Rio Grande do Sul, é um bom exemplo de como um processo bem estruturado pode gerar valor tanto para o governo quanto para os investidores — mesmo em um setor sensível e complexo.
Com um modelo de leilão competitivo, o Estado obteve um ágio de 58%, movimentando R$ 4,1 bilhões. O sucesso se deve a uma combinação de fatores: cronograma claro, equilíbrio entre metas ambiciosas e viáveis, estrutura de governança com incentivos corretos e transparência na comunicação. Também foi decisiva a segurança jurídica e a estratégia de fazer uma capitalização prévia para a companhia, o que aumentou o interesse do mercado.
Outro destaque foi a separação entre a modelagem regulatória e a execução do leilão. Enquanto a regulação ficou sob responsabilidade da agência estadual, a modelagem foi conduzida com apoio técnico de instituições como BNDES e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Essa divisão trouxe credibilidade e afastou riscos de captura política.
A privatização também abriu espaço para ganhos operacionais. Após a venda, o número de obras em andamento mais que dobrou e os investimentos aumentaram significativamente. Isso mostra que, com incentivos certos e liberdade de gestão, o setor privado pode entregar resultados mais rápidos e eficientes.
Apesar dos avanços, o caso também deixou aprendizados. A falta de um regramento nacional claro para a prestação regionalizada de serviços gerou insegurança em algumas etapas do processo. Esse ponto reforça a necessidade de maior articulação federativa para projetos semelhantes no futuro.
Principais destaques:
Valor movimentado no leilão: R$ 4,1 bilhões, com ágio de 58%
Parceria técnica: BNDES e BID
Aumento nas obras após a privatização: mais que dobro de frentes de trabalho
Planejamento faz a diferença
A venda deu certo porque o processo foi bem organizado, com regras claras e metas equilibradas, o que atraiu mais interessados e aumentou o valor final.
Separar funções gera mais confiança
Deixar a regulação com a agência estadual e a modelagem técnica com instituições especializadas trouxe credibilidade e evitou interferências políticas.
Resultados práticos após a venda
Com gestão privada, os investimentos cresceram e o número de obras disparou, mostrando como a eficiência pode melhorar quando há liberdade para agir.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançou nesta semana o edital nº 4/2025 para a concessão da Rota Sertaneja, rodovias federais que conectam Goiás e Minas Gerais. O certame prevê leilão em 6 de novembro de 2025, na B3, em São Paulo, com propostas entregues até 3 de novembro, e qualificação da empresa vencedora até 14 de novembro.
Nesse trecho de 530,6 km, os trechos BR‑153 e BR‑262 serão transformados por meio de um pacote estimado em mais de R$ 10 bilhões, dividido entre investimentos (capex) de cerca de R$ 5,66 bilhões e despesas operacionais (opex) de R$ 4,16 bilhões.
O projeto inclui:
~43 km de duplicações,
31,8 km de faixas adicionais,
4 km de contornos e vias marginais,
6 passarelas, 5 passagens de fauna,
132 acessos, 146 pontos de ônibus,
entre outras melhorias relacionadas à segurança e infraestrutura.
A modelagem aprovada foi submetida ao Tribunal de Contas da União (TCU) e reflete a 5ª fase do Programa Federal de Otimização de Concessões Rodoviárias. A antiga concessionária, Concebra, cuja participação foi revisada pela SecexConsenso, controlada pela Triunfo, será substituída após relicitação concluída amigavelmente.
Espera-se que o projeto crie mais de 82 mil empregos (diretos e indiretos), dinamize o agronegócio e reduza acidentes com tráfego mais fluido e infraestrutura moderna.
Data do leilão: 6 de novembro de 2025, na B3 (São Paulo)
Trecho concedido: 530,6 km nas BR‑153 e BR‑262, entre GO e MG
Investimentos totais: mais de R$ 10 bilhões (capex R$ 5,66 bi e opex R$ 4,16 bi)
Leilão marcado com cronograma claro
O processo tem datas definidas: entrega de propostas até 3 de novembro, leilão em 6 de novembro, e qualificação em até 14 de novembro.
Infraestrutura robusta para melhoria rodoviária
As obras abrangem duplicações, faixas, vias marginais e segurança viária, projetadas para ampliar a fluidez do tráfego e reduzir riscos.
Modelo técnico validado e transparente
A modelagem passou por análise do TCU, reflete diretrizes federais e inclui diálogo social e ajustes técnicos jurídicos para garantir confiabilidade.
A região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) teve a aprovação de aproximadamente R$ 4,7 bilhões em projetos pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), conforme decisão unânime do Conselho Diretor na 59ª reunião, realizada em 3 de julho de 2025. O objetivo é fortalecer a indústria naval, ampliar a infraestrutura portuária e gerar mais de 3 mil empregos diretos.
Entre os projetos aprovados:
Construção de quatro embarcações para operações submarinas (R$ 2,3 bilhões)
Dois navios PSV com tecnologia de baixo carbono (R$ 739,7 milhões)
Seis rebocadores azimutais (R$ 312,6 milhões)
Modernização e reparo de 17 embarcações (R$ 163,2 milhões)
Concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá para aumentar o calado (R$ 1,089 bilhão).
Em 2025, o FMM já aprovou mais de R$ 29,5 bilhões em projetos voltados à indústria naval e à infraestrutura portuária em todo o país, e cerca de R$ 5,7 bilhões foram destinados a 12 projetos da Petrobras este ano.
Total aprovado para o Sul: ~R$ 4,7 bilhões
Projetos contemplados: submarinas, PSV, rebocadores, reparos, canal de acesso
Geração estimada de empregos diretos: mais de 3 mil
1. Grande fôlego para a naval local
Quase metade dos recursos (R$ 2,3 bilhões) foi direcionada à construção de quatro embarcações submarinas, demonstrando foco em inovação e tecnologia marítima.
2. Iniciativas verdes e modernas
Os dois navios PSV aprovados contam com tecnologia de baixo carbono, alinhando os investimentos à agenda sustentável do setor.
3. Expansão estratégica de portos
A concessão de mais de R$ 1 bilhão para o canal de acesso ao Porto de Paranaguá visa elevar o calado, aumentando a capacidade de exportação da região.
O Equador está avaliando o lançamento de concessões rodoviárias e parcerias público‑privadas (PPPs) visando iniciar obras até o fim de 2026. O país busca atrair investimentos privados para reduzir o déficit em infraestrutura e modernizar a malha viária nacional por meio de novos editais e linhas de financiamento.
Essas iniciativas fazem parte de um esforço estratégico para acelerar investimentos em rodovias — buscando garantir segurança jurídica, estrutura técnica e modelos de financiamento que tornem projetos viáveis até o segundo semestre de 2026.
Meta de implantação: concessões rodoviárias com início operacional até o final de 2026
Estratégia: uso de PPPs para expandir infraestrutura viária
Apoios previstos: órgãos governamentais equatorianos e multilaterais colaborando em modelagem e viabilidade.
Ponto | Explicação simples |
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1. Prazos objetivos até 2026 | O governo equatoriano trabalha para que os processos de concessão sejam estruturados e possam gerar obras concretas até o fim de 2026. |
2. PPPs como ferramenta central | Parcerias público-privadas permitirão viabilizar investimentos privados em rodovias, com compartilhamento de risco e retorno. |
3. Colaboração técnico-institucional | Projetos são desenhados com apoio técnico de instituições multilaterais e governamentais para garantir viabilidade, governança e proteção ao investidor. |
A Motiva, antiga CCR, registrou um lucro líquido de R$ 897,24 milhões no segundo trimestre de 2025, impulsionado por um impacto fiscal positivo de R$ 480 milhões decorrente da repactuação do contrato da BR‑163, no Mato Grosso do Sul . Esse resultado representa um salto de 235% em comparação aos R$ 267,92 milhões do mesmo período de 2024 .
Já o lucro líquido ajustado — sem efeitos não recorrentes — ficou em R$ 398 milhões, uma queda de 3,2% frente ao 2T24, mas ainda acima das estimativas da LSEG, que apontavam para cerca de R$ 363,8 milhões .
O EBITDA ajustado alcançou R$ 2,094 bilhões, com alta de 4,2% e margem expandida de 57,6% para 58,8%, reflexo de maior eficiência operacional e otimização do portfólio . A receita líquida ajustada foi de R$ 3,563 bilhões, com crescimento de 2,2%, apoiada por desempenho em rodovias, aeroportos e trilhos .
A companhia encerrou o semestre com a relação entre despesas operacionais (opex) e receita líquida ajustada em 38%, abaixo dos 40,5% do ano anterior, abrindo margem para antecipar a meta de eficiência prevista para 2026 . A dívida ajustada terminou junho em 3,7 vezes o EBITDA, com expectativa de redução à medida que a receita de novas concessões como PRVias e Sorocabana amadureça .
Os investimentos (Capex) somaram R$ 1,78 bilhão no trimestre, crescimento de 9,2% sobre o 2T24 e de 31% em relação ao 1T25. Os principais projetos incluem a duplicação da BR‑101, obras na Serra das Araras, manutenção da AutoBAn e melhorias nas linhas 8 e 9 do metrô de SP .
Lucro líquido total: R$ 897,24 milhões (crescimento de 235%)
Ativo fiscal diferido: R$ 480 milhões com repactuação da BR‑163
EBITDA ajustado: R$ 2,094 bilhões, margem de 58,8%
Lucro elevado por impacto fiscal
A repactuação da concessão da BR‑163 gerou um ativo fiscal diferido de R$ 480 milhões, permitindo triplicar o lucro líquido comparado ao ano anterior.
Eficiência melhora rentabilidade
Mesmo com queda no lucro ajustado, a empresa elevou o EBITDA e a margem, além de reduzir o ratio opex/receita para 38%, sinalizando maior controle de custos.
Investimentos acelerados e redução da alavancagem
Com Capex de R$ 1,78 bilhão e novas concessões como PRVias e Sorocabana, a geração de caixa tende a reduzir a alavancagem de 3,7× ao longo dos próximos meses.
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