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Infraestrutura e Concessões
Após a privatização da Corsan, o governo gaúcho avançou para conceder os serviços de água e esgoto nos 176 municípios não atendidos pela companhia. O processo está em fase de modelagem e contará com apoio do FDIRS (Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável), do governo federal.
Foram apresentados estimativas de investimentos de R$ 3 bilhões para água e R$ 4 bilhões para esgotamento sanitário, totalizando cerca de R$ 7 bilhões.
Destaque | Detalhes |
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Investimentos previstos | Aproximadamente R$ 7 bilhões para universalização do saneamento em 176 cidades |
Orientação técnica | Estruturação via FDIRS, com apoio federal na modelagem |
Integração ao novo marco regulatório | Alinha com meta nacional de universalização até 2033 (99% água e 90% esgoto) |
Investimento robusto com planejamento estratégico
O RS não depende apenas de anúncios — o valor de R$ 7 bilhões e a parceria com o FDIRS mostram um planejamento técnico e financeiro consistente para expandir os serviços de saneamento.
PPPs como vetor de universalização
O foco não está na estatal, mas na criação de concessões com modelo empresarial. Isso permite viabilizar investimentos em cidades menores, com governança privada, mas com controle público.
Alinhamento com metas nacionais e urgência sanitária
A iniciativa segue as exigências do Novo Marco Legal do Saneamento (lei 14.026/2020) e exige ações rápidas, pois os prazos para universalização até 2033 são desafiadores.
Entre os dias 18 e 22 de agosto de 2025, técnicos e fiscais da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) percorreram trechos recém-concedidos no estado do Paraná. A vistoria ocorreu em quatro lotes — Via Araucária, EPR Litoral Pioneiro, Motiva PR Vias e EPR Iguaçu — com o objetivo de verificar o andamento das obras e serviços conforme previsto nos contratos.
Durante as visitas, a equipe checou melhorias como:
Duplicações viárias e recuperações de pontes em pontos críticos.
Implantação dos modernos sistemas de pedágio free flow (sem barreiras físicas).
Novas bases de atendimento ao usuário, inclusive com veículos elétricos, em locais como Londrina e Ponta Grossa.
Intervenções na ponte internacional de Foz do Iguaçu, conectando o Brasil ao Paraguai, fundamental para o comércio exterior e logística regional.
Com mais de 2 mil quilômetros de rodovias sob concessão no Paraná, esses contratos preveem investimentos bilionários destinados a duplicação, conservação, tecnologia e melhorias em segurança viária. A presença da ANTT assegura que os compromissos contratuais estão sendo implementados com qualidade e pontualidade.
Destaque | Detalhe |
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Fiscalização em campo | ANTT realizou visitas técnicas aos trechos concedidos entre 18 e 22/08/2025 |
Obras verificadas | Duplicações, recuperação de pontes, free flow, atendimento ao usuário com veículos elétricos |
Abrangência | Lotes: Via Araucária, EPR Litoral Pioneiro, Motiva PR Vias e EPR Iguaçu (incluindo ponte internacional) |
Investimentos previstos | Bilionários, focados em melhoria da segurança, eficiência e competitividade logística |
Garantia de entrega efetiva
A vistoria da ANTT vai além da teoria contratual — é uma prova física de que as obras estão sendo realizadas e os serviços, corretamente implementados.
Modernização com foco no usuário
Recursos como pedágio livre e atendimento com carros elétricos refletem um modelo de concessão mais eficiente, sustentável e centrado na experiência do usuário.
Integração comercial e segurança ampliada
Intervenções como a ponte internacional em Foz do Iguaçu valorizam a logística regional, fortalecem o comércio exterior e tornam as rotas mais competitivas e seguras.
O FDIRS (Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável) lançou a Nova Política de Cobertura de Riscos, anunciada no Encontro Nacional de Municípios (26/08). A medida amplia a proteção contra riscos que antes dificultavam a entrada de capital privado em concessões e PPPs.
Cobertura de riscos ampla: inclui inadimplemento de contraprestações públicas, risco de crédito em financiamentos, risco de demanda, cambial, conclusão de obras, força maior, frustração de outras garantias públicas e liquidez.
Níveis de proteção: até 95% do valor de financiamentos e 100% no caso de inadimplência da contraprestação pública.
Limites de exposição: até 20% do patrimônio líquido do fundo por projeto, podendo chegar a 30% para o mesmo grupo econômico/ente federativo, com exceções estratégicas.
Atuação indireta: garantias prestadas por fundos, SPEs, seguradoras e outros instrumentos regulados.
Foco regional: especial atenção a projetos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Mais segurança para investidores
O fundo passa a cobrir riscos que tradicionalmente afastavam o capital privado, reduzindo incertezas em projetos de infraestrutura.
Governança com múltiplos ministérios
A política foi aprovada por um conselho que reúne Integração e Desenvolvimento Regional, Fazenda, Planejamento, e a SPPI da Casa Civil, reforçando coordenação institucional.
O Congresso Nacional instalou, nesta terça-feira (26 de agosto de 2025), duas comissões mistas essenciais para a reforma do setor elétrico:
MP 1.300/2025: aborda a reestruturação do setor elétrico e amplia a Tarifa Social de Energia Elétrica para famílias de baixa renda. A instalação foi marcada para as 14h30.
MP 1.304/2025: trata da limitação dos subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e ajustes na Lei das Eólicas Offshore. A comissão foi agendada para quarta-feira (27), às 14h30.
Na comissão da MP 1.300, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi eleito presidente, com o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) na vice-presidência e Fernando Coelho Filho (União-PE) como relator.
A MP precisa ser votada até 17 de setembro de 2025 para não perder validade. O foco inicial da comissão será a Tarifa Social, mas as demais partes da reforma poderão ser discutidas em medidas provisórias posteriores.
Com a reforma, milhões de pessoas de baixa renda terão acesso gratuito à energia elétrica para consumo de até 80 kWh/mês, além da abertura gradual do mercado livre a residências e pequenos comércios.
Ponto | O que significa |
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1. Tarifa Social mais abrangente | A MP amplia a gratuidade ou descontos na conta de luz para famílias de baixa renda, reduzindo o custo de energia no dia a dia. |
2. Trâmite acelerado com foco social | A comissão foi criada com rapidez, indicando prioridade no Congresso para votar a medida a tempo de evitar sua caducidade. |
3. Reforma ampla em curso | Além da Tarifa Social, a MP prevê mudanças profundas como abertura de mercado, revisão de subsídios e novos mecanismos — parte de uma remodelação estrutural. |
O andamento das medidas provisórias (MPs) que vão reformar o setor elétrico foi destravado após um acordo entre governo e Congresso para preservar a expansão da Tarifa Social, chamada “Luz do Povo”. A MP 1.300/2025 segue com esse benefício; os demais temas tratados por ela foram deslocados para a MP 1.304.
Garantia do programa social: A tarifa social continuará válida pelos meios da MP 1.300 — evitando caducidade em setembro.
Redistribuição agenda: Itens mais polêmicos, como abertura do mercado livre e revisão de subsídios, passarão para a MP 1.304.
Articulação política: O acordo foi fechado com líderes como Hugo Motta (Câmara), Davi Alcolumbre (Senado), ministros Rui Costa e Gleisi Hoffmann, além de Eduardo Braga (presidente da comissão da MP 1.300) e Fernando Coelho Filho (relator).
Ponto | Explicação |
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1. Luz do Povo preservada | O acordo garante que famílias de baixa renda seguirão recebendo energia socialmente subsidiada, independentemente da tramitação das MPs. |
2. Reformas agrupadas estrategicamente | Ao migrar os temas mais complexos para outra MP (1.304), o governo facilita a aprovação rápida da parte social, sem abandonar as demais reformas. |
3. Prazos encurtados urgem ação | A MP 1.300 corre risco de caducar em 17 de setembro — o relatório da comissão deve ser apresentado na próxima semana para votação antes desse prazo. |
A proposta final da MP 1.303/2025 elevou significativamente os tributos sobre as debêntures incentivadas, instrumentos essenciais para financiar obras de infraestrutura com capital privado. A medida derrubou a alíquota esperada de 17,5% para 25% para pessoas jurídicas — e aprovou tributação de 5% para pessoas físicas, que antes eram isentas.
Desonestidade fiscal e imprevisibilidade
Os rendimentos dessas debêntures passarão a ser bancados como parte do lucro tributável e não mais como receita separada, tornando o modelo menos atrativo para investidores institucionais.
Custo de financiamento mais alto
A ABCR estima que essa mudança pode aumentar o spread dos financiamentos em até 2 pontos percentuais, elevando o custo médio de emissão de 7,3% para aproximadamente 9,3%.
Risco de desequilíbrio contratual
Concessionárias como Rumo, Aegea, EPR, Motiva e consórcio 4UM podem sofrer com o desequilíbrio provocados pela mudança — principalmente os que já firmaram obras e captações com base em regras anteriores. A possibilidade de revisão contratual ou reequilíbrio econômico-financeiro é real.
Insegurança jurídica e mercado debilitado
Muitos agentes acreditam que a mudança enfraquece o mercado de capitais no financiamento de infraestrutura, empurrando o setor de volta à dependência de instituições como o BNDES.
Pressão política em andamento
O Ministro dos Transportes, Renan Filho, alertou que aumento do IR reduzirá a financiabilidade dos projetos e deve ser discutido com o Ministério da Fazenda.
Indicador | Valor/Detalhe |
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Emissão de debêntures em 2024 | R$ 132 bilhões (recorde histórico) |
Emissões no 1S 2025 | R$ 74,5 bilhões (maior em série histórica) |
Aumento da alíquota (PJ) | De 15% para ~25% |
Tributação para pessoa física | Nova alíquota: 5% (antes, isento) |
Impacto estimado no spread | +2 pontos percentuais (7,3% → 9,3%) |
Financiamento fica mais caro e complexo
O aumento da tributação reduz a vantagem competitiva das debêntures incentivadas, encarecendo projetos fundamentais em mobilidade, saneamento, ferrovias e energia.
Contratos em curso correm risco
Empreendimentos já em execução podem ter seu equilíbrio econômico-financeiro impactado, com risco de pedidos formais de revisão contratual.
Estratégias em risco: mercado vs. banco estatal
A expectativa é que o setor privado se retraia, especialmente em novos leilões, enquanto o papel do BNDES e financeiro estatal tende a crescer — o que representa retrocesso no modelo de financiamento de infraestrutura.
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