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Infraestrutura e Concessões
O setor ferroviário avança após um período de estagnação. As repactuações das concessões da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Vitória-Minas (EFVM), marcas históricas controladas pela Vale, foram concluídas com êxito — isso resolveu pendências antigas e abriu caminho para novos investimentos na ferrovia.
Apesar dos desafios, esse movimento marca um avanço concreto na agenda ferroviária brasileira, alinhada aos esforços do governo para destravar projetos estratégicos. A renovação desses contratos traz clareza jurídica, facilitando o planejamento e atração de capital.
Pendência histórica resolvida: A repactuação das concessões da EFC e EFVM foi concluída, removendo uma das últimas barreiras entre a Vale e a retomada de investimentos ferroviários.
Base limpa para novos projetos: Com contratos ajustados até 2057, a Vale entra em 2025 com maior previsibilidade e segurança jurídica.
Repactuações essenciais para o setor: Sonergia Advisors e a Abdib alertam que problemas regulatórios e insegurança jurídica ainda encalham futuros projetos de infraestrutura.Fim de uma espera longa
A EFC e a EFVM estavam travadas por pendências contratuais. A repactuação destravou esse impasse e retirou uma sombra sobre a operação da Vale.
Caminho limpo para investimentos
Com obrigações definidas e contratos estendidos, há maior segurança jurídica para expandir, modernizar e atrair novos aportes ao setor ferroviário.
Repactuação ainda enfrenta obstáculos
Embora tenha avançado nesse caso, o setor ferroviário ainda requer soluções claras para centenas de projetos paralisados, incluindo revisões em outras concessões e regulamentações mais eficazes.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, revelou, durante o Fórum de Infraestrutura em São Paulo, que as concessões no setor portuário devem mobilizar R$ 30 bilhões em investimentos entre 2023 e 2026.
Ele destacou que serão realizados mais de 60 leilões para modernizar portos e infraestrutura portuária. Entre os principais projetos, estão:
Túnel Santos-Guarujá: primeira fase com previsão de R$ 6 bilhões, em parceria com o governo de São Paulo.
Tecon Santos 10: terminal de contêineres com expectativa de ampliar em 50% a capacidade do Porto de Santos, com investimento de R$ 5,6 bilhões.
Dragagem do canal de acesso ao Porto de Paranaguá: a primeira concessão desse tipo no país, estimada em R$ 1 bilhão, servindo de modelo para outras dragagens portuárias.
Tema | Detalhes |
---|---|
Investimentos previstos | R$ 30 bilhões em concessões portuárias (2023–2026) |
Leilões planejados | Mais de 60 no período |
Projetos de destaque | Túnel Santos-Guarujá (R$ 6 bi); Tecon Santos 10 (R$ 5,6 bi); Canal de Paranaguá (R$ 1 bi) |
Agenda recorde de concessões portuárias
O governo planeja uma série histórica de leilões que somam investimentos significativos no setor, elevando a competitividade dos portos brasileiros.
Investimentos estruturantes com impacto nacional
A construção do túnel, a expansão do terminal e a dragagem são exemplos de obras que vão melhorar a logística portuária, reduzir custos e fortalecer a economia.
Nova era para gestão portuária no Brasil
A combinação de segurança jurídica, escala e inovação nas concessões atrai investidores privados, que veem o setor com mais confiança e previsibilidade.
Após um 2024 de leilões recordes, o setor rodoviário deve ganhar ainda mais força em 2026. Novas concessões estão previstas para ampliar a malha, atrair investimentos e melhorar a qualidade das estradas, consolidando as rodovias como peça-chave da logística e do transporte no Brasil.
Complementando esse panorama, um relatório indica que os contratos de concessão de rodovias federais programados para 2025 e 2026 podem gerar até R$ 120 bilhões (US$ 21 bilhões) em investimento total.
Essa expectativa escancara um forte impulso do país para ampliar sua malha rodoviária por meio de parcerias público-privadas, com projetos bem estruturados e amadurecidos para o mercado.
Destaque | Detalhe |
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Licitações em alta | Volume recorde de leilões previstos para 2026 |
Investimentos estimados | Até R$ 120 bilhões em concessões federais nesse ciclo |
Demanda crescente | Ambiente favorável em infraestrutura para atrair investidores |
Crescimento acelerado em leilões
O Brasil está prestes a registrar um ciclo sem precedentes de licitações no setor rodoviário, abrindo espaço para investimentos significativos.
R$ 120 bilhões na mira
Os projetos planejados para 2025–2026 podem reunir até R$ 120 bilhões em aportes privados — um salto expressivo em infraestrutura.
A diretoria da ANEEL recomendou ao MME a renovação antecipada da concessão da Enel Rio por mais 30 anos, com base no cumprimento dos critérios básicos definidos em decreto federal — por maioria de quatro votos a um. A decisão agora segue para apreciação do Ministério de Minas e Energia.
Votação interna:
A favor (4): Relatora Ludimila Lima, diretor-geral Sandoval Feitosa, diretora Agnes Costa e diretor-substituto Daniel Danna.
Contra (1): Diretor Fernando Mosna, que pediu critérios adicionais para renovar contratos, como indicadores de satisfação (IASC), atraso de obras e qualidade considerando expurgos — critérios nos quais a Enel RJ não teria atendido. Ele reconheceu apenas o cumprimento do TMAE (tempo médio de atendimento emergencial), abaixo da média nacional.
Próximos passos:
O despacho vai agora para o MME, que tem a responsabilidade final de autorizar ou não a prorrogação até 2056.
Destaque | Detalhes principais |
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Decisão da ANEEL | Recomendação aprovada (4 a 1) para renovar concessão da Enel RJ |
Ponto de discordância | Critérios de satisfação e obras não atendidos, segundo um diretor |
Status da concessão | Contrato atual vence em dezembro de 2026; renovação proposta até 2056 |
Base legal impulsiona renovação
A decisão seguiu os critérios mínimos do decreto federal, priorizando diretrizes formais sobre exigências extras, o que viabiliza a continuidade da operação da Enel RJ.
Crítica técnica permanece viva
O voto contrário destaca que, apesar de cumprir os parâmetros oficiais, a empresa falha em indicadores relevantes para a experiência do consumidor e gestão de obras.
Investimentos seguem firmes
A Enel aponta que continuará com forte execução do plano de investimentos — R$ 6,1 bilhões previstos entre 2025 e 2027 — mantendo foco em melhorar o atendimento e a infraestrutura aos seus 3 milhões de clientes no RJ.
O governo federal lançou o programa “Se Essa Rua Fosse Minha”, elaborado em parceria com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e coordenado pelo Ministério das Cidades, para apoiar PPPs (Parcerias Público-Privadas) capazes de integrar múltiplos serviços urbanos em um só projeto — com foco inicial em municípios de médio porte (50 a 120 mil habitantes).
Escopo multipropósito: os projetos podem combinar obras como calçamento, iluminação pública, pavimentação e drenagem, criando soluções urbanas completas e mais viáveis financeiramente.
Apoio técnico, não financeiro: o governo oferecerá suporte técnico, seleção de projetos e estruturação junto a prefeituras; financiamento pode vir de instituições como a Caixa e o BNDES, sem repasse direto de recursos federais.
Projeto-piloto em fase de definição: a equipe da CBIC e o Ministério estão definindo os critérios de elegibilidade. A iniciativa será inicialmente voltada a áreas centrais de municípios de médio porte.
Base legal em evolução: o modelo se apoia no Projeto de Lei 7.063/2017, que permite PPPs com arranjos integrados de múltiplos serviços urbanos, prevendo eficiência econômica e mecanismos contratuais adaptáveis.
Ponto | Explicação |
---|---|
1. Soluções mais completas e viáveis | Ao agrupar serviços urbanos (como drenagem, iluminação e pavimentação) em um único projeto, o programa permite reduzir custos e oferecer benefícios mais amplos em uma só intervenção. |
2. Governança que capacita, não dá dinheiro diretamente | Municípios recebem ajuda em estruturação e seleção de projetos, enquanto o financiamento dependerá de bancos como Caixa e BNDES — promovendo autonomia local e uso inteligente de recursos. |
3. Agilidade na recuperação urbana | O foco em cidades menores e áreas centrais permite iniciar intervenções mais rápidas, com impacto direto no cotidiano das pessoas e potencial replicação em outras regiões. |
O Grupo Equipav, ainda pouco conhecido fora dos bastidores da infraestrutura, prepara um movimentação estratégica massiva. Com mais de R$ 80 bilhões em obras previstas, a plataforma já supera grandes concorrentes como Ecorodovias, BRK e Motiva. Isso inclui dois braços de peso:
Aegea Saneamento — líder no setor privado de água e esgoto, com R$ 45 bilhões previstos em investimento até 2033, atendendo 33 milhões de pessoas em 766 cidades.
EPR Rodovias — joint venture com a gestora Perfin, já acumulou quase R$ 38 bilhões em investimentos contratados desde 2022, incluindo concessões federais como a BR-040 e diversos trechos em Minas Gerais e no Paraná.
No 1T25, a EPR reverteu prejuízo do ano anterior, reportando lucro líquido de R$ 65,9 milhões, receita de R$ 1,02 bilhão (alta de 78%), e EBITDA ajustado de R$ 594 milhões, com margem de 58,3%. A alavancagem ficou em 3,5×.
Já a Aegea, no 2T25, teve lucro de R$ 295,5 milhões, crescimento de receita operacional líquida em 26,4%, alcançando R$ 1,86 bilhão, e EBITDA ajustado de R$ 1,03 bilhão, com margem de 55,5%. Alavancagem de 3,9×.
A Equipav também reforçou seu caixa com emissão de debêntures: R$ 1,2 bilhão em 2024, além de uma captação anterior de R$ 1 bilhão. Com isso, elevou sua posição de liquidez para R$ 1,6 bilhão.
Destaque | Detalhe |
---|---|
Obras em curso | + de R$ 80 bilhões em projetos nas áreas de saneamento e rodovias |
Saneamento coberto | Aegea atende 33 milhões em 766 cidades, com R$ 45 bi previstos |
Conexões rodoviárias | EPR contratou R$ 38 bi, incluindo importantes trechos nas rodovias federais |
Finanças saudáveis | Aegea e EPR reportaram forte EBITDA no 1T e 2T de 2025 |
Liquidez reforçada | R$ 2,2 bi captados em debêntures; caixa chega a R$ 1,6 bi |
Plataforma de infraestrutura com peso real
Equipav deixou de ser conhecida apenas por insiders. Hoje comanda Aegea e EPR, duas forças centrais nos setores de saneamento e rodovias, formando uma das maiores posições privadas em infraestrutura do país.
Performance robusta em crescimento
Os resultados do primeiro semestre de 2025 mostram como ambas as empresas operam com eficiência e escala — crescimento expressivo de receita, EBITDA sólido e capacidade de gerar lucro mesmo em cenário de investimento pesado.
Resiliência financeira para os próximos anos
A captação estratégica de mais de R$ 2 bilhões em debêntures reforçou o caixa e preparou o grupo para as oportunidades previstas em leilões, especialmente com o esperado salto de investimentos privados no setor de infraestrutura até 2026.
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