Gestão do Ativo Imobilizado

Laudo de avaliação para fins de seguro – determinação do valor em risco

O laudo de avaliação para fins de seguro é um documento técnico elaborado por profissionais especializados com o objetivo de determinar os valores corretos dos bens segurados. Ele fornece os dados necessários para estabelecer limites indenizáveis, franquias e o valor justo do prêmio do seguro.

Esse tipo de laudo é fundamental para evitar tanto a subavaliação quanto a superavaliação dos ativos, dois cenários que podem gerar prejuízos relevantes para as empresas.

Por que é importante realizar uma avaliação para fins de seguro?

Com o passar dos anos, ativos industriais, comerciais e imobiliários sofrem mudanças significativas. Inovações tecnológicas, investimentos em modernização e transformações nos mercados tornam os bens empresariais altamente dinâmicos.

Esse cenário exige que as empresas façam a revisão periódica do valor dos bens segurados, evitando que os contratos de seguro fiquem defasados. Uma apólice baseada em valores desatualizados pode resultar em:

• Cláusula de rateio: Quando o valor do bem segurado é inferior ao valor real, a seguradora pode pagar apenas parte da indenização proporcionalmente.
• Superavaliação: Quando os bens estão superestimados, o segurado paga um prêmio maior do que o necessário.

Assim, o laudo de avaliação para fins de seguro é uma ferramenta essencial para garantir a correta formatação das apólices e proteger o patrimônio da empresa de forma eficiente e econômica.

• Dica! Leia também: Estudo de vocação imobiliária: como descobrir o potencial de investimento de um terreno.

Principais objetivos da avaliação para fins de seguro:

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, o laudo de avaliação para fins de seguro tem como objetivo estabelecer valores como:

• Custo de reposição/reprodução novo: “É o custo de repor ou substituir um bem por outro novo, com as mesmas características, utilidade e capacidade operacional semelhante. ”
• Custo de reedição (valor atual): “É definido pelo custo de reposição novo menos a depreciação física decorrente do desgaste relativo ao uso, idade, quebra ou quaisquer agentes externos, além da obsolescência tecnológica.”
• Valor máximo para seguro: “É igual ao custo de reprodução/reposição novo, quando a depreciação física do bem for inferior a 50%, ou, igual ao dobro do valor de reedição/valor atual quando a depreciação física do bem for superior ou igual a 50%. ”
• Valor do dano elétrico: “É o valor do dano máximo possível que um bem poderá sofrer na sua parte elétrica. Esse valor varia para cada tipo de equipamento, em função de suas características construtivas, utilidades e quantidade de componentes e agregados eletroeletrônicos. ”

Qual a base normativa para o laudo de avaliação de seguros?

A elaboração do laudo deve seguir os critérios técnicos estabelecidos pela ABNT NBR 14653, norma brasileira que regulamenta as avaliações de bens.

A norma trata de métodos, definições e práticas adotadas para garantir consistência técnica e credibilidade nas avaliações.

Somente uma empresa especializada em engenharia de avaliações deve elaborar esse tipo de documento. A adoção da NBR 14653 garante que os valores definidos sejam coerentes, auditáveis e aceitos por seguradoras, bancos e órgãos reguladores.

O que o laudo para fins de seguro avalia?

O laudo considera diversos fatores e define uma série de valores, entre eles:

1. Custo de Reposição ou Reprodução Novo

É o valor necessário para repor o bem por outro novo, com as mesmas características, funcionalidade e capacidade operacional. É a base mais comum para seguros patrimoniais.

2. Custo de Reedição (Valor Atual)

Corresponde ao custo de reposição novo, deduzida a **depreciação física** e a obsolescência tecnológica. Reflete o valor real de mercado do bem em seu estado atual.

3. Valor Máximo para Seguro

Segundo a norma, esse valor corresponde:

• Ao custo de reposição novo, caso a depreciação física do bem seja inferior a 50%.
• Ao dobro do valor atual (valor de reedição), se a depreciação física for igual ou superior a 50%.

4. Valor do Dano Elétrico

Refere-se ao valor máximo do possível dano em equipamentos com componentes elétricos ou eletrônicos. Esse valor varia conforme o tipo de equipamento, complexidade e nível de automação.

Quais informações o laudo de avaliação para fins de seguro deve conter?

Um laudo técnico completo precisa conter informações detalhadas que permitam o correto enquadramento do seguro. Abaixo estão os principais dados que compõem esse tipo de avaliação:

Informações Gerais

• Identificação da empresa avaliada;
• Localização da unidade (endereço completo);
• Finalidade do laudo (fins de seguro);
• Referência às normas técnicas adotadas;
• Metodologia de avaliação utilizada.

Caracterização dos Bens Avaliados

• Relação de bens com número de patrimônio (quando aplicável);
• Localização por planta ou área;
• Descrição técnica dos ativos;
• Estado de conservação;
• Nível de obsolescência tecnológica;
• Informações de procedência, fabricante, ano de fabricação e modelo;
• Capacidade produtiva ou operacional.

Valores Apurados

• Valor de reposição/reprodução novo;
• Fatores de depreciação física, funcional e tecnológica;
• Valor de reedição (valor atual);
• Valor máximo para seguro;
• Valor de dano elétrico;
• Percentual de bens importados;
• Tabelas de preços de mercado;
• Justificativas técnicas para os valores adotados.

Anexos Complementares

• Fotografias dos ativos;
• Planta do imóvel fornecida pelo cliente;
• Fontes de consulta e referências bibliográficas.

Diferença entre avaliação contábil e avaliação para fins de seguro

É muito comum confundir o valor contábil com o valor segurável de um bem. Contudo, são conceitos distintos:

• O valor contábil é baseado no custo de aquisição, ajustado por depreciações e reavaliações conforme os critérios contábeis (CPCs).
• O valor de seguro reflete a reposição do bem em caso de sinistro, considerando os preços atuais de mercado, não necessariamente vinculados à contabilidade.

Por isso, empresas que utilizam apenas os registros contábeis para compor suas apólices correm riscos de sub ou supervalorização.

Quem pode elaborar o laudo para fins de seguro?

A avaliação para seguros deve ser realizada por uma empresa ou profissional especializado em engenharia de avaliações, com formação técnica e experiência comprovada.

A assinatura de um engenheiro habilitado no CREA ou CAU, dependendo do tipo de bem avaliado, é obrigatória. Além disso, a credibilidade da empresa responsável pela avaliação é um diferencial, especialmente quando o laudo será apresentado a seguradoras ou instituições financeiras.

O Grupo Investor é especializado na elaboração de laudos de avaliação para fins de seguro, oferecendo soluções técnicas completas, precisas e em conformidade com a norma NBR 14.653 da ABNT. Com mais de 14 anos de atuação no mercado e presença em todo o território nacional, acumulamos experiência em avaliações de bens móveis, imóveis e complexos industriais para diferentes setores da economia.

Nossa equipe multidisciplinar é composta por engenheiros avaliadores, economistas e especialistas em gestão patrimonial, preparados para realizar análises aprofundadas que garantem apólices de seguro coerentes com a realidade dos ativos segurados. Ao contratar o Grupo Investor, você e sua companhia terão acesso a um laudo técnico robusto, que inclui informações como valor de reposição, valor atual depreciado, valor máximo para seguro e danos elétricos, além de documentação fotográfica e planta física.

Essa abordagem assegura não apenas a proteção do patrimônio, mas também a otimização dos custos com seguros e a prevenção de cláusulas como o rateio.

Quais tipos de bens podem ser avaliados para fins de seguro?

O laudo pode ser aplicado a diferentes categorias de bens:

Bens Móveis

• Máquinas e equipamentos industriais;
• Equipamentos médicos e hospitalares;
• Mobiliário corporativo;
• Equipamentos de informática e tecnologia;
• Veículos e frotas operacionais.

Bens Imóveis

• Prédios comerciais, industriais e residenciais;
• Centros de distribuição;
• Galpões logísticos;
• Complexos industriais;
• Estabelecimentos rurais.

Avaliação de bens móveis: informações específicas

Para a avaliação de bens móveis, é fundamental informar:

• Tipo, modelo e dimensões;
• Procedência e fabricante;
• Capacidade produtiva;
• Sistema elétrico;
• Operacionalidade individual;
• Condições de uso;
• Atualidade ou obsolescência tecnológica;
• Requisitos de instalação e operação.

Esses dados são essenciais para calcular com precisão o valor de reposição e o valor atual dos bens.

Avaliação de bens imóveis: informações específicas

No caso de bens imóveis, o laudo deve conter:

• Caracterização estrutural (materiais e acabamentos);
• Sistemas elétrico, hidráulico, sanitário e de climatização;
• Estado de conservação;
• Determinação da área de risco;
• Alterações em relação à planta original;
• Idade do imóvel;
• Potenciais vulnerabilidades ao sinistro.

Essas informações são fundamentais para definir o valor adequado de cobertura e garantir que o bem esteja protegido contra riscos patrimoniais.

Quando deve ser feita a avaliação para fins de seguro?

O ideal é que a avaliação seja feita:

• No momento da contratação do seguro;
• Em renovações anuais das apólices;
• Após grandes reformas, expansões ou investimentos;
• Em processos de fusão, aquisição ou reestruturação;
• Quando houver mudanças significativas no mercado de ativos (inflação, escassez de equipamentos, etc.).

A periodicidade ideal da reavaliação é anual, especialmente para ativos de alta rotatividade ou tecnologia sensível.

Benefícios do laudo técnico para seguro

Investir em um laudo de avaliação bem estruturado oferece diversas vantagens:

• Definição correta do valor segurado
• Redução do custo do seguro
• Evita aplicação de cláusula de rateio
• Maior poder de negociação com seguradoras
• Reconhecimento do valor real dos ativos
• Atende às exigências de órgãos reguladores e auditorias
• Gera segurança jurídica em caso de sinistros
• Suporte para o gerenciamento de riscos patrimoniais

Laudo de avaliação para seguro: quando a empresa precisa?

Empresas de todos os portes e setores devem considerar esse laudo, especialmente:

• Indústrias com maquinário de alto valor;
• Operadores logísticos e centros de distribuição;
• Hospitais e clínicas com equipamentos sensíveis;
• Agronegócio com estruturas físicas e maquinários complexos;
• Instituições de ensino e pesquisa;
• Empresas com múltiplas filiais e inventários descentralizados.

A importância do gerenciamento de riscos

O laudo técnico é uma das ferramentas mais eficazes dentro da gestão de riscos patrimoniais. Ele fornece uma visão precisa dos valores envolvidos e ajuda o Gerente de Riscos a estruturar contratos de seguro adequados.

Além disso, ele permite a criação de políticas internas de manutenção, reavaliação e investimentos em ativos.

Conclusão

O laudo de avaliação para fins de seguro é mais do que uma exigência técnica: é uma medida estratégica para proteger o patrimônio da empresa. Quando bem elaborado, ele evita prejuízos financeiros, garante a correta cobertura de apólices e contribui para a transparência na relação com seguradoras e investidores.

Empresas que investem em avaliações periódicas, bem fundamentadas e alinhadas à NBR 14653 demonstram maturidade na gestão de ativos e fortalecem sua posição no mercado.

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