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O grupo St Marche, uma rede varejista, está se preparando para protocolar um plano de recuperação extrajudicial em abril, com o objetivo de reestruturar sua dívida de aproximadamente R$ 640 milhões com credores financeiros. O processo ocorrerá antes do vencimento do período de 60 dias de proteção, durante o qual a execução das dívidas e o vencimento antecipado são suspensos.
A recuperação se concentrará na dívida das duas principais entidades do grupo: a Hortus, que controla a rede de supermercados, e a holding STM Participações. A dívida da Hortus, que soma R$ 363 milhões, inclui R$ 200 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), distribuídos entre cerca de 3 mil investidores pessoas físicas. Embora o grupo ainda não tenha conseguido aprovar um plano de recuperação com esses credores, ele tem o quorum necessário para protocolá-lo sem precisar do apoio deles.
Além disso, o St Marche está em conversas com o BTG Pactual, principal credor da holding com uma dívida de R$ 276 milhões. Esse montante é relacionado a investimentos em debêntures garantidas pelas ações da holding e da Hortus. A negociação também envolve o fundo L Catterton, que detém 70% da companhia, com o objetivo de obter um empréstimo DIP (debtor-in-possession) para liquidar as dívidas pendentes com fornecedores e para reabastecer os estoques. Em fevereiro, o grupo tinha R$ 42 milhões em dívidas com fornecedores e, para evitar a execução dessas dívidas, protocolou um pedido cautelar. A recuperação financeira deve envolver alongamento dos prazos de pagamento, com possibilidade de redução de valores devidos (haircut), mas esses detalhes ainda estão sendo discutidos.
Simultaneamente, o St Marche segue em busca de um comprador. O processo de venda está sendo conduzido pela Vinci Partners, e a empresa já iniciou conversas com uma rede de supermercados premium do Sul do Brasil. No entanto, um acordo de venda não será fechado antes de a empresa formalizar o pedido de recuperação extrajudicial.
Apesar dos desafios, o St Marche apresenta números positivos. Nos primeiros nove meses de 2024, o grupo registrou um faturamento de R$ 971 milhões, o que representa um crescimento de 8,9% em comparação com o mesmo período de 2023. O Ebitda também aumentou 19,6%, somando R$ 103 milhões. Para a execução do plano de recuperação, o St Marche conta com o apoio da FTI Consulting e do escritório de advocacia TWK. Até o momento, o grupo não fez comentários sobre o assunto.
Dívida de R$ 640 milhões: O grupo busca reestruturar uma dívida significativa com credores financeiros, incluindo uma parte substancial de R$ 200 milhões em CRAs, que afeta 3 mil investidores pessoas físicas.
Negociação com BTG e L Catterton: A empresa negocia com o BTG, principal credor da holding, para reestruturar a dívida de R$ 276 milhões. Ao mesmo tempo, busca um empréstimo DIP com o fundo L Catterton para resolver pendências com fornecedores e reabastecer os estoques.
Busca por comprador e recuperação: O St Marche está negociando sua venda, com a Vinci Partners liderando o processo. No entanto, qualquer negociação só será concluída após a formalização do plano de recuperação extrajudicial da empresa.
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Ricardo Faria, empresário brasileiro, anunciou a aquisição da Hillandale Farms, uma das maiores fornecedoras de ovos dos Estados Unidos, por US$ 1,1 bilhão. A compra foi realizada por meio da sua holding Global Eggs, com sede em Luxemburgo. Faria destacou o alto consumo de ovos nos Estados Unidos, um mercado em crescimento.
A Hillandale, fundada em 1958 por Orland Bethel, está localizada em Gettysburg, na Pensilvânia. O vice-presidente da empresa, Gregory Cessna, afirmou que a negociação foi concluída porque Faria pretende sustentar e expandir o negócio.
A Global Eggs, criada no ano passado, já opera no Brasil por meio da Granja Faria e iniciou sua expansão internacional em novembro, com a compra do Grupo Hevo, na Espanha, por 120 milhões de euros. Além disso, a Granja Faria planeja um IPO em Nova York.
Na transação, o BTG Pactual investirá US$ 300 milhões na holding Global Eggs, em troca de uma participação de 11%. Rabobank e BTG atuaram como consultores da compra, enquanto a Hillandale foi assessorada pela Houlihan Lokey.
Aquisição da Hillandale Farms por US$ 1,1 bilhão: A compra de uma das maiores fornecedoras de ovos dos EUA é uma parte importante da expansão internacional da Global Eggs.
Investimento do BTG Pactual: O BTG Pactual investirá US$ 300 milhões na Global Eggs em troca de 11% de participação acionária.
Expansão internacional e IPO planejado: A Global Eggs já começou sua internacionalização com a compra de uma empresa na Espanha e está planejando um IPO em Nova York.
A CVC obteve seu maior lucro desde 2018, com um resultado positivo de R$ 8,5 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 15,4 milhões registrado no mesmo período de 2023. A expectativa do mercado era de um prejuízo de R$ 20 milhões. No ano, a empresa alcançou um lucro de R$ 53,8 milhões, após um prejuízo de R$ 238,3 milhões em 2023.
O EBITDA da companhia foi de R$ 82,6 milhões, um aumento de 52% em relação ao ano anterior. Excluindo os efeitos cambiais, o EBITDA ajustado cresceu 25,1%, alcançando R$ 108,1 milhões.
A receita líquida do quarto trimestre somou R$ 366 milhões, um crescimento de 4% em comparação com o mesmo período de 2023, superando a previsão de R$ 354 milhões. No acumulado de 12 meses, a receita foi de R$ 1,3 bilhão, com alta de 3,8%.
Esses resultados são frutos da reestruturação iniciada em 2023, quando Fábio Godinho assumiu a liderança da empresa. A CVC voltou a apostar em produtos exclusivos, com a participação desses itens no faturamento saltando de quase zero para 23,3% em dois anos. Além disso, a empresa retomou a abertura de lojas, com 301 novas unidades em 2024, principalmente no interior do Brasil e na Argentina, encerrando o ano com 1.492 lojas.
A CVC também tem investido no modelo “figital”, combinando a experiência online com a assistência física em suas lojas. Em 2024, esse modelo passou de 11% para 39% das vendas da empresa. Embora a companhia tenha fechado a operação na Argentina e enfrentado desafios no mercado B2B, Godinho acredita que 2025 será um ano de crescimento mais acelerado.
Apesar de um aumento de 55% no valor de suas ações em 2024, a empresa ainda apresenta queda de 28% no acumulado dos últimos 12 meses, com seu valor de mercado na B3 de R$ 1,2 bilhão.
Lucro de R$ 8,5 milhões no 4º trimestre: A CVC reverteu prejuízo e alcançou seu maior lucro desde 2018, superando expectativas de mercado.
Crescimento da receita e EBITDA: A empresa registrou uma receita líquida de R$ 366 milhões no quarto trimestre e um EBITDA ajustado de R$ 108,1 milhões, com alta significativa em relação ao ano passado.
Expansão e modelo “figital”: A CVC abriu 301 lojas em 2024, principalmente no interior, e expandiu o modelo de vendas “figital”, que combina a experiência online com suporte físico em suas unidades.
Após um prejuízo de R$ 8,9 bilhões em 2024, a Natura anuncia uma reestruturação que marca o fim de sua estratégia de expansão global iniciada com a compra da Avon em 2019. A companhia vai extinguir sua holding não operacional, a Natura &Co, e transformar a Natura Cosméticos na holding operacional do grupo, incorporando a Natura & Co. A mudança será votada em assembleia em 25 de abril, e depende da autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a listagem no Novo Mercado da B3.
Além da reorganização, a empresa passará por uma mudança de liderança. João Paulo Ferreira, CEO da Natura Cosméticos, assumirá o comando geral do grupo, e Fábio Barbosa, que estava à frente da companhia, passará a presidir o Conselho de Administração. Guilherme Castellan deixará o cargo de CFO, e Silvia Vilas Boas assumirá a área financeira da companhia.
Essa reestruturação é vista como uma tentativa de recuperar a lucratividade da empresa, que vendeu a Aesop e a The Body Shop em 2023. A Natura também negocia a venda das operações internacionais da Avon fora da América Latina com o fundo IG4.
A reorganização é parte do esforço para “destravar valor” para os acionistas e retomar o crescimento local após a queda significativa no valor de mercado da empresa, que agora está em US$ 2,3 bilhões, muito abaixo do pico registrado após a aquisição da Avon.
Mudança estrutural significativa: A Natura Cosméticos se tornará a holding operacional, incorporando a Natura &Co, e a reestruturação será aprovada em assembleia em abril.
Nova liderança executiva: João Paulo Ferreira assumirá o comando geral, e Fábio Barbosa passará a presidir o Conselho, com novas mudanças na equipe financeira e no Conselho de Administração.
Vendas de ativos e reavaliação do modelo global: A Natura vendeu a Aesop e a The Body Shop e negocia a venda das operações internacionais da Avon, avaliando também outras opções, como parcerias ou spin-offs.
A Alper Seguros, controlada pelo fundo Warburg Pincus, comprou a corretora mato-grossense Reolon, reforçando sua atuação no agronegócio do Centro-Oeste. A transação, assessorada pela Corporate Finance International, não teve o valor divulgado, mas adiciona R$ 76 milhões em prêmios à carteira de R$ 5 bilhões da Alper.
Fundada em 1997, a Reolon oferece seguros para produtores de soja, milho e algodão. A aquisição é estratégica para a Alper, que vê a presença da Reolon em um estado chave para o setor agrícola como fundamental para o crescimento. O CEO da Reolon, Felipe Reolon, e sua equipe se juntarão à Alper, com a integração prevista para ser concluída em seis meses. A sede da Reolon, em Lucas do Rio Verde, será o 28º escritório da Alper no Brasil.
Esta é a terceira compra da Alper em 2024, após a aquisição da corretora Ducais e da Humani. A empresa planeja realizar até 10 aquisições até o final do ano, com um caixa de R$ 400 milhões disponível para M&As. A compra da Alper foi concluída em 2023 por R$ 851 milhões, quando a companhia foi deslistada da B3.
Aquisição da Reolon: A Alper comprou a corretora Reolon, expandindo sua presença no agronegócio do Centro-Oeste, com foco em seguros para o setor agrícola.
Crescimento agressivo com aquisições: Esta é a terceira compra da Alper em 2024, e a empresa planeja realizar até 10 aquisições até o fim do ano, com R$ 400 milhões disponíveis para novas transações.
Integração e expansão: A Reolon se junta à Alper, com a equipe da corretora integrando a empresa e o novo escritório em Lucas do Rio Verde ampliando a rede de unidades da Alper para 28 no Brasil.
A ArcelorMittal Brasil adquiriu 100% da Tuper S/A, uma das maiores processadoras de aço da América Latina, localizada em São Bento do Sul. Com essa compra, a gigante do setor siderúrgico fortalece sua atuação em segmentos estratégicos e aumenta sua capacidade de produção no mercado.
A parceria entre as duas empresas começou em 2016, quando a ArcelorMittal adquiriu 40% da Tuper. Agora, com a aquisição dos 60% restantes, a Tuper se torna uma subsidiária integral. O acordo foi submetido ao CADE e deve ser aprovado entre março e maio.
A Tuper, com 54 anos de história, é especializada na fabricação de tubos de aço carbono, peças automotivas, telhas, andaimes e outros componentes. A empresa tem capacidade de produzir 826 mil toneladas de aço por ano e emprega cerca de 1.800 pessoas.
Aquisição integral da Tuper: A ArcelorMittal comprou os 60% restantes da Tuper, que agora é sua subsidiária integral.
Fortalecimento no mercado de aço: Com a compra, a ArcelorMittal amplia sua presença em segmentos chave, como tubos de aço e peças automotivas.
Capacidade de produção: A Tuper possui uma capacidade produtiva de 826 mil toneladas de aço por ano e emprega 1.800 pessoas.
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