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Finanças corporativas

Oferta bilionária da Gafisa, fusão entre Localiza e Locamerica – 08/07/2025

Índice

Nova rodada de captação: Gafisa mira reforço de caixa com oferta de ações

A Gafisa anunciou que fará uma nova oferta subsequente de ações (follow-on), com possibilidade de movimentar até R$ 1,076 bilhão. A operação será primária, ou seja, com recursos entrando diretamente no caixa da companhia, e poderá ter lote adicional de até 80% das ações iniciais. O preço por ação será fixado no dia 17 de julho, e a liquidação deve ocorrer até o dia 22 do mesmo mês.

A construtora vai usar os recursos para reforçar o caixa, pagar dívidas e investir em projetos imobiliários tanto próprios quanto via parcerias. A oferta será coordenada por BTG Pactual, Bradesco BBI e Genial Investimentos.

Essa movimentação vem em um momento de tentativa de reestruturação e ganho de fôlego financeiro, após a empresa acumular desafios nos últimos anos.

Valor potencial da oferta:
Pode chegar a R$ 1,076 bilhão, com possibilidade de lote adicional (80% extra).

Objetivo da captação:
Reforço de caixa, pagamento de dívidas e novos investimentos no setor imobiliário.

Coordenação da oferta:
BTG Pactual, Bradesco BBI e Genial Investimentos estão à frente da operação.

Fusão sob rédea curta: empresas recuam e adiam operações de M&A

Durante o segundo trimestre de 2025, houve uma queda acentuada no número de fusões e aquisições globais — o menor patamar em dez anos fora dos lockdowns da Covid‑19 — refletindo um ambiente de maior cautela nos encontros estratégicos. A operação total registrada foi de aproximadamente 10.900 acordos, comparado aos 10.600 do segundo trimestre de 2022, marcando o nível mais baixo desde 2015 .

O cenário geopolítico instável — com tarifas dos EUA e conflitos no Oriente Médio despertou receios em salas de reunião ao redor do mundo . Apesar da queda na quantidade de operações, o valor total transacionado se manteve firme em cerca de US$ 969 bilhões (~R$ 5,2 trilhões), apoiado por alguns mega‑acordos:

  • 35 bi: compra da Charter pela Cox.

  • 33 bi: privatização de subsidiária da Toyota.

  • 24 bi: aquisição da Santos por consórcio liderado pela Abu Dhabi National Oil Company.

Queda drástica no número de negócios
Operações M&A chegaram ao menor nível em uma década (10.900), apenas superado pelos meses de lockdown da Covid‑19.

Valor total estável, bancado por mega‑acordos
Transações atingiram quase US$ 969 bilhões, graças a grandes fusões acima de US$ 10 bilhões.

Clima de cautela por fatores externos
Tarifas dos EUA e conflitos internacionais mantêm empresas na defensiva, buscando negócios mais robustos e bem estruturados.

Minas dobra fusões em tech e internet no 1º trimestre

O levantamento da KPMG mostra que, no 1º trimestre de 2025, 37 fusões e aquisições foram registradas em Minas Gerais — um aumento de 105,5% em relação aos 18 negócios do mesmo período de 2024 . Destes, 9 envolveram empresas de TI e outras 9 companhias de internet, refletindo a forte transformação digital no estado.

Em contraste, o cenário nacional apresentou uma leve retração, com 330 M&A no Brasil no trimestre, queda de 6% em relação às 350 operações do ano anterior. No plano local, 28 das transações foram nacionais e 9 envolveram capital estrangeiro.

O sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra, explica que os fundos de investimento aproveitaram o aquecimento das startups no início do ano para realizar aquisições estratégicas, sobretudo em TI e internet, com foco em automação, eficiência e redução de custos. No entanto, desafios como a alta taxa de juros (15% a.a.) e tensões geopolíticas continuam exigindo cuidado nas análises e financiamentos.

  1. 37 operações no 1º trimestre – aumento de 105,5%, impulsionadas pelos setores de tecnologia e internet;

  2. Alta de TI e internet – 9 fusões em cada setor, refletindo a transformação digital local;

  3. Cenário de cautela – juros elevados e tensões internacionais desafiam financiamentos, mas fundos seguem ativos nas aquisições.

Por que dobraram as fusões?
O movimento foi impulsionado por rodadas de investimento em startups, que abriram espaço para fundos comprarem empresas de tecnologia e internet.

Qual o impacto da taxa de juros?
Com os juros em 15% ao ano, financiar operações é mais caro, forçando os investidores a depender mais de recursos próprios e análise rigorosa.

Como as tensões globais afetam isso?
Conflitos internacionais e guerras comerciais elevam a percepção de risco, obrigando empresas e fundos a serem mais meticulosos antes de fechar negócios.

Nova fase para a Localiza: Prope assume completamente a Locamerica

A Localiza Prope, braço de gestão de investimentos do grupo, anunciou a total incorporação de sua controlada Locamerica. Com a operação, a Prope absorve todo o capital da subsidiária, simplificando a estrutura e promovendo ganhos em eficiência administrativa. A intenção é alinhar estratégias, reduzir custos e preparar o terreno para futuros projetos de mobilidade.

  • Objetivo da fusão: integrar totalmente a Locamerica à Prope, promovendo racionalização, sinergias e economia de escala.

  • Impacto previsto: redução de encargos operacionais e estrutura gerencial mais enxuta.

  • Visão estratégica: fortalecer a atuação do grupo no setor de mobilidade, preparando-se para expansões ou inovações futuras.

Por que incorporar a controlada?
Unificar duas estruturas do mesmo grupo ajuda a cortar custos duplicados (como setores de finanças, RH e TI) e otimizar processos.

O que muda na prática?
A Locamerica deixa de existir como entidade separada — agora toda sua operação e patrimônio estão sob o guarda-chuva da Prope.

Qual o ganho estratégico?
Com a estrutura mais leve, o grupo fica mais ágil para lançar novos produtos, expandir serviços ou entrar em parcerias.

Totvs amplia presença em seguros: Dimensa finaliza aquisição da Agger por R$ 260 milhões

A Dimensa — joint venture da Totvs com a B3 — concluiu a compra de 100% da Agger, uma plataforma de software especializada no setor de seguros, por R$ 260 milhões. A operação já cumpriu todas as condições pendentes e pode sofrer eventuais ajustes típicos de mercado. A companhia contava com cerca de 150 funcionários e registrou R$ 60 milhões de receita recorrente anualizada no 1º trimestre de 2023, com crescimento médio de 38% ao ano entre 2020 e 2024.

A aquisição segue a estratégia de expansão da Dimensa via fusões e aquisições, aproveitando sinergias com a Quiver, adquirida em 2024. A integração das duas plataformas deve reforçar produtos para o setor de seguros e instituições financeiras.

 Pontos principais

  1. Valor da aquisição:

R$ 260 milhões para controle total da Agger.

Receita anualizada da Agger: R$ 60 milhões (1T23); crescimento de 38% a.a. (2020–2024).

  1. Estratégia da Dimensa:

Crescimento via M&A; complementar à Quiver; foco no setor de seguros e financeiro.

  1. Sinergia esperada:

Integração de plataformas amplia oferta para seguradoras e bancos, promovendo inovação e eficiência .

Por que comprar a Agger?
Para acelerar a entrada no mercado de seguros, usando a base já existente e o crescimento acelerado da empresa.

Qual o valor real para a Totvs?
Além de aumentar receita, a operação torna as soluções da Dimensa mais atraentes para grandes clientes do setor financeiro.

O que vem pela frente?
A expectativa é que a união entre Agger e Quiver ajude na criação de produtos mais robustos para bancos e seguradoras.

FCamara fecha segundo M&A no mês e reforça defesa digital com compra da Dfense

A FCamara, empresa brasileira de tecnologia e inovação, adquiriu 100% da Dfense, especialista em soluções de cibersegurança. A transação, realizada via troca de ações (sem valores divulgados), faz parte de uma estratégia maior que prevê investimento de pelo menos R$ 30 milhões na área de segurança digital nos próximos anos com expectativa de faturar R$ 100 milhões ainda em 2025 e R$ 200 milhões até 2027, sendo 20% desse montante gerado por clientes internacionais.

Essa é a 11ª aquisição da companhia desde 2022, acumulando mais de R$ 100 milhões em investimentos via M&A nos últimos seis meses — a mais recente incluiu o negócio com a Avanti, do setor de e‑commerce, por R$ 20 milhões para 60% da empresa.

A Dfense oferece serviços como SOC, pentest e MSS, atendendo clientes de segmentos como financeiro, varejo, logística e indústria. A união reforça a capacidade da FCamara de oferecer soluções completas em segurança digital no Brasil e no exterior.

Principais destaques

  • Aquisição completa da Dfense: 100% do controle, adquirida via troca de ações, com investimento de R$ 30 milhões previsto na vertical de cibersegurança.

  • Faturamento projetado: R$ 100 milhões em 2025 e R$ 200 milhões em 2027, com 20% vindo de clientes internacionais.

  • Estratégia de M&A acelerada: 11 compras desde 2022 e mais de R$ 100 milhões investidos nos últimos seis meses, incluindo R$ 20 milhões pela Avanti.

Por que adquirir a Dfense?
Para fortalecer o portfólio de segurança e atender à crescente demanda por proteção digital, diante do avanço dos ciberataques no Brasil.

Qual é o potencial financeiro desta vertical?
Projeta-se que a área de segurança digital movimente R$ 100 milhões já neste ano, com potencial de dobrar até 2027, atingindo mercado internacional.

Como isso se encaixa na estratégia maior da FCamara?
Faz parte de uma série de aquisições (11 desde 2022) que visam construir um ecossistema robusto, ampliando ofertas e consolidando presença em setores estratégicos.

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