Méliuz aposta US$ 4,1 milhões em Bitcoin e cria comitê estratégico

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Méliuz aposta US$ 4,1 milhões em Bitcoin – 11/03/2025

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Méliuz aposta US$ 4,1 milhões em Bitcoin e cria comitê estratégico

Méliuz aposta US$ 4,1 milhões em Bitcoin e cria comitê estratégico

A Méliuz anunciou a compra de 10% de seu caixa em bitcoin, equivalente a US$ 4,1 milhões, o que resultou na aquisição de 45,72 bitcoins, a um preço médio de US$ 90.296 por unidade. Com essa decisão, a empresa se torna a primeira do Brasil a realizar um investimento dessa magnitude em criptomoedas. 

Essa estratégia foi inspirada no movimento adotado pela Microstrategy, uma empresa americana de software que, desde 2020, vem investindo uma parte significativa de seu caixa em bitcoin, com o objetivo de preservar o valor de seu capital a longo prazo. A escolha do bitcoin se baseia na ideia de que a criptomoeda é uma “reserva de valor” mais inteligente e estável frente à desvalorização das moedas tradicionais e políticas de expansionismo monetário. 

Além de adquirir os bitcoins, a Méliuz também criou um “comitê estratégico de bitcoin”, responsável por avaliar a viabilidade de aumentar ainda mais esse investimento. Esse comitê terá o papel de operacionalizar a compra de novos bitcoins e criar diretrizes e governança específicas para o uso dessa criptomoeda dentro da empresa. A previsão é que um estudo preliminar sobre essa estratégia seja divulgado em até 60 dias. 

Israel Salmen, presidente da Méliuz, afirmou que a decisão foi tomada após uma análise cuidadosa do cenário econômico. Para ele, a empresa via no bitcoin uma alternativa inteligente de aplicação para o caixa da companhia, além de buscar diversificar o risco de depender apenas de investimentos em renda fixa. Ele destacou que a valorização do bitcoin nos últimos 10 anos, com um crescimento de 77% ao ano em dólares, foi um fator chave para a escolha do ativo. 

Além disso, Israel reconheceu que, embora o investimento em bitcoin traga riscos, a empresa sempre esteve disposta a assumir certos riscos, como desde a sua fundação, em 2011. Ele também comparou o risco de manter reservas em dinheiro, que podem ser desvalorizadas por políticas públicas de alta emissão monetária, com o risco de investir em um ativo com um limite de oferta e grande valorização como o bitcoin. 

Essa estratégia vem em um momento crítico para a empresa, cujas ações sofreram uma queda significativa de relevância no mercado. No auge da empresa, em 2021, a Méliuz alcançou um valor de mercado de quase R$ 6 bilhões e uma média de R$ 250 milhões em negociações diárias de suas ações. Atualmente, a companhia está avaliada em R$ 270 milhões, com as ações movimentando apenas R$ 4 milhões por dia. Israel lamentou essa falta de atenção dos investidores e a perda de cobertura de grandes bancos, o que motivou a busca por novas formas de atrair a atenção do mercado. 

Por fim, ele reforçou que, embora muitas pessoas considerem o bitcoin um ativo de alto risco, o verdadeiro risco está em manter as reservas de caixa em dinheiro, um ativo sujeito a desvalorização devido à alta inflação e expansão monetária. Para ele, o bitcoin, com sua escassez e valorização, se apresenta como uma alternativa mais segura e inteligente para preservar o valor da empresa a longo prazo. 

Resumo da operação: 

Estratégia inspirada na Microstrategy: A decisão foi baseada na estratégia bem-sucedida da Microstrategy, que também investiu pesado em bitcoin e viu sua valorização crescer consideravelmente. 

Comitê estratégico de bitcoin: A empresa criou um comitê para avaliar a expansão dessa estratégia e operacionalizar novas compras de bitcoin, com previsão de divulgação de um estudo preliminar em até 60 dias. 

Visibilidade no mercado e impacto das ações: As ações da empresa perderam relevância no mercado, com a Méliuz passando de um valor de mercado de quase R$ 6 bilhões para R$ 270 milhões. Esse movimento é uma tentativa de reverter esse cenário e atrair novos investidores. 

 

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Aramco avalia comprar Castrol por até US$ 10 bilhões

Aramco avalia comprar Castrol por até US$ 10 bilhões

A Saudi Aramco, maior petroleira do mundo, está avaliando a aquisição da Castrol, marca de lubrificantes da BP, em meio a um processo de reestruturação da empresa britânica. A Aramco está considerando uma oferta entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões pelos ativos de lubrificantes da Castrol, que fazem parte de um movimento da BP para revisar e otimizar seu portfólio de ativos. O interesse da Aramco reflete sua estratégia de ampliar sua presença no setor de lubrificantes e, especialmente, de fortalecer seus negócios na Ásia, com foco em mercados como China, Índia e Sudeste Asiático, que estão em crescimento. 

A Aramco tem se concentrado na expansão de suas operações além do petróleo bruto. Em 2023, a companhia saudita concluiu a aquisição da Valvoline, marca americana de lubrificantes, por US$ 2,6 bilhões, além de já ter realizado investimentos no setor de refino e produtos químicos na China e na Filipinas. A compra da Castrol se encaixaria nessa estratégia de diversificação, já que, ao adquirir empresas de lubrificantes, a Aramco ganharia mais influência ao longo da cadeia de valor e expandiria sua presença em mercados onde atualmente só vende petróleo bruto. 

Além disso, a Aramco está avaliando outros ativos, como postos de combustíveis, sendo a rede de postos da Shell na África do Sul um dos possíveis alvos de aquisição. 

Por outro lado, a BP está no meio de uma transformação estratégica, que inclui a venda de ativos para financiar sua transição para uma empresa mais focada em petróleo e gás. Após um período de investimento em energia limpa, a BP anunciou que reduzirá seus investimentos em fontes de energia renováveis para focar mais em exploração, produção e refino de petróleo. A venda de ativos como a Castrol faz parte de um esforço para levantar US$ 20 bilhões em desinvestimentos até 2027, um movimento que visa aumentar o fluxo de caixa e melhorar o retorno aos acionistas. 

Esse movimento também é impulsionado pela pressão de investidores. A gestora Elliott Investment Management adquiriu uma participação de 5% na BP e tem pressionado por uma reavaliação da estratégia da empresa, sugerindo que a venda de ativos como a Castrol ajudaria a destravar valor. A BP também tem enfrentado dificuldades no mercado, com suas ações acumulando queda de 13,3% nos últimos 12 meses, enquanto as ações da Shell subiram 3,3% no mesmo período. 

Resumo da operação: 

Aquisição da Castrol: A Saudi Aramco está considerando pagar US$ 6 bilhões a US$ 10 bilhões pelos ativos de lubrificantes da BP, com o objetivo de expandir sua presença no setor de lubrificantes e aumentar sua atuação na Ásia. 

Diversificação da Aramco: A Aramco está investindo em setores além do petróleo bruto, com a aquisição da Valvoline e operações em refino e produtos químicos na China e Filipinas, além de considerar comprar postos de combustíveis, como os da Shell na África do Sul. 

Reestruturação da BP: A BP está desinvestindo ativos para levantar US$ 20 bilhões até 2027, após um desempenho inferior no mercado de ações e pressão de investidores como a Elliott Investment Management, que defende a venda de ativos como a Castrol para destravar valor e aumentar o retorno aos acionistas. 

Oferta dos Dubrule à Mobly é rejeitada

Oferta dos Dubrule à Mobly é rejeitada

A Mobly está reagindo à proposta dos fundadores da Tok&Stok, a família Dubrule, que buscam adquirir o controle da companhia. A oferta apresentada foi considerada “irresponsável” pela administração da Mobly, uma vez que o preço de R$ 0,68 por ação está 50% abaixo do preço de mercado, que fechou em R$ 1,39 no último pregão. O CEO da Mobly, Victor Noda, afirmou que a proposta é “inviável”, ressaltando que o preço sugerido não reflete a realidade da empresa, que possui um valor patrimonial de cerca de R$ 400 milhões e que nunca teve suas ações negociadas abaixo de R$ 1,30. 

A Mobly informou também que já recebeu manifestações de acionistas que representam 40% do capital social da empresa, indicando que rejeitariam os termos da oferta. Esse percentual de negativas é significativo, pois os Dubrule precisariam de 69% das ações para obter o controle da empresa, o que torna a proposta praticamente impossível de ser concretizada nas condições atuais. A companhia não revelou os nomes dos acionistas que manifestaram recusa, mas fontes indicam que fundos brasileiros, como SPX e Exploritas, estão entre os principais opositores. A maior acionista da Mobly, a holding alemã, não se posicionou sobre a proposta. 

Em sua carta, a família Dubrule afirmou que pode não formalizar a oferta, caso não atenda a condições pré-estabelecidas, o que gerou preocupação na administração da Mobly. O CEO afirmou que o movimento é preocupante, pois pode impactar negativamente o preço das ações, criando uma volatilidade desnecessária, já que não há uma oferta formal sendo feita. A empresa também rejeitou a ideia de retirar a cláusula de “poison pill”, um mecanismo de defesa que impede aquisições hostis, que foi solicitada pelos compradores. A Mobly argumenta que esse tipo de movimento não seria do interesse dos acionistas e poderia prejudicar a empresa em uma futura aquisição. 

Além disso, a Mobly está no processo de integração com a Tok&Stok, após a fusão que ocorreu no final de 2023. A empresa espera que os primeiros resultados dessa fusão, como sinergias operacionais, comecem a aparecer no balanço do primeiro trimestre de 2024. Apesar disso, o quarto trimestre de 2023 ainda refletirá custos extraordinários devido à transação, o que pode impactar os resultados de curto prazo. 

A situação gerou tensões e levou o conselho da Mobly a se reunir duas vezes durante o Carnaval para discutir as implicações da proposta. Na segunda reunião, a companhia também analisou como apresentar a carta dos Dubrule ao mercado, a fim de manter a confiança dos acionistas e evitar incertezas que possam afetar o desempenho da empresa. 

Resumo da operação: 

Proposta abaixo do preço de mercado: Os Dubrule ofereceram R$ 0,68 por ação, bem abaixo do valor de mercado da Mobly, que está em R$ 1,39. 

Recusa dos acionistas: 40% dos acionistas já indicaram que rejeitam a oferta, o que inviabiliza a possibilidade de os Dubrule alcançarem os 69% necessários para o controle da empresa. 

Preocupações com volatilidade: A proposta dos Dubrule gerou incerteza no mercado, com a administração da Mobly afirmando que a movimentação pode causar volatilidade no preço das ações e afetar a confiança dos investidores. 

Brasil pode se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China

Brasil pode se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China

A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode beneficiar o agronegócio brasileiro. Com o aumento das tarifas dos EUA e a resposta da China, que aumentou os impostos sobre diversos produtos agrícolas americanos, o Brasil pode se tornar uma alternativa importante para suprir a demanda de soja, algodão e carne bovina. O Itaú BBA acredita que o Brasil tem a capacidade de preencher as lacunas deixadas pela redução das exportações agrícolas dos EUA, principalmente para a China. A China importa cerca de 90% da soja que consome, e uma parte significativa vem dos EUA. Com as tarifas mais altas, a competitividade americana no mercado chinês pode cair, favorecendo os produtores brasileiros. 

O Brasil pode se beneficiar especialmente no setor de grãos e proteínas. As empresas SLC e BrasilAgro são destacadas como as que podem tirar proveito dessa situação. No entanto, com a maior demanda externa, pode haver aumento nos preços internos, principalmente no setor de grãos e carne bovina. Embora as exportações de carne bovina para a China possam crescer, a maior oferta de carne nos EUA pode pressionar os preços internos americanos e trazer uma valorização menor no mercado brasileiro. A BRF e a Seara podem ter impactos mistos com esse cenário. 

Resumo da operação: 

Aumento de tarifas: A China elevou as tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, como soja, algodão e carne bovina, beneficiando o Brasil. 

Competitividade do Brasil: O Brasil pode preencher a lacuna deixada pela queda nas exportações americanas, com destaque para empresas como SLC e BrasilAgro. 

Efeitos no mercado interno: A maior demanda externa pode elevar os preços dos grãos e carne bovina no Brasil, impactando o custo para consumidores locais. 

Venda da operação da Prevent Senior no Rio emperra

Venda da operação da Prevent Senior no Rio emperra

A Prevent Senior enfrenta dificuldades na venda de sua operação no Rio de Janeiro, inicialmente avaliada em R$ 1 bilhão. A empresa, especializada em convênios médicos para a terceira idade, não recebeu propostas condizentes com suas expectativas até o momento. A operação no Rio conta com cerca de 62 mil usuários e uma rede própria de serviços médicos, incluindo um hospital-dia, uma unidade de oncologia e três clínicas. A Prevent havia contratado o banco XP para facilitar o processo, mas as negociações não avançaram. Apesar disso, a empresa mantém sua operação no Rio e afirma que a unidade gera caixa positivo. 

Em 2024, a Prevent registrou uma receita de R$ 7 bilhões, um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior, com lucro líquido de R$ 129,2 milhões. Embora tenha tentado negociações com empresas como MedSênior, Leve Saúde e Hapvida, a venda não teve sucesso. A Prevent continua com uma carteira de 564,7 mil clientes, sendo 95% deles com planos individuais. A operação, apesar das dificuldades de venda, segue com uma estrutura verticalizada e foco no atendimento à terceira idade. 

Resumo da operação: 

Valor de venda: A operação da Prevent Senior no Rio foi avaliada em R$ 1 bilhão, mas não recebeu propostas condizentes. 

Estrutura da operação: A unidade no Rio conta com 62 mil clientes, hospital-dia e clínicas especializadas, mas apenas 20% dos atendimentos são feitos em sua rede própria. 

Desempenho financeiro: A Prevent teve uma receita de R$ 7 bilhões em 2024, com lucro líquido de R$ 129,2 milhões, mas enfrentou dificuldades na venda da operação carioca. 

Scala Data Center atrai investidores estrangeiros com projetos de expansão para América Latina

Scala Data Center atrai investidores estrangeiros com projetos de expansão para América Latina

A Scala Data Center, uma das maiores empresas de desenvolvimento de data centers de hiperescala na América Latina, está em negociações com investidores estrangeiros para vender uma participação minoritária da companhia. A empresa, que é controlada pelo fundo americano DigitalBridge, já abriu conversas com pelo menos quatro grandes fundos internacionais: os fundos de pensão canadenses CDPQ e CPPIB, o fundo soberano de Cingapura (GIC) e a firma de investimentos focada em infraestrutura GIP. 

Criada em 2020, a Scala se destaca no setor de data centers, oferecendo infraestrutura de nuvem de alta capacidade e atendendo a gigantes da tecnologia, como Microsoft. A companhia contratou o Deutsche Bank para buscar investidores para financiar a expansão de seus projetos na América Latina, com o foco em um mercado em crescente demanda por data centers devido ao aumento no uso de inteligência artificial. Para apoiar esses planos de expansão, a Scala já recebeu US$ 500 milhões no ano passado de Coatue Tactical Solutions (gestora americana) e Imco (fundo de pensão canadense). Essa rodada foi realizada sob o modelo de preferred equity, garantindo direitos prioritários aos investidores, como o recebimento de dividendos e preferência em novos eventos de liquidez. 

Além disso, a empresa emitiu R$ 1,37 bilhão em debêntures verdes em 2023, uma medida para levantar capital para suas operações. No total, a Scala foi avaliada em US$ 2 bilhões após esse investimento, um marco importante para a empresa no mercado. 

A companhia, com operações no Brasil, Chile, México e Colômbia, possui atualmente 100 MW de capacidade instalada em 12 data centers. Para impulsionar seu crescimento, a Scala anunciou investimentos significativos em dois projetos. O primeiro, chamado Scala AI City, está sendo desenvolvido em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, e contará com R$ 3 bilhões na primeira fase de construção. Já a segunda fase do projeto no Campus Tamboré, que tem previsão para ser concluída até 2025, exige um investimento de R$ 6,2 bilhões, com a construção de seis novos edifícios e uma capacidade de 158 MW. 

Ao todo, a Scala Data Center prevê investir R$ 27 bilhões até 2026 no Brasil, consolidando sua presença no mercado latino-americano de data centers. A empresa visa se posicionar como um player de destaque, principalmente no fornecimento de infraestrutura crítica para o crescimento do mercado de inteligência artificial, que exige cada vez mais capacidade de processamento e armazenamento de dados. 

Resumo da operação: 

Investidores estrangeiros interessados: A Scala Data Center está negociando com fundos de pensão canadenses (CDPQ e CPPIB), o fundo soberano de Cingapura (GIC) e a firma americana GIP, buscando financiar sua expansão na América Latina. 

Investimentos recentes e modelos de financiamento: A empresa recebeu US$ 500 milhões de Coatue e Imco e emitiu R$ 1,37 bilhão em debêntures verdes, sendo avaliada em US$ 2 bilhões. 

Expansão e crescimento significativo: A Scala planeja investir R$ 27 bilhões até 2026, com projetos importantes como o Scala AI City em Porto Alegre e a ampliação do Campus Tamboré, que somam R$ 9,5 bilhões em investimentos. 

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