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Infraestrutura e Concessões

Galápagos estreia no mercado de Infraestrutura – 15/05/2025

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Galápagos conquista Rota da Celulose e marca entrada em infraestrutura rodoviária 

Galápagos Conquista Rota da Celulose e Marca Entrada em Infraestrutura Rodoviária - Grupo Investor

A Galápagos, gestora de investimentos com R$ 27 bilhões em ativos, deu um importante passo em direção ao setor de infraestrutura rodoviária ao vencer o leilão da Rota da Celulose. Este projeto envolve a concessão de 870 km de rodovias em Mato Grosso do Sul, incluindo trechos das BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395. A parceria com a operadora K-Infra resultou em uma proposta vencedora que incluirá investimentos da ordem de R$ 10 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. O consórcio tem como objetivo melhorar significativamente a infraestrutura viária da região, focando principalmente na duplicação de 115 km de estrada, construção de 457 km de acostamentos e 245 km de terceiras faixas. 

A disputa no leilão envolveu grandes players do mercado, como BTG, XP e Kinea. No entanto, a proposta da Galápagos se destacou por oferecer um desconto de 9% sobre o valor do pedágio, além de um aporte inicial de R$ 217 milhões. Segundo Rafael Gonçalves, responsável pela área de infraestrutura da gestora, a expectativa é de que o projeto proporcione retornos de “high double digits”, com uma rentabilidade superior à do CDI, que atualmente está em torno de 15%. 

Importante destacar que o leilão da Rota da Celulose havia sido suspenso em dezembro, após a falta de propostas. O projeto se tornou uma peça chave para o escoamento da celulose e dos grãos produzidos no Brasil, conectando o polo industrial de celulose do país aos portos de Santos e Paranaguá, vitais para a exportação dessas commodities. 

Além da concessão rodoviária, a Galápagos está estruturando um fundo de infraestrutura, que, embora tenha começado com a Rota da Celulose, não será exclusivo para este ativo. O fundo abrangerá outros projetos do setor, incluindo rodovias, saneamento, mobilidade e portos. Embora a gestora ainda não tenha revelado o valor exato que pretende levantar para o fundo, Gonçalves afirmou que a estrutura de financiamento contará com capital próprio e recursos de investidores domésticos e internacionais. Assim como é comum em projetos de infraestrutura, o fundo terá um componente significativo de dívida para viabilizar os investimentos necessários. 

A parceria com a K-Infra, que montou uma equipe experiente para a análise e avaliação do projeto, pode indicar que a Galápagos está aberta a novas colaborações no futuro. O consórcio vencedor está agora focado na execução do projeto, que promete trazer melhorias estruturais importantes para a região, além de gerar uma fonte de retorno robusta para seus investidores. 

Resumo da operação:

Vencedores do Leilão: A Galápagos, junto com a K-Infra, venceu o leilão para administrar e melhorar as rodovias em Mato Grosso do Sul. Eles ofereceram o maior desconto no pedágio e o maior aporte financeiro. 

Investimentos Rodoviários: A Galápagos vai investir R$ 10 bilhões para melhorar as estradas de Mato Grosso do Sul, como duplicar trechos, construir acostamentos e faixas extras para melhorar o tráfego e a segurança. 

Fundo de Infraestrutura: A gestora está criando um fundo para investir em diferentes projetos de infraestrutura, além das rodovias. Esse fundo atrairá recursos de investidores, e a Galápagos já está garantindo apoio de investidores do Brasil e do exterior. 

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Brasil criará fórum com China para agilizar leilões de infraestrutura

Brasil Criará Fórum com China para Agilizar Leilões de Infraestrutura - Grupo Investor

O governo brasileiro, através do ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou a criação de um fórum especial com a China para acelerar os processos de leilões de infraestrutura no país. O objetivo é apresentar antecipadamente os projetos, permitindo que empresas chinesas, que geralmente têm um processo decisório mais longo, possam se planejar adequadamente. O acordo será formalizado amanhã (13 de maio de 2025). 

Costa destacou que esse fórum não será exclusivo para empresas chinesas, mas estará aberto a outros países interessados. O ministro explicou que as empresas chinesas, devido à complexidade de seu processo interno, precisam de mais tempo para avaliar os projetos antes de tomar decisões de investimento. 

Na mesma data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com empresas chinesas, resultando em acordos bilaterais significativos. Entre os mais notáveis estão US$ 1 bilhão com o Envision Group para a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e US$ 1,3 bilhão com a GAC Motor para a instalação de uma fábrica de veículos elétricos no Brasil. 

Além disso, houve um encontro com a Norinco, empresa chinesa de defesa e petróleo, mas sem acordos fechados. No entanto, o governo brasileiro avançou em negociações que poderão ser concluídas durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, prevista para julho de 2025. 

Resumo da operação:

Criação do fórum com a China: O governo brasileiro criará um fórum para antecipar os projetos de infraestrutura a serem leiloados, especialmente para atender às necessidades das empresas chinesas, que requerem mais tempo para avaliar e decidir sobre os projetos. 

Acordos bilaterais com empresas chinesas: O governo brasileiro firmou dois acordos de grande valor com empresas chinesas: US$ 1 bilhão para produção de Combustível Sustentável de Aviação e US$ 1,3 bilhão para uma fábrica de veículos elétricos. 

Negociações com a Norinco: O governo brasileiro avançou em negociações com a Norinco, uma empresa de defesa e petróleo, para possíveis contratos com a Petrobras e no campo da segurança pública, que podem ser concluídos após a visita de Xi Jinping ao Brasil. 

4,5 GW em Usinas Renováveis Estão Paradas à Espera de Regra da ANEEL

4,5 GW em Usinas Renováveis Estão Paradas à Espera de Regra da ANEEL - Grupo Investor

Cerca de 4,5 GW em projetos de usinas renováveis estão parados aguardando uma norma da ANEEL que pode limitar os descontos nas tarifas de uso da rede elétrica, os chamados “descontos no fio”. A medida atende a determinações do TCU e afeta principalmente empreendimentos que fizeram parte da chamada “corrida do ouro” — onda de pedidos de outorga antes da mudança na regulação. 

Atualmente, 123 projetos assinaram um termo de suspensão da análise das outorgas até a publicação da nova regra. A minuta propõe que empreendimentos com mesmo grupo econômico e ponto de conexão passem a ser tratados como um “complexo de geração”, limitando o desconto a até 300 MW somados. 

A proposta foi retirada de pauta no final de abril, após pressão de agentes do setor, e ainda depende de parecer jurídico. A discussão gira em torno da retroatividade das regras — se valerão para projetos que já solicitaram outorga antes da norma ser publicada. Segundo o setor, isso representaria uma mudança nas regras após o jogo já ter começado. 

Especialistas apontam falhas na proposta, como a ausência de mecanismos para regularizar projetos que já estavam em tramitação. Há ainda preocupações sobre alterações futuras nas usinas — como aumento da potência ou mudança de controle societário — que poderiam levar à perda do subsídio. 

A ANEEL entende que as novas regras se aplicam apenas às autorizações emitidas a partir da nova norma ou em caso de ampliação de capacidade de projetos já autorizados. Mas o setor teme que isso traga insegurança jurídica e inviabilize empreendimentos. 

Resumo da operação: 

O que está em jogo?: As usinas querem garantir o desconto na tarifa de uso da rede elétrica, mas uma nova regra pode limitar esse benefício e afetar a viabilidade dos projetos. 

Por que as usinas estão paradas?: Os empreendedores preferiram suspender temporariamente o andamento dos processos até saberem exatamente quais regras vão valer, evitando perder o desconto. 

Qual o risco para o setor?: Mudanças técnicas ou societárias em usinas já outorgadas podem fazer com que elas percam o subsídio. Isso gera insegurança e pode levar ao cancelamento de projetos. 

CS Infra aposta em serviços e receita rápida para crescer com menos investimento

CS Infra aposta em serviços e receita rápida para crescer com menos investimento - Grupo Investor

Enquanto a holding Simpar busca reduzir sua alavancagem, a CS Infra, braço de infraestrutura do grupo, segue expandindo com foco em projetos enxutos e receita mais previsível. Em março, conquistou duas novas concessões: um trecho rodoviário de 308 km no Mato Grosso, com investimento previsto de R$ 1,1 bilhão, e a operação de terminais e estações de ônibus em São Paulo, com aportes de R$ 170 milhões em 30 anos. 

Segundo o CEO Fernando Quintas, a estratégia está centrada em ativos com retorno mais rápido e menor capital inicial. A empresa quer evitar projetos de risco elevado, exigindo garantias fortes, receita protegida contra mudanças políticas e geração de caixa logo no início do contrato. 

Hoje, a CS Infra já atua em diferentes frentes: portos na Bahia, rodovias no Piauí e Mato Grosso, mobilidade em Cuiabá e Sorocaba, e concessões de resíduos sólidos no Pará e no Rio. 

Em 2024, teve receita líquida de R$ 199 milhões (alta de 20%) e reduziu seu prejuízo para R$ 5,5 milhões. A expectativa é que, a partir de 2026, os ativos comecem a entregar resultados consistentes — só no setor portuário, o EBITDA pode subir entre R$ 180 milhões e R$ 250 milhões. 

De olho nos próximos leilões, a empresa mira concessões nas áreas de portos, rodovias, mobilidade urbana e infraestrutura social (como escolas e hospitais). A ideia é ser mais prestadora de serviços do que investidora pesada — aproveitando sinergias com outras empresas da Simpar, sem abrir mão da governança e da competitividade nos processos. 

Resumo da operação: 

Menos capex, mais retorno rápido: A CS Infra quer projetos que exijam menos investimento inicial e comecem a gerar caixa em até dois anos, reduzindo risco financeiro. 

Foco em serviços e eficiência: A empresa aposta em concessões com operação contínua e prestação de serviços (como mobilidade urbana e resíduos), onde pode usar outras empresas do grupo para entregar valor com mais eficiência. 

Expansão seletiva e com governança: Mesmo com sinergia interna, a empresa afirma seguir critérios rígidos de seleção e governança, garantindo competitividade e transparência nos processos. 

TCU libera desestatização do terminal VDC29 no Pará com R$ 900 milhões previstos em investimentos

TCU libera desestatização do terminal VDC29 no Pará com R$ 900 milhões previstos em investimentos

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a desestatização do terminal portuário VDC29, localizado no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA). A área é voltada à movimentação de grãos como soja e milho, e o projeto prevê cerca de R$ 900 milhões em investimentos para alcançar uma capacidade de 7 milhões de toneladas por ano até o sexto ano de contrato. 

Embora tenha dado sinal verde, o ministro relator Aroldo Cedraz recomendou ao Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) ajustes importantes nos estudos que baseiam os leilões. Ele pediu a revisão da metodologia de projeção de demanda para que não haja distorções com dados fora da curva, além de mais clareza e rigor técnico no cálculo de custos com o OGMO (mão de obra portuária). 

O TCU também sugeriu melhorar as regras dos leilões portuários, para garantir que os lances sejam mais próximos dos valores reais dos interessados, aumentando a competitividade e a eficiência da seleção das empresas. 

Segundo Cedraz, o projeto tem grande potencial de reduzir custos logísticos e fomentar o desenvolvimento regional. Atualmente, o Porto de Vila do Conde tem apenas 26% de sua área útil ocupada, o que indica alta ociosidade e espaço para expansão. 

Na mesma sessão, o TCU negou pedido de cautelar relacionado a uma licitação para supervisão de obras na BR-101, na Bahia, mantendo o andamento normal do processo. 

Resumo da operação:

Desestatização com foco em grãos: O terminal VDC29 será leiloado para iniciativa privada, com foco na movimentação de soja e milho — produtos-chave para a exportação brasileira. 

Alto potencial logístico: Hoje, o porto usa apenas 26% de sua área, e o novo terminal pode ativar uma parte significativa desse espaço, trazendo ganhos para a logística nacional. 

Mais rigor nos estudos dos leilões: O TCU quer garantir que as projeções de demanda e custos usados nos leilões sejam mais realistas e bem fundamentadas, evitando distorções e assegurando propostas competitivas. 

Trabalhadores portuários e governo articulam mudanças no PL 733/2025, que atualiza a Lei dos Portos

Trabalhadores portuários e governo articulam mudanças no PL 733/2025, que atualiza a Lei dos Portos

As federações de trabalhadores portuários estão articulando, junto à Câmara dos Deputados, um substitutivo ao PL 733/2025, que atualiza a Lei dos Portos (Lei 12.815/2013). Segundo interlocutores, 80% do texto já tem consenso com o setor patronal. A expectativa é que a proposta comece a ser analisada em junho, após a criação de uma comissão especial. 

Apesar do bom diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), os trabalhadores queriam que a proposta tramitasse pelas comissões temáticas, o que foi negado. Ainda assim, o clima é de avanço nas negociações. 

A principal divergência segue sendo a exclusividade da mão de obra portuária, que o projeto propõe flexibilizar. As federações defendem manter o modelo atual e já estudam ajustes salariais para adequação ao novo texto. 

Na esfera federal, representantes das três principais federações — FNP, FNE e Fenccovib — se reuniram com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ambos manifestaram apoio à causa. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também se comprometeu a apoiar os trabalhadores e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para tratar do tema. 

No Congresso, os portuários começam a reunir apoio de deputados, como Coronel Meira (PL-PE), que defendeu publicamente a pauta. Já Léo Prates (PDT-BA), cotado para relatar o projeto na futura comissão especial, não compareceu a um encontro recente, alegando não ter sido convidado — o que foi negado pelas entidades. 

Resumo da operação:

Exclusividade da mão de obra é o principal impasse: O projeto propõe flexibilizar a obrigatoriedade de contratação de trabalhadores portuários registrados, o que preocupa as categorias. Elas defendem manter o modelo atual para proteger os empregos e a organização do trabalho. 

Governo entra em campo: Ministros importantes, como Gleisi Hoffmann e Luiz Marinho, assumiram compromisso de ajudar na articulação política em favor dos trabalhadores, fortalecendo o diálogo com o Congresso. 

Comissão especial vai avaliar o texto: Embora as federações preferissem a tramitação tradicional, a Câmara decidiu criar uma comissão específica para tratar do projeto — o que pode acelerar o processo, mas exige articulação mais intensa dos trabalhadores. 

Curtinhas do Grupo Investor

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