Índice
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- Aegea posterga IPO para 2027 e planeja R$ 45 bi em investimentos até 2033
- Marco do Saneamento: 5 anos entre avanços privados e desafios na regionalização
- Projeto da ferrovia transcontinental Brasil–China avança com estudos para conectar Atlântico e Pacífico
- Concessões transformam Brasil em grande canteiro de obras com R$ 161 bi previstos
- Novo marco de concessões e PPPs oferece mais segurança jurídica e agilidade contratual
- Minas projeta R$ 100 bi em infraestrutura até 2031 com foco em rodovias e mobilidade
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Aegea posterga IPO para 2027 e planeja R$ 45 bi em investimentos até 2033
A Aegea Saneamento, principal operadora privada do setor no Brasil, decidiu adiar seu IPO — antes previsto entre 2025 e 2026 — para 2027, conforme entrevista de seu CEO Radamés Casseb à EXAME Infra. A decisão segue recomendações de especialistas e marca um momento de fortalecimento da governança, transparência e comunicação com investidores antes da abertura de capital.
Paralelamente, a empresa lançou um ambicioso plano de investimento de R$ 45 bilhões até 2033, com foco na coleta e tratamento de esgoto — responsável por cerca de 80% do montante — para atender hoje 33 milhões de pessoas em 766 cidades.
A alavancagem da Aegea também foi reduzida de 6× EBITDA (em 2021) para 3,7× em 2024, mantendo o equilíbrio financeiro mesmo com expansão expressiva. Além disso, a empresa investe em ecossistema local: “escola” para formação de profissionais, diversificação da cadeia de fornecedores e estações compactas de tratamento para municípios menores .
Principais destaques
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IPO previsto para 2027, com preparação prévia em estrutura de governança.
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R$ 45 bilhões de capex até 2033, com 80% voltado ao saneamento.
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Alavancagem reduzida: de 6× EBITDA (2021) para 3,7× (2024).
IPO mais maduro
A empresa quer garantir uma estrutura robusta e transparente antes de abrir capital, evitando riscos e fortalecendo a credibilidade.
Investimento em infraestrutura essencial
O plano bilionário visa ampliar coleta e tratamento de esgoto em centenas de municípios, impactando diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Finanças equilibradas
Mesmo crescendo rapidamente, a Aegea reduziu sua dívida relativa ao EBITDA, o que preserva sua saúde financeira e capacidade de atração de investidores.
Marco do Saneamento: 5 anos entre avanços privados e desafios na regionalização
Há cinco anos, o Novo Marco Legal do Saneamento transformou o setor, abrindo espaço para o capital privado e impondo metas ambiciosas: levar água a 99% e esgoto tratado a 90% da população até 2033.
Desde então:
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A participação privada cresceu de cerca de 5% em 2020 para entre 25% e 30% em 2025 .
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Leilões e concessões já comprometeram mais de R$ 100 bi em investimentos até 2033 .
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Houve expansão de contratos em municípios (de ~300 para quase 1.800), com mais de 1.600 cidades agora atendidas por empresas privadas.
Mas há desafios:
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A cobertura atual ainda deixa cerca de 32 milhões sem água potável e 90 milhões sem esgoto adequado.
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No ritmo atual, a universalização só seria alcançada em 2070, bem além da meta de 2033 .
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A regionalização enfrenta obstáculos: municípios resistem a formar blocos, e a governança exige coordenação federativa eficaz.
Principais destaques
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Participação privada crescente — de ~5% para até 30%, com quase 1.800 municípios atendidos.
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Investimentos fortes — mais de R$ 100 bi comprometidos até 2033 em concessões e leilões.
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Universalização atrasada — metas de 2033 dificilmente serão cumpridas; projeção atual aponta para 2070.
Setor privado ganhou espaço
A nova lei atraiu grandes operadores ao mercado, elevando a cobertura e aportando capital ao saneamento.
Investimentos são altos, mas insuficientes
Apesar do aporte bilionário, o volume e rapidez ainda não garantem a universalização no prazo legal.
Regionalização emperra metas
Sem integração das cidades em blocos e uma governança clara entre União, estados e municípios, o sonho da universalização fica distante.
Projeto da ferrovia transcontinental Brasil–China avança com estudos para conectar Atlântico e Pacífico
Brasil e China assinaram um memorando de entendimento para iniciar estudos técnicos, econômicos e ambientais de uma ferrovia bioceânica. Essa rota, ainda em fase inicial, ligará o interior do Brasil ao porto de Chancay, no Peru, criando uma alternativa terrestre entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
O que se sabe até agora
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Traçado planejado:
Parte de Lucas do Rio Verde (MT), passando pela FICO até Goiás, segue pela FIOL até Ilhéus (BA), depois segue por Rondônia e Acre até a fronteira com o Peru, cruzando os Andes até Chancay (cerca de 70 km de Lima). -
Benefícios previstos:
Redução de até 10 mil km do trajeto marítimo, economizando cerca de duas semanas no transporte e até 30–35% nos custos logísticos para produtos como grãos e minérios exportados à Ásia. -
Desafios ambientais e sociais:
Rota original concentraria áreas de floresta amazônica e terras indígenas. Por isso, foi redirecionada para um trajeto mais ao sul, evitando impactos irreversíveis. -
Estrutura do acordo:
Estudos coordenados pela Infra S.A. e pelo China Railway Economic & Planning Research Institute, com duração inicial de cinco anos e possibilidade de prorrogação. -
Inserção no “Novo Marco”:
O projeto integra uma agenda de cooperação bilateral ampla, incluindo transportes, telecomunicações, mineração e IA, e reforça diálogo no âmbito do BRICS.
Principais destaques
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Corredor logístico Brasil–Peru: Trajeto de aproximadamente 4 500 km interligando interior nacional ao Pacífico.
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Ganho de competitividade: Redução de até 35% nos custos de transporte, com redução de cerca de 10 mil km de rota marítima.
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Estudos bem estruturados: Início das análises técnico‑econômicas e ambientais por Brasileiros e chineses, com 5 anos de prazos previstos.
Menos estrada, mais trens: A ferrovia vai aproveitar trechos já em construção (FICO, FIOL), unindo o agronegócio nacional ao porto de Chancay.
Exportações mais competitivas: Menos dias em trânsito (de cerca de 40 para 28) e custos menores — boa notícia para setores agrícolas e minerais.
Novo traçado, mesmo projeto: Para preservar a Amazônia e comunidades locais, foi adotada rota alternativa ao norte, priorizando sustentabilidade.
Concessões transformam Brasil em grande canteiro de obras com R$ 161 bi previstos
O Brasil está passando por uma verdadeira revolução em infraestrutura: o governo anunciou um pipeline recorde de concessões, com R$ 161 bilhões previstos para 2025, focados em 15 leilões que abrangerão cerca de 8.400 km de rodovias. Isso representa um salto significativo em relação aos anos anteriores, refletido também na perspectiva do BNDES, que deve liberar até R$ 30 bilhões em financiamentos para rodovias neste ano .
Além destes grandes projetos, três leilões são voltados à otimização contratual — um instrumento que permite retomar obras paralisadas e renegociar contratos sem recorrer à relicitação, com R$ 38 bilhões destinados a esse fim . O propósito é dar mais agilidade às obras já existentes, melhorando a infraestrutura com menor impacto financeiro.
A iniciativa vem ganhando força: em 2023 e 2024 foram realizados nove leilões, autorizando mais de R$ 108 bilhões em investimentos (Capex + Opex), contra apenas seis certames no governo anterior. A meta para 2025 é superar isso, consolidando uma carteira robusta de concessões em todas as regiões do país (Norte, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste).
Principais destaques
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R$ 161 bilhões em 15 leilões de rodovias, contemplando cerca de 8,4 mil quilômetros.
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Até R$ 30 bilhões em financiamento pelo BNDES para apoiar essas concessões.
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R$ 38 bilhões destinados à otimização de contratos existentes, acelerando a retomada de obras.
Concessões em massa
O governo está antecipando um grande volume de leilões para rodovias, com grande parcela financiada por bancos públicos e privados — uma forma de atrair iniciativa privada para impulsionar a construção de infraestrutura.
Otimização vs relicitação
Em vez de remodular contratos antigos (relicitação), a opção é otimização: ajustar contratos atuais e retomar obras paradas, com mais rapidez e menos burocracia.
Participação ampla do país
Os projetos ocorrem em todas as cinco regiões do Brasil, mostrando um esforço estratégico para modernizar a malha viária nacional de forma equilibrada.
Novo marco de concessões e PPPs oferece mais segurança jurídica e agilidade contratual
O Congresso avança em uma reforma robusta para modernizar o marco legal das concessões e parcerias público-privadas (PPPs). O texto foi aprovado na Câmara e segue para avaliação no Senado, trazendo maior segurança jurídica e atratividade a investidores do setor de infraestrutura.
O que muda com o novo marco
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Compartilhamento objetivo de riscos
Governos e concessionárias dividirão responsabilizações por imprevistos — como crises ou eventos climáticos — tornando os contratos mais estáveis e evitando disputas judiciais. -
Concessões multimodais e adesão simplificada
Provedores poderão operar serviços integrados (como rodovia+porto) sem nova licitação, e municípios pequenos poderão aderir a contratos existentes para acelerar projetos. -
Receitas acessórias liberadas
Além de tarifas, concessionárias poderão obter renda por atividades como publicidade ou estacionamentos, revertendo benefícios aos usuários ou ao governo. -
Reequilíbrio contratual rigoroso
Estabelece regras claras para ajustes financeiros, com prazos bem definidos (até 5 anos após desequilíbrio), sanções para fraudes e uso de contas vinculadas para garantir transparência. -
Mais flexibilidade e arbitragem
Introdução de comitês de resolução de disputas (dispute boards), uso ampliado da arbitragem e acordos tripartites com financiadores fortalecem a governança do setor. -
Novos limites e garantias
PPPs estaduais/municipais poderão comprometer até 10% da receita corrente (antes era 5%), e bens contratados podem ser dados como garantia de financiamento.
Principais destaques
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Divisão de riscos clara — menos chance de litígios e mais previsibilidade para empreendimentos de longo prazo.
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Concessões sem barreiras desnecessárias — modelos multimodais e adesão facilitada economizam tempo e recursos.
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Apoio aos pequenos municípios — contratos “prontos para uso” beneficiam regiões com menor capacidade técnica.
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Acesso a novas receitas — estimula inovação e reduz custo ao consumidor.
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Segurança financeira — equilíbrio contratual bem definido, com mecanismos para reestruturação rápida.
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Amplia crédito e financiamentos — maior prazo e mais garantias para projetos.
Contratos mais justos e previsíveis
O compartilhamento de riscos significa que governos e empresas dividem normalmente os impactos negativos, evitando que qualquer parte sofra sozinha.
Projetos saem do papel mais rápido
Menos burocracia, mais ferramentas (como adesão simplificada e arbitragem), reduz falhas em obras públicas e entrega mais infraestrutura.
Espaço para inovação sem pesar no consumidor
Atividades paralelas a concessões (como shoppings em rodovias) trazem receitas extras que podem reduzir tarifas ou valorizar o contrato público.
Minas projeta R$ 100 bi em infraestrutura até 2031 com foco em rodovias e mobilidade
Minas Gerais planeja investir cerca de R$ 100 bilhões até 2031 em infraestrutura, impulsionados por concessões e parcerias público-privadas, segundo a Fiemg. Esse volume inclui aportes na BR‑381 (BH–Governador Valadares), além de trechos das BR‑040, BR‑262, o metrô de BH, o Rodoanel metropolitano, ferrovias e hidrovias.
A concessão da BR‑381, assinada em janeiro de 2025, prevê R$ 9 bilhões em obras nos próximos 30 anos, com cerca de R$ 900 milhões já destinados aos dois primeiros anos . Projeta-se que o conjunto de empreendimentos gere até 730 mil empregos diretos e indiretos.
Além disso, Minas anunciou recuperação de mais de 2.300 km de rodovias estaduais, com investimento de R$ 2,3 bilhões via o programa Provias, incluindo recursos provenientes de reparações ambientais como Brumadinho.
Principais destaques
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R$ 100 bilhões em investimentos totais até 2031.
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BR‑381: R$ 9 bilhões previstos para duplicação e melhorias.
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2.300 km de rodovias em recuperação com R$ 2,3 bilhões via Provias.
Investimento maciço em infraestrutura
Concessões e parcerias garantem recursos para rodovias, ferrovias e mobilidade urbana, transformando a malha viária mineira.
Obras estruturantes no ritmo certo
A BR‑381 recebe quase R$ 1 bilhão já nos primeiros dois anos, melhorando uma via crítica que sofria com alto índice de acidentes.
Programa Provias acelera recuperação
Com R$ 2,3 bi, o estado recupera milhares de quilômetros de rodovias, aproveitando recursos de acordos ambientais e parcerias para recuperar trechos degradados.
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