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Itaú reforça aposta em startups com novo fundo de R$ 500 milhões 17/06/2025

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Itaú reforça aposta em startups com novo fundo de R$ 500 milhões

O Itaú Unibanco decidiu dar um passo maior em sua estratégia de investimentos em startups. A área de Corporate Venture Capital (CVC), antes operada pela Kinea Ventures, agora passa a ser totalmente internalizada pelo banco. Com isso, o Itaú cria um fundo próprio de R$ 500 milhões para investir em startups que tenham sinergia com seus negócios.

A Kinea Ventures, que administrava R$ 200 milhões para o banco, deixará de atuar como braço de venture capital, voltando a focar somente em fundos tradicionais. O Itaú também absorveu toda a equipe da Kinea dedicada a esse tipo de investimento.

A meta agora é manter o foco em áreas como fintechs, inteligência artificial e soluções para o setor financeiro, mirando participações minoritárias em empresas que auxiliem o banco a inovar seus produtos e serviços.

Principais pontos:

Valor: R$ 500 milhões no novo fundo próprio do Itaú dedicado a startups.
Estrutura: A operação de CVC foi internalizada e a equipe da Kinea foi incorporada.
Foco: Investimentos minoritários em fintechs, IA e soluções financeiras com potencial de gerar inovação para o banco.

Gigante do mercado pet: Petz e Cobasi formam união de R$ 6,9 bi

Petz e Cobasi confirmaram a fusão, criando hoje uma empresa com faturamento combinado de R$ 6,9 bilhões e participação de cerca de 11% do mercado de pets no Brasil após aprovação do Cade. Os acionistas da Petz receberão R$ 400 milhões na transação R$ 130 milhões em dividendos e R$ 270 milhões em dinheiro.

Apesar do alto valuation da Petz (múltiplo de lucro de 25x), analistas do BTG Pactual alertam para desafios, especialmente por conta da pressão de marketplaces online — como Mercado Livre e Amazon e possíveis ajustes impostos pelo Cade em regiões específicas. Já o JPMorgan estima sinergias de R$ 220 a R$ 330 milhões por ano, com dividendos atrativos de até 14% para os investidores da Petz, caso haja integração bem-sucedida em até três anos.

O setor pet no Brasil movimentou cerca de R$ 77 bilhões em 2024, com forte crescimento nos segmentos de pet care, serviços veterinários (R$ 7,6 bi) e hotéis e creches (R$ 11 bi). A fusão também pode enfrentar oposição da Petlove, que pretende recorrer ao Tribunal do Cade.

Principais pontos:

Minerva se envolve oficialmente na fusão entre BRF e Marfrig

O Cade autorizou na sexta-feira (13 de junho de 2025) a entrada da Minerva como terceira interessada no processo da fusão entre BRF e Marfrig. A Superintendência-Geral já havia aprovado a operação sem restrições em 3 de junho, mas o Tribunal ainda pode receber recursos até 17 de junho. A Minerva argumenta que a fusão pode causar concentração nos mercados de carnes processadas e in natura segmentos em que também atua — e que a presença de um acionista comum (Salic) pode prejudicar a concorrência. O orgão acatou que a empresa mostrou interesse econômico real na operação. Agora, as companhias envolvidas têm 15 dias para recorrer ao Tribunal do Cade.

Principais pontos:

Mercado dividido sobre Selic: manutenção ou novo ajuste?

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) desta semana deixou o mercado dividido: em pesquisa com 126 instituições, 62% apostam na manutenção da Selic em 14,75%, enquanto 38% esperam um aumento de 0,25 ponto, levando a taxa a 15% — o maior patamar desde julho de 2006 . O cenário global e local, junto a uma comunicação pouco clara desde maio, pesam na tomada de decisão . O Boletim Focus do BC projeta a Selic estável em 14,75% até o fim de 2025 e começando a recuar só em 2026 .

Principais pontos:

Fundos têm até 30 de junho para se adequar ao novo marco regulatório

A Resolução CVM 175, em vigor desde outubro de 2023, unificou mais de 40 normas sobre fundos de investimento em um único marco jurídico. O prazo final para adequação é em 30 de junho, e a maioria das gestoras já está pronta. O novo regulamento traz melhorias como:

Principais pontos

Item Detalhe
Marco CVM 175 Unifica 40+ normas em um só regulamento até 30/06/2025
Responsabilidade limitada Cotista só perde o valor investido, sem obrigações extras.
Novos fundos acessíveis Varejo agora pode investir em FIDCs e outras estruturas sofisticadas.

ASA de Alberto Safra compra a Gauss Capital e atinge R$ 5,5 bi sob gestão

A ASA, gestora liderada por Alberto Safra, adquiriu a Gauss Capital, incorporando seus produtos, equipe e o próprio fundador, Fábio Okumura que assume como head de gestão. Com isso, a ASA passa a administrar cerca de R$ 5,5 bilhões, tornando-se ainda mais robusta no mercado de recursos. A Gauss, com perfil macro e quase R$ 2 bilhões no auge, hoje soma R$ 716 milhões, distribuídos entre multimercados, previdência e renda fixa.

Essa é a quarta aquisição do grupo — que já havia incorporado outras gestoras — e faz parte da estratégia de crescimento num cenário em que muitos multimercados sofrem com resgates desde 2022, somando R$ 696 bilhões de saídas líquidas segundo a Anbima.

Principais pontos:

  1. Gestão consolidada
    A ASA já comprou três gestoras anteriormente; ao adicionar a Gauss com R$ 716 milhões, reforça os R$ 5,5 bi totais de ativos sob gestão.

  2. Experiência somada
    Fábio Okumura, ex-Itaú, Credit Suisse e outros, traz know-how e lidera a nova área macro da ASA, fortalecendo a capilaridade da equipe.

  3. Reação a resgates
    Diante de R$ 696 bilhões de saídas nos fundos multimercado, a companhia aposta em aquisições para crescer e compensar a queda de dinheiro nessas carteiras.

Fras‑Le estuda follow‑on de até R$ 300 milhões para ampliar liquidez

A Fras‑Le, fabricante de autopeças controlada pela Randoncorp e avaliada em R$ 7,17 bi, contratou o BTG Pactual e o Itaú BBA para avaliar a realização de um follow‑on (oferta subsequente de ações) que pode levantar até R$ 300 mi. Esse plano incluiria uma oferta primária de novas ações e uma oferta secundária com venda de papéis da Dramd Participações (que detém 12,82% da empresa).

Em comunicado, a Fras‑Le destacou que a acionista Dramd usaria parte dos recursos para reforçar o caixa da controladora. Além disso, tanto Randoncorp quanto Dramd optaram por não exercer o direito de preferência, sinalizando abertura da operação a novos investidores, inclusive no exterior. Por ora, a divulgação de projeções financeiras foi suspensa até definição da estratégia.

Se confirmada, essa seria a quinta oferta subsequente na bolsa em 2025  até agora houve follow‑ons da Caixa Seguridade (R$ 1,21 bi), Azul (R$ 1,66 bi), Orizon (R$ 635 mi) e Méliuz (R$ 180 mi).

Principais pontos

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