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Brasil projeta R$ 120 bi em leilões, PPPs e privatizações no 4º trimestre de 2025 – 02/10/2025

Índice

Brasil projeta R$ 120 bi em leilões, PPPs e privatizações no 4º trimestre de 2025

leilões

O Brasil deve movimentar até R$ 120 bilhões no quarto trimestre de 2025 por meio de leilões de concessões, PPPs e privatizações. A expectativa é que projetos nas áreas de infraestrutura — estradas, saneamento, energia, portos e ferrovias — liderem esse volume de investimentos privados. O objetivo é destravar pendências regulatórias e estimular a retomada econômica, aproveitando o cenário de maturação dos modelos regulatórios no país.

Principais pontos

  1. Investimento em escala
    Esse valor alto mostra que há muitos projetos prontos para sair do papel — o país espera atrair vultosos recursos privados em um curto período.

  2. Diversificação de modelos
    Não vai ser só concessão de rodovias — o uso de PPPs e privatizações expande o leque, permitindo que diferentes setores recebam capital e gestão privada.

  3. Regulação + execução são chave
    Para concretizar esse montante, será essencial que as regras sejam claras e que os processos (editais, licenças, aprovações) avancem rápido, sem gargalos burocráticos.

Nova onda de concessões rodoviárias acirra disputa por mão de obra especializada

O Brasil está vivendo um momento de retomada forte no setor rodoviário: há muitos leilões de concessão em curso — são os maiores números em 17 anos. Essa aceleração, entretanto, esbarra em um grande problema: falta de profissionais qualificados. Há déficit estimado de 75 mil engenheiros no país; forma-se cerca de 40 mil por ano, mas isso não tem sido suficiente para acompanhar a demanda.

Para contornar esse descompasso, empresas do setor estão adotando estratégias como:

O avanço dos leilões tem sido significativo: entre 2015-2018 foram feitos só 2 leilões federais, de 2019-2022 mais 7, e de 2023 até agora já são 16. A meta do governo é alcançar 35 concessões federais rodoviárias até o final do mandato. Estados também estão lançando seus próprios projetos, aumentando ainda mais a pressão por recursos humanos.

Principais destaques

Destaque Informação chave
Número de concessões recentes 16 entre 2023-2025, maior patamar em 17 anos
Meta até fim do mandato 35 concessões federais rodoviárias
Déficit estimado de engenheiros Cerca de 75 mil profissionais faltando no setor
Formação anual de novos engenheiros Aproximadamente 40 mil por ano
Estratégias adotadas Automação, capacitação, contratação local, melhoria de ambiente de trabalho
  1. Concessões + demanda = desafio de pessoal
    O país está lançando muitos contratos de concessão de rodovias, o que significa muita obra para fazer — mas faltam engenheiros especializados para executar tudo isso bem.

  2. Estratégias para não travar os projetos
    Para driblar o problema, empresas estão investindo em automação, usando construções tecnológicas que exigem menos mão de obra especializada, lançando capacitações e preferindo contratar perto de onde a obra vai acontecer.

  3. Risco de qualidade se não resolverem rápido
    Se a escassez de pessoal continuar, há risco de que obras fiquem mais caras, atrasem ou não sejam bem executadas. A pressão para cumprir metas pode levar a escolhas que prejudicam qualidade, segurança ou eficiência.

ANTT organiza novo marco regulatório ferroviário em duas frentes para modernizar contratos e serviços

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) está avançando na revisão do marco regulatório do setor ferroviário, dividindo seus esforços em duas frentes principais.

  1. Norma 1A (CGTF-Norma 1A) — centra-se em padronizar regras para outorgas de concessão e autorização ferroviária, além de levar em conta contratos existentes que foram firmados em momentos distintos, com modelos variados.

  2. Serviços aos usuários — debatida via minuta chamada RSF1, focada em direitos dos usuários, garantias de serviço adequado, ouvidoria fortalecido, transparência, e indicadores de qualidade.

Além disso, há outras frentes complementares: normas que tratam de segurança operacional, interoperabilidade, material rodante, fiscalização, penalização e equilíbrio econômico nos contratos.  A agência abriu participação pública para contribuições, demonstrando que o regulamento será fruto de diálogo.

Principais pontos

  1. Padronização contratual
    O setor ferroviário tinha muitos contratos com regras diferentes — isso gera incertezas e custos. A Norma 1A quer uniformizar isso para que autoridades, concessionárias e investidores saibam exatamente o que esperar.

  2. Direitos do usuário finalmente em pauta
    Com a minuta RSF1, os direitos de quem usa ferrovia — transporte de cargas, passageiro ou usuário indireto — vão ganhar regras mais claras: ouvidorias, qualidade, tratamento de reclamações e transparência.

  3. Regulação moderna e sustentável
    Aspectos como interoperabilidade (quando diferentes ferrovias ou trens precisam operar juntos), segurança operacional e material rodante são frentes técnicas que ajudam a tornar o modal mais eficiente, seguro e apto para crescer no cenário atual.

Governo refaz edital para concessão parcial dos portos da Codeba após críticas

Principais pontos da notícia

Item Detalhes
Portos envolvidos Salvador; Aratu-Candeias; Ilhéus (Bahia)
Valor do investimento total estimado R$ 1,6 bilhão ao longo de 35 anos
Responsabilidades do operador privado Acessos (aquaviários e terrestres), berços e arrendamento de novas áreas
Receitas preservadas para a estatal Terminais arrendados atualmente; algumas taxas portuárias das tabelas de acesso/permanência/etc
Prazo para nova proposta 60 a 90 dias para novo texto de edital; possível nova consulta pública em 2026
  1. Repartição de receitas é ponto sensível
    As taxas de acostagem, permanência de navios e movimentação de cargas geram receita significativa e, se transferidas totalmente para o privado, reduzem o caixa da estatal. O novo modelo busca equilibrar: parte para o operador, parte para a Codeba.

  2. Importância do leilão de acessos
    Quem ganhar a concessão também ficará responsável por acessar fisicamente o porto (terrestre e marítimo) e pelos berços de atracação, o que impacta bastante em custos operacionais e no fluxo de carga.

  3. Revisão técnica e participação pública
    O edital inicial foi criticado por usar dados desatualizados ou por comprometer a lucratividade da Codeba. O governo admite ajustes técnicos para atender essas críticas. A consulta pública é parte desse processo, promovendo transparência.

RS destina R$ 350 milhões para reforçar estradas e drenagem após enchentes

O governo do Rio Grande do Sul lançou dois programas — Conexões RS e Drenagem RS — para fortalecer infraestrutura viária e hídrica em municípios afetados pelas enchentes de 2023/2024. São R$ 350 milhões em convênios com prefeituras que apresentarem projetos executivos à Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano). O prazo para adesão vai até 13 de novembro.

Principais pontos destacados

Item Detalhe
Montante total R$ 350 milhões
Programas Conexões RS (R$ 200 milhões) + Drenagem RS (R$ 150 milhões)
Prazo de adesão Até 13 de novembro
Valor por município Até R$ 1 milhão pelo Conexões RS; até R$ 2,5 milhões pelo Drenagem RS
Objetivos principais Melhorar infraestrutura viária (pontes, passagens molhadas, galerias) e estrutura hídrica urbana para resistir às chuvas intensas
  1. Ajuda para municípios atingidos
    Prefeituras afetadas pelas enchentes terão recursos para reconstruir vias, pontes e melhorar drenagem, reduzindo os impactos de futuras chuvas fortes.

  2. Infraestrutura resiliente é prioridade
    As obras previstas são pensadas para durar: por exemplo, passagens acima do nível de enchente e drenagens mais eficientes evitam que ruas fiquem alagadas facilmente.

  3. Convênios com contrapartida e foco técnico
    As prefeituras precisam apresentar projetos executivos — ou seja, planos detalhados — o que motiva qualidade técnica. Também há limite de recursos por município, garantindo que muitos possam participar.

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