Índice
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- ANEEL marca leilões de energia existente para 14 de novembro com preços‐teto definidos
- Leilão do pré-sal: União fixa valor mínimo de R$ 10,2 bi para áreas não contratadas
- Comissão do TCU terá 90 dias para decidir sobre retirada de blocos da MEZ do leilão de transmissão
- Ferrogrão: entre entraves jurídicos e busca por modelo financeiro viável
- Sabesp adquire controle da Emae por R$ 1,13 bilhão para expandir atuação em energia e saneamento
- Leilão do Eco Invest Brasil atrai R$ 17,3 bilhões para recuperação ambiental
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ANEEL marca leilões de energia existente para 14 de novembro com preços‐teto definidos
A ANEEL aprovou o edital para os leilões de energia existente A-1, A-2 e A-3 de 2025, que ocorrerão em 14 de novembro. Esses leilões visam contratar energia de usinas já em operação por dois anos, na modalidade “por quantidade”.
Os preços‐teto por faixa são:
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A-1 → R$ 280/MWh
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A-2 → R$ 240/MWh
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A-3 → R$ 215/MWh
As regras exigem que os candidatos:
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já estejam integrados à CCEE;
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operem comercialmente até a data de publicação do edital;
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detenham autorização ou registro para gerar, importar ou comercializar energia elétrica;
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não estejam sob processo de desligamento pela CCEE ou sob regime de registro balanceado;
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comercializadoras devem ter classificação Tipo 1.
Os contratos desses leilões não serão reajustados ao longo da vigência — o preço permanece fixo, conforme modelo adotado desde 2017.
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Data do leilão: 14 de novembro de 2025
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Modalidade: contratos por quantidade de energia existente (usinas já operando) por 2 anos
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Preços-teto:
• A-1: R$ 280/MWh
• A-2: R$ 240/MWh
• A-3: R$ 215/MWh -
Requisitos para participação: integração à CCEE, operando comercialmente, autorização formal, não estar em processo de desligamento, classificação Tipo 1 (para comercializadoras)
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Sem reajuste de preço: os contratos desses leilões terão preço fixo durante toda a vigência, sem correção
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Energia existente = menos incerteza
Como as usinas já estão operando, há menos risco de falhas técnicas ou atrasos — aumenta a previsibilidade para distribuidoras e mercado regulado. -
Preços fixos = desafio de eficiência
Sem reajuste, os geradores precisarão controlar custos operacionais para que possam operar de forma rentável dentro do valor teto oferecido. -
Critérios exigentes filtram participantes
Não basta ter energia para ofertar: é necessário cumprir requisitos regulatórios e operacionais rigorosos — o que tende a reduzir especuladores e elevar a qualidade dos participantes.
Leilão do pré-sal: União fixa valor mínimo de R$ 10,2 bi para áreas não contratadas
O governo aprovou que o leilão de áreas não contratadas no pré-sal — em campos como Mero, Tupi e Atapu — tenha valor mínimo total de R$ 10,2 bilhões para a União receber. O certame está marcado para 4 de dezembro, na B3, com minutas dos contratos e termo aditivo a serem publicados em breve. As partes individuais foram estipuladas assim: cerca de R$ 7,65 bi para Mero, R$ 1,69 bi para Tupi e R$ 863 mi para Atapu. Também foi aprovado um mecanismo de earn-out, que permite pagamentos adicionais à União conforme resultados futuros nos campos ou preços do petróleo.
Destaques principais
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Valor mínimo do leilão: R$ 10,2 bilhões
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Campos principais envolvidos: Mero, Tupi e Atapu
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Valores mínimos por campo:
• Mero: ~ R$ 7,65 bi
• Tupi: ~ R$ 1,69 bi
• Atapu: ~ R$ 863,3 mi -
Data prevista: 4 de dezembro, na B3
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Mecanismo “earn-out” aprovado: pagamentos adicionais com base em eventos futuros (preço do barril, novas participações)
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Valor mínimo garante receita base para a União
Ao fixar um valor mínimo de R$ 10,2 bi, o governo assegura que não venderá as áreas por preço abaixo de seu mínimo esperado, protegendo o patrimônio público. -
Compartilhamento de risco via earn-out
O mecanismo de earn-out permite que o comprador pague mais no futuro se houver valorização ou desempenho melhor do que o previsto (ex: preço do petróleo), alinhando incentivos. -
Oferta de áreas já em produção reduz risco
Essas áreas não são totalmente novas — fazem parte de campos já em produção o que reduz o risco exploratório para quem entrar no leilão.
Comissão do TCU terá 90 dias para decidir sobre retirada de blocos da MEZ do leilão de transmissão
A SecexConsenso do TCU (Tribunal de Contas da União) formou uma comissão para, em até 90 dias, apresentar uma solução consensual sobre o pedido de retirada de cinco blocos da MEZ Energia do leilão de transmissão previsto para 31 de outubro.
A medida decorre de uma decisão anterior: a diretoria da ANEEL aprovou, por unanimidade e a pedido do MME, a retirada desses lotes do leilão, realocando-os para edital de março de 2026.
A comissão será composta por membros do TCU (SecexConsenso e SecexEnergia), do Ministério de Minas e Energia e pela própria MEZ Energia. A ANEEL atuará como colaboradora técnica, fornecendo dados, cálculos e suporte regulatório.
Principais pontos
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Comissão terá 90 dias para decidir relatório consensual
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Temáticas em pauta: retirada de 5 blocos da MEZ do leilão de transmissão de 2025
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Blocos retirados serão incluídos no edital de março de 2026
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Composição da comissão: TCU (SecexConsenso, SecexEnergia), MME, MEZ Energia
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ANEEL participará como órgão colaborador técnico
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Prazo claro para deliberação
O TCU impõe um prazo de 90 dias para que a comissão defina uma solução — isso dá previsibilidade ao processo e evita indefinições prolongadas. -
Blocos retirados para futura alocação
Os cinco lotes foram retirados do leilão de transmissão de 2025 e serão remanejados para um leilão futuro em 2026, conforme decisão da ANEEL. -
Comissão mista para solução técnica e institucional
A participação de órgãos reguladores, governo e da própria empresa visada (MEZ) busca que a decisão leve em conta aspectos regulatórios, técnicos e de interesse público.
Ferrogrão: entre entraves jurídicos e busca por modelo financeiro viável
O governo federal está em tratativas com o BNDES para encontrar um modelo que viabilize financeiramente a Ferrogrão, ferrovia projetada para escoar grãos entre Sinop (MT) e Miritituba (PA). O grande desafio é montar uma estrutura de financiamento que suporte o custo estimado de mais de R$ 20 bilhões, considerando os riscos logísticos, ambientais e regulatórios.
Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando uma ação do PSOL que suspendeu a lei de 2017, sob a alegação de que o traçado original compromete terras indígenas e unidades de conservação — questões que travaram o projeto há anos.
Entre as ideias em debate está usar uma cláusula take or pay na concessão, que garantiria ao operador uma receita mínima mesmo que não haja demanda total — algo que pode mitigar o risco para investidores, mas que exige estruturação longa e garantias sólidas.
Também há expectativa de que a ANTT envie ao TCU o novo projeto até o fim de 2025, abrindo caminho para leilão em 2026, desde que os requisitos jurídicos, técnicos e ambientais sejam atendidos.
Principais pontos
Aspecto | Informação-chave |
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Custo estimado do empreendimento | mais de R$ 20 bilhões |
Envolvimento do BNDES | estudando modelos de financiamento e garantias para viabilizar a Ferrogrão |
Risco jurídico vigente | ação no STF impedindo parte do traçado original, especialmente por impactos ambientais e terras indígenas |
Cláusula “take or pay” | em discussão para assegurar receita mínima ao futuro concessionário, mesmo se demanda for menor que prevista |
Prazos previstos | novo projeto a ser enviado ao TCU até o fim de 2025; leilão possível em 2026 se aprovações ocorrerem. |
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Alta complexidade financeira
O esforço é montar um modelo que una investimento privado com garantias, para suportar os altos custos iniciais do projeto sem deixar o operador vulnerável — por exemplo, usando cláusula take or pay para assegurar mínimo de receita. -
Necessidade de segurança jurídica e ambiental
Problemas legais, especialmente relacionados ao traçado passando por áreas de proteção ou terras indígenas, têm congelado o projeto. Sem solução clara nessas frentes, investidores ficam inseguros e o cronograma sofre atrasos. -
Importância estratégica do empreendimento
A Ferrogrão é vista como peça-chave para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, diminuindo pressão sobre rodovias como a BR-163, reduzindo custos logísticos e impactos ambientais indiretos (menos transporte rodoviário pesado).
Sabesp adquire controle da Emae por R$ 1,13 bilhão para expandir atuação em energia e saneamento
A Sabesp anunciou a compra da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) por R$ 1,13 bilhão. Com essa aquisição, a estatal paulista amplia sua atuação local, com acesso à geração de energia e sinergias nos setores de água, esgoto e energia elétrica.
O negócio traz não só a operação de saneamento, mas também o controle de usinas e concessões de energia que a Emae já detinha. A expectativa é integrar a energia gerada nos ativos da Emae para reduzir custos operacionais e melhorar equilíbrio financeiro das operações.
Principais pontos
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Valor da transação: R$ 1,13 bilhão
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Empresa adquirida: Emae
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Compradora: Sabesp
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Setores envolvidos: saneamento + energia
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Objetivo estratégico: sinergia operacional, uso integrado de energia para saneamento
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Integração vertical
Ao incorporar a Emae, a Sabesp pode gerar energia internamente e usá-la em suas operações de água e esgoto, reduzindo custos de compra externa. -
Diversificação de receita
Além do saneamento, a Sabesp passa a contar com ativos de energia elétrica, o que pode equilibrar seu portfólio frente a variações climáticas ou regulatórias. -
Expansão regional estratégica
A aquisição fortalece a presença da empresa na região metropolitana onde atua Emae, aumentando escala, eficiência e poder de influência local.
Leilão do Eco Invest Brasil atrai R$ 17,3 bilhões para recuperação ambiental
O segundo leilão do Eco Invest Brasil, realizado em 2025, mobilizou R$ 17,3 bilhões em recursos privados, com potencial de gerar R$ 31,4 bilhões em investimentos totais para recuperar áreas degradadas no país. Com a participação de 11 instituições financeiras, o programa visa restaurar cerca de 1,4 milhão de hectares até 2027, apoiando produtores que adotam práticas sustentáveis. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Embaixada do Reino Unido no Brasil colaboraram na estruturação das linhas de crédito climático. Além disso, três bancos participaram pela primeira vez do programa, ampliando o engajamento do setor financeiro com a agenda ambiental.
Principais pontos:
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Investimentos totais: Potencial de R$ 31,4 bilhões para recuperação de áreas degradadas.
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Recursos públicos e privados: R$ 16,5 bilhões em capital público catalítico, resultando em R$ 30,2 bilhões em investimentos totais.
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Área a ser restaurada: Cerca de 1,4 milhão de hectares até 2027.
Explicação simples dos principais pontos:
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Investimentos totais: O leilão atraiu recursos privados que, combinados com investimentos públicos, podem gerar até R$ 31,4 bilhões para a recuperação ambiental.
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Recursos públicos e privados: Dos R$ 17,3 bilhões demandados, R$ 16,5 bilhões foram contemplados por meio de capital público, resultando em investimentos totais de R$ 30,2 bilhões.
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Área a ser restaurada: O objetivo é restaurar aproximadamente 1,4 milhão de hectares de áreas degradadas até 2027, apoiando produtores que adotam práticas sustentáveis.
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